quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

OPINIÃO


AO JORNALISTA DO JORNAL "A BOLA" JOSÉ ANTÓNIO LIMA

A CRÍTICA E O JORNALISTA

A crítica poderá ser uma componente da actividade do jornalista. Portanto, entendo eu, que jornalismo e crítica devem andar de mãos dadas.

Eu penso que esta profissão tem como objectivo principal, primeiro informar correctamente e depois criticar construtivamente.

Criticar por criticar é vago e não sei se temos o direito de o fazer.

Vem isto a propósito, porque li hoje no jornal “a BOLA”, um artigo de opinião do jornalista José António Lima, que bem vistas as coisas, me pareceu mais um insulto à inteligência das pessoas do que um simples artigo de opinião.

Todavia, tenho reparado que todos ou quase todos os jornalistas escrevem mais ou menos da mesma maneira, i.e., à cacetada e não construem nada, o que me levou a pensar, que deveria ser eu a estar completamente errado.

Dei uma volta por aí e verifiquei que há mais pessoas a pensar como eu; que os jornalistas só malham e para eles está tudo mal.

Voltei a pensar como dizia o MAX lá na mula da cooperativa e veio-me à ideia o MST, que me parece um mau jornalista desportivo mas um óptimo jornalista político e bom escritor.

Não tem lógica mas é o que me parece. Se o MST é bom jornalista sê-lo-à no campo desportivo e no político. Mas parece não ser. Fico baralhado. Vou á estante buscar o seu David Crokett, abri na página 104 e leio “Às 8 partiremos para as Antas, o último quilómetro feito a pé, perante um delírio de azul-e-branco que é um verdadeiro deboche para os olhos de um portista exilado em Lisboa”...

Portista.. li bem?... ou Portense?...
Dei um salto porque me pareceu ter percebido. Eu esperava que o MST, agora na qualidade de escritor, dissesse que o delírio azul-e-branco seria um verdadeiro deboche para os olhos de um portuense exilado em Lisboa. Entendia eu que MST deveria querer privilegiar a terra, a Boavista, a Foz, a Ribeira, o Campo Alegre.. mas não.. é o petra - campeão que lhe interessa.

Lá terei de ir amanhã saber , junto do Vergílio Ferreira, o que deve ser um escritor...
Quer dizer, primeiro importa o clube?...já percebi, disse para comigo. E voltei a situar-me no senhor Lima, que diz: “Por esse andar o FCPorto poderá celebrar a conquista do tricampeonato a quatro jornadas do final, quando receber o Benfica no Dragão em meados de Abril, se não for antes.

Esta tirada do senhor Lima já foi o suficiente para eu ficar mal disposto, porque que isto não é nada, é simplesmente, parece-me, uma falta de respeito pelos leitores que são benfiquistas e sportinguistas, porque este senhor Lima apenas privilegia o FCPorto e não tem esse direito.

O que o senhor Lima terá que fazer é pronunciar-se sobre o desenrolar da competição, diga-se campeonato nacional, analisar por exemplo o sentido das palavras do treinador do União de Leiria no final do jogo com o FCPorto. Isso sim, parece-me daria um bom contributo para o apuramento da verdade desportiva. Mas isso ao senhor Lima, parece que ou não sabe fazer ou não lhe interessa. Parece-me que com o director do jornal se passa o mesmo. Lamentavelmente....

As críticas do senhor José António Lima ao Benfica são do seguinte teor: “Falta de atitude e de categoria no desaire frente ao NACIONAL DA MADEIRA.”.

Ok, tudo bem, a equipa jogou mal, mas no ranking internacional ainda é a melhor equipa portuguesa, e a crítica do senhor Lima tem tudo de descasca pessegueiro e não tem nada de construtivo E é aqui que eu me insurjo, porque o Benfica levou o nome de Portugal além fronteiras e continua a levar. Daí a minha pergunta: Porque é que o senhor Lima quer destruir o Benfica e não se preocupa analisar as declarações do treinador do Leiria, proferidas no final do jogo com o FCPORTO?

Tem a palavra o senhor José António Lima.

João Brito Sousa

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