sexta-feira, 10 de agosto de 2007

AS FARPAS DE BB NO JN DE HOJE


“estamos a precisar de gostar uns dos outros”...

Baptista-Bastos.


Li a entrevista/Farpas de Baptista-Bastos no JN de hoje. Fantásticas e frescas respostas como só o Armando sabe dar.

Não sei se me percebem, ler BB dá-me força para continuar nesta saga que é a vida. A tal ponto que, onde está o Armando tenho de estar eu. À coca, como diria o Eça..

O Armando é um homem de coragem e é capaz de dar duas galhetas num tipo que o chateie. E diz não quando é não. O Vergílio Ferreira uma vez atirou-lhe com aquela do Bau-Bau, mas sem razão. O Armando é um camarada vertical; dos que não vergam a espinha.

O Lobo Antunes mandou um recado para o Sartre de Fontanelas, ou seja para o Vergílio Ferreira, mas o meu cabeleireiro, o sô Fernando, que é admirador das sinfonias do Mozart e da Maria João Pires, da música de Jaques Brel, da pintura da Maluda, da poesia de Camões e Pessoa e dos jovens investigadores da cidade do Porto, disse-me que detestava o Lobo Antunes e que vibrava com Baptista Bastos.

O Armando Baptista Bastos, sim. Foi ele que disse: “não é este o País que me prometeram”... Armando, estou contigo, diz o sô Fernando.

Li hoje que o Armando Baptista Bastos está a esboçar as suas memórias. Se sim, é de felicitar o Armando, porque certamente vai fazer uma referência ao Manuel da Fonseca, esse fantástico autor de “O FOGO E AS CINZAS”, que, no conto “O LARGO”, diz:

“Também à falta de notícias, era aí que se inventava alguma coisa que se parecesse com a verdade. O tempo passava, e essa qualquer coisa inventada vinha a ser verdade. Nada a destruía; tinha vindo do LARGO.

È por estas coisas que a literatura é fascinante.

João Brito Sousa

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