terça-feira, 28 de agosto de 2007

HOJE É TERÇA FEIRA



A segunda feira é pior.

Quando se está no activo, o trabalho exige de nós uma grande disponibilidade de atitude. Em princípio, estaremos obrigados a conviver com ele estabelecendo até uma relação harmoniosa e de respeito.

À terça feira estamos mais adaptados. Às vezes o domingo faz-nos mal. Descansamos um pouco a mais e depois vimo-nos gregos para retomar. A vida sem trabalho não tem sentido; é um vazio. Com ocupação consome-se melhor o tempo e estamos mais disponíveis para a vida.

A vida é ocupação, quer se trate de trabalho quer de lazer. A vida disponibiliza- nos o seu espaço livre e compete-nos a nós ocupá-lo da melhor maneira Oferecem-nos esse presente à chegada e temos que nos entender com ele.

Diz Vergílio Ferreira no “Pensar” (467) Rápidos correm os dias, os anos. Não deixes. Nem isso é verdade. Vive intensamente cada dia, cada hora, repara no seu escoar e verás como são lentos. É por isso que quando guardamos um «minuto de silêncio» pela morte de alguém aquilo nunca mais acaba.

Para uns é fácil; para outros nem por isso

Mas vamos vivendo.

Spiritwolf diz em choque frontal:

Pois... foi uma grande pantufada, mas o que lá vai, lá vai.

A vida continua, mesmo que se pense que está perdida. Até mesmo quando se perde, a vida continua no, ou nos, que cá deixamos

Aqui é que está a diferença entre a coragem e a cobardia. É com os choques frontais que a vida se esclarece

Na óptica do Spiritwolf, o tamanho da vida deriva de haver ou não continuidade. É ele que diz: “a vida continua no ou nos.... que cá deixamos”.

Vergílio Ferreira serve-se de outro critério para saber se a vida valeu a pena., ou saber o tamanho da vida. Diz o escritor: “quantas pessoas te amaram? (471). Quantas amaste? O afecto é a melhor forma de saberes o tamanho da tua vida. Ou seja , do até onde exististe. E pergunta: haverá outro balanço para saberes se ela valeu a pena?...

Estou mais de acordo com Vergílio.

Spiritwolf é de opinião de que a vida se mede pela continuidade?

Será assim?

Quem opina?

JOÃO BRITO SOUSA

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