quinta-feira, 16 de agosto de 2007

DA IMPRENSA

(Faculdade de Medicina do PORTO)

CRÓNICA PUBLICADA NO JN/PORTO

Centralizar e desenvolver
Nuno Grande, Médico e professor universitário

O desenvolvimento de um povo tem implícito o direito de acesso às conquistas do conhecimento que dignifiquem a condição humana dos cidadãos.


Assim, não há desenvolvimento num sistema político e administrativo centralizado que agrava as desigualdades regionais para favorecer o crescimento financeiro de algumas instituições privadas e públicas que influenciam os órgãos de decisão governamental.


De facto, os grupos económicos, principalmente financeiros, afirmam-se contra a regionalização pois pretendem estar próximo dos órgãos de decisão política e governativa que procuram condicionar e influenciar.Assim, as sedes dos grandes grupos banqueiros e das grandes empresas económicas estão situadas em Lisboa e Vale do Tejo que é a região administrativa em que a população tem em média um poder de compra muito superior ao dos habitantes de outras regiões do país particularmente das situadas no interior.


O centralismo governativo torna irrealistas muitas das medidas assumidas com o objectivo de corrigir desigualdades quando se projectam em áreas que não correspondem s linhas programáticas que se pretendem implementar.


De facto, as forças sociais existentes estão ainda muito influenciadas por um espírito corporativista e reivindicando o direito à liberdade de defesa dos direitos, nem sempre respeitam o dever à responsabilidade democrática.Em qualquer caso, o centralismo governativo não tem contribuído para o desenvolvimento da comunidade portuguesa, agravando a desigualdade de oportunidades nas diversas autarquias portuguesas, pelo que se torna cada vez mais evidente a necessidade de promover a regionalização que desenvolva o associativismo e o voluntariado na realização de programas de desenvolvimento local e regional.


Esta forma de democracia participativa torna-se urgente como resposta ao desafio europeu que pretende abrir o espaço de colaboração com o continente africano e sul-americano, o que irá demonstrar a necessidade de descentralizar as possibilidade de promover práticas de desenvolvimento em cada realidade social.


O MEU COMENTÁRIO


O Dr.. Nuno Grande é médico e professor universitário.

Por um lado oferece-me apresentar-lhe os meus sinceros parabéns por ter chegado a esse distinto patamar profissional. Mas por outro lado não, porque o Professor ainda não percebeu que as reivindicações a fazer, estão condenadas se continuarem a ser feitas por esta via e modelo.

Assim, não se consegue nada e isso está testado porque já foram escritos centenas de artigos donde nada resultou..

A questão nuclear apresentada é esta:

“De facto, as forças sociais existentes estão ainda muito influenciadas por um espírito corporativista e reivindicando o direito à liberdade de defesa dos direitos, nem sempre respeitam o dever à responsabilidade democrática”

Ora é isso aí, responsabilidade democrática.... atitude que não é praticada pela maior instituição do Norte do País e nunca vi o Dr. Nuno Grande insurgir-se contra ela. E não se pode exigir aos outros que sejam democráticos se nós não formos. Não concorda Dr.?

João Brito Sousa .

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