Quando tomou posse de Presidente do Governo Provisório da Republica Portuguesa, o Dr. Joaquim Teófilo Fernandes Braga, disse estas primeiras palavras: -“Não terão um Presidente com casa civil e militar, com pompas e com palácios. Serei apenas um elemento ponderado no Governo. Como Presidente não viverei em Belém Continuarei a residir na mina residência particular.
O Presidente era um homem requintado nas qualidades que possuía, entre as quais é justo salientar a humildade, a vasta cultura e o sentido do cumprimento escrupuloso das funções que lhe tinham sido confiadas, funções essas que nunca pretendera nem desejado.
O Presidente Teófilo Braga continuou vivendo na sua modesta casa rodeado pelos seus livros. Antes de ir para Belém ia ao mercado comprar umas couves que lhe serviam para o caldo verde ao jantar. As refeições eram confeccionadas por ele.
Foi o cabo dos trabalhos para conseguir convencê-lo a não se deslocar para o Palácio de Belém de carro eléctrico ou no “chora” como antes fazia. Apenas acedeu a isso para evitar as saudações de rua e as solicitações dos “adesivos” , os tradicionais vira-casacas que surgem sempre em qualquer revolução triunfante.
Um Presidente assim está condenado ao fracasso como veio a acontecer. Um gatuno é melhor. Quem diria!....
(Notas retiradas do JORNAL “A AVEZNHA”)
João Brito Sousa
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