(Milan Kundera)
O TEXTO QUE SE SEGUE, É de Milan Kundera, in "A Imortalidade"
e é SIMPLESMENTE FANTÁSTICO....
“O respeito que a tragédia inspira é muito mais perigoso do que a despreocupação de um chilrear de criança. Qual é a eterna condição das tragédias? A existência de ideias, cujo valor é considerado mais alto do que o da vida humana. E qual é a condição das guerras? A mesma coisa.
e é SIMPLESMENTE FANTÁSTICO....
“O respeito que a tragédia inspira é muito mais perigoso do que a despreocupação de um chilrear de criança. Qual é a eterna condição das tragédias? A existência de ideias, cujo valor é considerado mais alto do que o da vida humana. E qual é a condição das guerras? A mesma coisa.
Obrigam-te a morreres porque existe, dizem, alguma coisa que é superior à tua vida.
A guerra só pode existir no mundo da tragédia; desde o começo da sua história, o homem apenas conheceu o mundo trágico e não é capaz de sair dele. A idade da tragédia só pode ser encerrada por uma revolta da frivolidade. As pessoas já só conhecem da Nona de Beethoven os quatro compassos do hino à alegria que acompanham a publicidade dos perfumes Bella. Isso não me escandaliza.
A tragédia será banida do mundo como uma velha cabotina que, com a mão no peito, declama em voz áspera. A frivolidade é uma cura de emagrecimento radical. As coisas perderão noventa por cento do seu sentido e tornar-se-ão leves. Nessa atmosfera rarefeita, desaparecerá o fanatismo.
A guerra passará a ser impossível.
QUEM É MILAN KUNDERA?
Nascido no seio da erudita família de classe-média do senhor Ludvik Kundera (1891-1971), um pupilo do compositor Leoš Janáček e um importante musicólogo e pianista, o cabeça da Academia Musical de Brno de 1948 à 1961. Kundera aprendeu a tocar piano com seu pai. Posteriormente, ele também estudou musicologia. Influências e referências musicológicas podem ser encontradas através de sua obra, a ponto de poder-se encontrar notas em pauta durante o texto.
O autor completou sua escola secundária em Brno, em 1948. Estudou literatura e estética na Faculdade de Artes da Universidade Charles mas, depois de dois períodos,
transferiu-se para o curso de cinema da Academia de Artes Performáticas de Praga onde realizou suas primeiras leituras em produção de scrpits e direção cinematográfica
transferiu-se para o curso de cinema da Academia de Artes Performáticas de Praga onde realizou suas primeiras leituras em produção de scrpits e direção cinematográfica
OBRA
Em seu primeiro romance, "A Brincadeira", Kundera nos oferece quase uma sátira da natureza do totalitarismo do período comunista. Por força de suas críticas aos soviéticos e a invasão de seu país em 1968, Kundera foi adicionado à lista negra do partido e suas obras foram proibidas imediatamente após a invasão soviética. Em 1975, Kundera mudou-se para a França.
Na França, Kundera escreveu O Livro do Riso e do Esquecimento no ano de 1979. Constituindo-sede uma inusitada mistura de romance, contos curtos e ensaios do próprio autor, o livro ditou o tom de suas obras pós-exílio.
No ano de 1984, Kundera escreveu A Insustentável Leveza do Ser, seu trabalho mais popular. O livro é como uma grande crônica acerca da frágil natureza do destino, do amor e da liberdade humana. Mostra como uma vida é sempre um rascunho de si mesma, como nunca é vivida por inteiro e como é impossível de repetir-se. A obra, sucesso de público e crítica, ganhou sua versão cinematográfica no ano de 1988.
O diretor Phillip Kaufmann prouziu uma adaptação de moderado sucesso. Por qualquer motivo, Kundera proibiu, a partir de então, a adaptação cinematográfica de seus outros livros.
Em 1990 Kundera escreve A Imortalidade. O romance é o mais "cosmopolita" até então, sem situar o enredo dentro do universo social e político da República Tcheca como fizera até então. Possui um conteúdo explicitamente filosófico e pode-sedizer que é o início de uma segunda fase da obra do autor.
Em 1990 Kundera escreve A Imortalidade. O romance é o mais "cosmopolita" até então, sem situar o enredo dentro do universo social e político da República Tcheca como fizera até então. Possui um conteúdo explicitamente filosófico e pode-sedizer que é o início de uma segunda fase da obra do autor.
Kundera reafirma publicamente que deseja ser entendido como um romancista em termos gerais, não um escritor político. É notório que o conteúdo político foi, a partir de A Imortalidade, substituído pela temática filosófica. O estilo de Kundera, entrelaçando digressões e ensaios filosóficos é grandemente inspirado em Robert Musil, Henry Fielding e na prosa do filósofo Friedrich Nietzsche.
O MEU COMENTÁRIO.
O autor vem tentar com a sua obra demonstrar que a guerra e a tragédia são matérias a refutar, quando diz que o “homem apenas conheceu o mundo trágico e não é capaz de sair dele”...
As ideias nunca poderão ser de valor maior que a vida humana. A vida humana é o bem supremo e as ideias serão sempre o seu suporte.
É opinião do autor que a frieza de raciocínio poderá melhorar a qualidade de vida em geral e dar ao homem o rumo certo que não tem tido até aqui.
A tragédia deverá ser banida do mundo com a voz áspera. A frivolidade é uma cura de emagrecimento radical.
As coisas perderão noventa por cento do seu sentido e tornar-se-ão leves. Nessa atmosfera rarefeita, desaparecerá o fanatismo. A guerra passará a ser impossível.
OK.
O MEU COMENTÁRIO.
O autor vem tentar com a sua obra demonstrar que a guerra e a tragédia são matérias a refutar, quando diz que o “homem apenas conheceu o mundo trágico e não é capaz de sair dele”...
As ideias nunca poderão ser de valor maior que a vida humana. A vida humana é o bem supremo e as ideias serão sempre o seu suporte.
É opinião do autor que a frieza de raciocínio poderá melhorar a qualidade de vida em geral e dar ao homem o rumo certo que não tem tido até aqui.
A tragédia deverá ser banida do mundo com a voz áspera. A frivolidade é uma cura de emagrecimento radical.
As coisas perderão noventa por cento do seu sentido e tornar-se-ão leves. Nessa atmosfera rarefeita, desaparecerá o fanatismo. A guerra passará a ser impossível.
OK.
João Brito Sousa
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