SOU DO TEMPO DO VIEGUINHAS,
de Pechão
A MALTA DO MEU TEMPO NA ESCOLA COMERCIAL E INDUSTRIAL. DE FARO
Quando me iniciei lá na Escola Comercial e Industrial em Faro em 52, pertencia à primeira turma, o que queria dizer que pertencia à turma dos melhores alunos de acordo com o indicador “primeira turma”.
Éramos uma remessa deles e vinham moços de todos os lados. De Estoi, de S. Brás, do Patacão, de Loulé, de Tavira, da Fuzeta, de Pechão, d e Santa Catarina, de Faro, de Olhão e de mais não sei quantos lados.
O Chefe de turma era o Célio Martins Sequeira que andou por lá pouco tempo.
A sala onde tínhamos as aulas era a sala 18 no primeiro andar.
Os alunos eram: fila do lado da janela, primeira carteira para dois alunos. Do lado da parede era o José Bartílio da Palma de Olhão e do lado do corredor, ficava o Luís Manuel Rebelo Guimarães de Lisboa que era simpatizante do Belenenses e já tinha visto jogar o Matateu..
O Luís, que era pequenino, apresentava-se na sala de aula muito bem engravatado e vestido a rigor. Nunca mais soube nada dele. .O Zé Bartílio terminou a carreira profissional dele no BNU aí em Faro, onde se reformou.
Na segunda carteira ficava do lado da parede, o Reinaldo Rodrigues Neto de Estoi, grande keeper de andebol e o maior da turma para a porrada e o Herlander dos Santos Estrela de Faro, que se licenciou em Economia no Quelhas, foi Secretário de Estado das Finanças e funcionário superior da Banca tendo chegado a ser Vice- Governador Administrador do Banco de Portugal.
Na terceira carteira do lado da parede ficava o Humberto José Viegas Gomes de Olhão, hoje reformado da banca e grande jogador e treinador de basket e do lado do corredor ficava o António Inácio Gago Viegas de Pechão, a quem chamávamos o Vieguinhas... hoje grande industrial da construção civil.
Atrás destes ficava (um desconhecido) ao lado do João Baptista de Faro, que nunca mais o vi e atrás destes ficavam o Joaquim André Ferreira da Cruz de Olhão que era ao tempo o melhor aluno da turma, professor primário e hoje reformado do ensino secundário e o Manuel Cavaco Guerreiro da TÔR, homem igualmente ligado à construção civil.
Seguiam-se José Vitorino Pedro Rodrigues de Boliqueime, funcionário da banca reformado e José Mateus Ferrinho Pedro do Rio Seco, igualmente reformado da banca.
Lá para trás, havia ainda o IVO de Olhão e mais dois ou três que já não me lembro quem eram.
O José Bartílio era muito amigo do Zé Ferrinho Pedro e estudavam a História do Dr. Furtado, tipo brincadeira. Faziam esse estudo na Alameda onde atiravam piropos à burguesia. O Ferrinho era uma brincalhão de primeira e ficou célebre aquela cena na aula da doutora Florinda, quando ele foi chamado ao quadro, em Contabilidade, creio e deu uma “casa” do catano...
Depois de fazermos o curso comercial mais ou menos lado a lado, o Ferrinho entrou no mundo do trabalho e foi colocado no Banco da Agricultura no Seixal onde chegou a gerente e aí se reformou.
O Zé Bartílio fez o curso do Magistério Primário comigo mas creio que não chegou a leccionar. Fez carreira na banca, BNU, e hoje é um gajo rico na área da imobiliária.
(continua)
João Brito Sousa
A MALTA DO MEU TEMPO NA ESCOLA COMERCIAL E INDUSTRIAL. DE FARO
Quando me iniciei lá na Escola Comercial e Industrial em Faro em 52, pertencia à primeira turma, o que queria dizer que pertencia à turma dos melhores alunos de acordo com o indicador “primeira turma”.
Éramos uma remessa deles e vinham moços de todos os lados. De Estoi, de S. Brás, do Patacão, de Loulé, de Tavira, da Fuzeta, de Pechão, d e Santa Catarina, de Faro, de Olhão e de mais não sei quantos lados.
O Chefe de turma era o Célio Martins Sequeira que andou por lá pouco tempo.
A sala onde tínhamos as aulas era a sala 18 no primeiro andar.
Os alunos eram: fila do lado da janela, primeira carteira para dois alunos. Do lado da parede era o José Bartílio da Palma de Olhão e do lado do corredor, ficava o Luís Manuel Rebelo Guimarães de Lisboa que era simpatizante do Belenenses e já tinha visto jogar o Matateu..
O Luís, que era pequenino, apresentava-se na sala de aula muito bem engravatado e vestido a rigor. Nunca mais soube nada dele. .O Zé Bartílio terminou a carreira profissional dele no BNU aí em Faro, onde se reformou.
Na segunda carteira ficava do lado da parede, o Reinaldo Rodrigues Neto de Estoi, grande keeper de andebol e o maior da turma para a porrada e o Herlander dos Santos Estrela de Faro, que se licenciou em Economia no Quelhas, foi Secretário de Estado das Finanças e funcionário superior da Banca tendo chegado a ser Vice- Governador Administrador do Banco de Portugal.
Na terceira carteira do lado da parede ficava o Humberto José Viegas Gomes de Olhão, hoje reformado da banca e grande jogador e treinador de basket e do lado do corredor ficava o António Inácio Gago Viegas de Pechão, a quem chamávamos o Vieguinhas... hoje grande industrial da construção civil.
Atrás destes ficava (um desconhecido) ao lado do João Baptista de Faro, que nunca mais o vi e atrás destes ficavam o Joaquim André Ferreira da Cruz de Olhão que era ao tempo o melhor aluno da turma, professor primário e hoje reformado do ensino secundário e o Manuel Cavaco Guerreiro da TÔR, homem igualmente ligado à construção civil.
Seguiam-se José Vitorino Pedro Rodrigues de Boliqueime, funcionário da banca reformado e José Mateus Ferrinho Pedro do Rio Seco, igualmente reformado da banca.
Lá para trás, havia ainda o IVO de Olhão e mais dois ou três que já não me lembro quem eram.
O José Bartílio era muito amigo do Zé Ferrinho Pedro e estudavam a História do Dr. Furtado, tipo brincadeira. Faziam esse estudo na Alameda onde atiravam piropos à burguesia. O Ferrinho era uma brincalhão de primeira e ficou célebre aquela cena na aula da doutora Florinda, quando ele foi chamado ao quadro, em Contabilidade, creio e deu uma “casa” do catano...
Depois de fazermos o curso comercial mais ou menos lado a lado, o Ferrinho entrou no mundo do trabalho e foi colocado no Banco da Agricultura no Seixal onde chegou a gerente e aí se reformou.
O Zé Bartílio fez o curso do Magistério Primário comigo mas creio que não chegou a leccionar. Fez carreira na banca, BNU, e hoje é um gajo rico na área da imobiliária.
(continua)
João Brito Sousa
Bons tempos, o tempo do Vieguinhas, da aldeia de Pechão e do Brito, do sítio do Patacão. Duo de parceiros e amigos impagáveis, que no jogo da tabuinha, rivais por lá não tinham. E tão grande era o seu vício e paixão por este jogo, que nos pátios da escola nos intervalos decorria, que por vezes a campainha tocava e eles nem sequer o primeiro toque ouviam.
ResponderEliminarDe tão amigos que eram e são, tinham uma determinada linguagem gestual que só eles entendiam e tendo um único gesto a muitas conversas respondiam. Eram os célebres "coices" dados pelo Vieguinhas, que montado na sua bicicleta para trás esticava a perna e depois a encolhia e várias vezes isto repetia. Só o Brito tais gestos compreendia.
Naquele tempo do Vieguinhas dava-me gosto ver o Brito a guarda-redes do andebol, Viegas nos ditos "coices" e os dois no jogo da tabuinha.
Já agora, parece-me que o Marcelino Viegas também era do primeiro primeira. À vontade André Luis.
Um abraço para a malta do tempo do Brito e Vieguinhas.
Salvador
PORTO, 2007.09.02
ResponderEliminarAo Zé Aleixo (ou ao SALVATORRÃO, como ainda hoje lhe chama o Vieginhas da aldeia de Pechão)
Meu Velho Camarada,
Já nos conhecemos há tantos anos mas não te conhecia essa veia para a escrita.
Com tanto talento estás lixado, ficas desde já vinculado a mandar para aqui uns textos para me ajudares a aguentar isto.
Brevemente vou falar dos "coices" do Vieguinhas, uma arma de defesa que o nosso companheiro utilizava para se livrar de ti, que lhe seguravas a biciccleta...
Boa essa, do jogo da tabuinha... e o contínuo Armando, de bigode , que nos tiarva os números e dizia que ia entregar ao DIRECTOR.
Sim, o Zé Marcelino era também desse primeiro ano primeira turma de 52.
Ele que conte aí aquela cena em Mercadorias com o Preto e o Ezequiel do Azinhal
ZÉ ALEIXO, fico à espera de mais crónicas.
Cumprimentos para a tua mulher, para o Honorato e um grande abraço para ti do
João Brito Sousa
PORTO, 2007.09.02
ResponderEliminarAo Zé Aleixo (ou ao SALVATORRÃO, como ainda hoje lhe chama o Vieginhas da aldeia de Pechão)
Meu Velho Camarada,
Já nos conhecemos há tantos anos mas não te conhecia essa veia para a escrita.
Com tanto talento estás lixado, ficas desde já vinculado a mandar para aqui uns textos para me ajudares a aguentar isto.
Brevemente vou falar dos "coices" do Vieguinhas, uma arma de defesa que o nosso companheiro utilizava para se livrar de ti, que lhe seguravas a biciccleta...
Boa essa, do jogo da tabuinha... e o contínuo Armando, de bigode , que nos tiarva os números e dizia que ia entregar ao DIRECTOR.
ZÉ ALEIXO, fico à espera de mais crónicas.
Cumprimentos para a tua mulher, para o Honorato e um grande abraço para ti do
João Brito Sousa