domingo, 17 de fevereiro de 2008

O Dr.JORGE SAMPAIO NO PORTO


PORTO, 15 Fevº
(Lusa)

O antigo Presidente da República Jorge Sampaio elogiou, esta noite, na Fundação de Serralves a política "corajosa" do Governo na área da saúde e imaginou Portugal em 2018 como sendo um país mais justo, mais culto e com menos assimetrias regionais.

"A política do Governo na área da saúde tem sido corajosa e a orientação seguida parece-me correcta", disse o ex-presidente da República no primeiro de uma série de colóquios destinados a discutir "Portugal, a Europa e o Mundo".

"A próxima década decide o futuro de Portugal", referiu Jorge Sampaio, no colóquio organizado pela Fundação de Serralves "Portugal: Sim ou Não?".

"Ou Portugal dá o salto ou ficamos definitivamente para trás", salientou o Alto Representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações.
Consciente de que "os gastos com a saúde vão crescer, fruto do envelhecimento da população", Sampaio defendeu uma melhoria da "produtividade dos profissionais e a clarificação de conflitos de interesses existentes na saúde".

Desafiado a imaginar o País onde exerceu o cargo de presidente da República, Jorge Sampaio, revelou o país que gostava de ter em 2018.

"Era como se houvesse um novo 25 de Abril", disse, frisando já não ser preciso "uma nova revolução para mudar Portugal".

Em vez de mudanças bruscas, Sampaio defende uma maior definição das estratégias de desenvolvimento a seguir pelo governo.

"Sem uma definição estratégica precisa do que se quer para o País, quaisquer decisões de fundo em matéria, por exemplo, de grandes investimentos e infra-estruturas físicas arriscam-se a ser grosseiramente inadequadas ou então apenas o produto de interesses conjunturais mais fortes que se sobrepõem ao Estado", referiu.

Segundo Jorge Sampaio, a estratégia de desenvolvimento tem que passar pela correcção das "enormes assimetrias sociais".

"Há desigualdade no acesso à cultura, à saúde e à educação porque as populações mais desfavorecidas têm défice de voz e défice em influenciar as agendas políticas", disse o ex-Presidente da República.

O futuro de Portugal, para Sampaio, passa pela educação.
"Setenta e quatro por cento dos portugueses não concluíram o ensino básico e é para eles que as escolas têm que estar voltadas e não para as elites".

A economia foi outra das apostas do ex-presidente: "Não se pode pedir ao Estado que fabrique empresários mas tem que se apoiar e estimular a iniciativa empresarial".

MEU COMENTÁRIO

Ao elogiar na Fundação de Serralves a política "corajosa" do Governo na área da saúde, o ex Presidente JORGE SAMPAIO surpreende-me negativamente.

Eu já estou afazer tijolo na próxima década, essa que decide o futuro de Portugal, ó Dr. JORGE SAMAPIO. Do que me serve isso?..

Dr. JORGE SAMPAIO, todo o seu discurso é tão pobre. Cada vez me convenço mais que fomos enganados . É uma tristeza.

João Brito Sousa

5 comentários:

  1. Como pode um homem, democrata como diz ser, e tendo exercido o mais alto cargo da Nação afirmar uma coisa destas?

    "A política do Governo na área da saúde tem sido corajosa e a orientação seguida parece-me correcta"

    Subscrevo inteiramente a sua opinião.

    Cumps.
    AGabadinho

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  2. Falta de Coragem

    Não dá para acreditar!
    Jorge Sampaio até tinha deixado na minha memória a impressão de um Presidente que havia cumprido as suas funções com considerável equidade e isenção. Provavelmente, agora, voltou a ser um homem do partido e, aí, perdeu a capacidade de descernimento e foi vitimado pela cegueira partidária.
    Como é possível que um homem de Estado, que tem consciência que o país vai envelhecer e que, portanto, os gastos com a Saúde irão disparar por esse motivo, venha afirmar que a política de Saúde do actual governo esteja no caminho certo?!
    Como se pode defender que é uma medida correcta mandar fechar Centros de Saúde ou Atendimentos de Urgência ou Maternidades, forçando os doentes, os velhos, as parturientes, a deslocações impiedosas que, para além da causticante viagem, por vezes fatal, ainda geram o isolamente do doente, por força do seu afastamento dos familiares?!
    Como é possível que um homem que passou por um pelouro que proporciona o conhecimento dos mais sérios problemas do país se limite a dizer que a próxima década será decisiva para Portugal, sem apontar os erros da gestão actual e sem definir ou sugerir medidas conducentes â imperiosa mudança que tem que se operar neste país?!
    "Ou Portugal dá o salto ou ficará definitivamente para trás". Monsieur de la Palisse não diria melhor! E, Sr. Jorge Sampaio, como é que Portugal vai dar o salto? Com as actuais políticas que levaram a taxa de Desemprego ao mais elevado indicador das duas últimas décadas? Com um Governo que para se manter fora das recriminações de Bruxelas vem roubar os reformados porque não se dá ao incómodo de cortar nas Despesas Públicas?! Onde estão as políticas de incentivo à criação de Empresas que venham a gerar a riqueza indispensável ao salto que o país neccessita dar?! Nos projectos megalómanos de OTAs ou de TGVs?! As grandes obras públicas apenas vêm camuflar a realidade económica do país; não resolvem os problemas da economia nacional.
    Faltou-lhe coragem, Sr. Jorge Sampaio! Não foi capaz de se dissociar da sua filiação partidária, suporte do Governo em exercício! E isso não fica bem a um ex Presidente.

    Arnaldo silva
    Felizmente reformado

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  3. CARO A. GABADINHO

    (From Washington)

    Gostei da tua reacção ….e’ isso que eu procuro…a controvérsia, a reacção, a discussão….e’ daqui que nasce a luz
    Tens razão, mas, há que melhorar a sociedade para que ela consiga melhorar para todos…….quando a maré subir, eleva todos os barcos . CONCORDAS?
    Aceita os meus cumprimentos
    Um abraço amigo
    Abençoado blog…mantem-nos em contacto
    Parabéns pelo esforço por ti despendido para manter viva esta chama e elo entre nós todos.
    Um abraço
    Diogo…ainda no activo

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  4. CARO A. GABADINHO

    (From Washington)

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  5. CARO A. GABADINHO

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