quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

ARNALDO SILVA E DIOGO TARRETA

(ministra da edcação)

CONVITE AO ADOLFO PINTO CONTREIRAS

EDUCAÇÕES.


Meu caro Brito,

Você é um cara provocador, que vai metendo o bicho da opinião escrita, nesta malta que parecia amorfa mas que, felizmente, não o estava. Tenho esperanças de ver por aqui muito mais caras, botando sentenças, dando sugestões, propondo medidas de conduta.

Tenho estado na expectativa de ver o Gabadinho entrar mais forte pois, se bem me lembro deles, eram moços para dar bons frutos. Também tenho estranhado que a amiga Celina não tenho ditado umas palavrinhas aqui para nós. E o homem de Gorjões tem estado igualmente muito calado.

Mas voltemos âs Educações, a que temos e a que deveríamos ter.País só de doutores?! Não faria mal nenhum, não viria daí nada de mau mas, é evidente, é uma utopia pensar que tal venha a concretizar-se. Até porque, se outras razões não existissem, nem todos terão capacidade e aptidão para chegar ao fim de um curso superior.

É a lei da vida.É consabido que o Homem tem necessidades básicas a satisfazer por meios que requerem tão só o desempenho de tarefas físicas, para as quais se pode dispensar o diploma de doutor.

Todavia, quando um homem como Sampaio diz que o futuro do país passa muito pela Educação, o que ele pretende esclarecer é que necessitamos, por exemplo, de um agricultor que tenha passado pelos bancos de uma Escola onde, para além dos conhecimentos agrícolas passados pela aprendizagem empírica dos seus pais, tenha também aprendido técnicas de gestão e teorias básicas de Economia, de forma a que não possa ficar indiferente à evolução e progressos tecnológicos.
Digamos, generalizando, que se pretende ter em cada área da cadeia económica elementos que, desempenhando cada tarefa específica, estão também intelectualmente agilizados para compreender e apreender os mecanismos do sistema económico onde estão inseridos.
Se tomarmos como certo o que acima ficou dito, então a Educação que actualmente temos, não serve!

O ensino básico generalista, como o actual, terá as suas vantagens para aqueles que venham a continuar os seus estudos. Mas uma vez que a maioria tem que ficar pelo caminho, engrossando o mercado de trabalho, esse ensino está desajustado às realidades. E tanto assim é que os actuais governantes têm disso consciência, fomentando e criando inúmeros "cursos de formação profissional".

Pergunta-se então, porque não voltar ao sistema da minha geração onde vingava a preocupação de ministrar Educação vocacionada para uma carreira profissional?!

Penso que é chegada a hora da Reforma do sistema de Ensino, uma vez que os trinta anos do pós Revolução já demonstraram que:- a igualdade de oportunidades para todos é uma treta;- não é possível ter um país só de doutores;- o país necessita de gente preparada para a vida econónica para dar o tal salto;Que venha essa Reforma! Antes que seja tarde demais!

Arnaldo silva
felizmente reformado

COMENTARIO FROM WASHINGTON

O tal abraco……a vista de olhos ja aconteceu e,ca vai

O Arnaldo esta certissimo….reforma …mas boa …ja’….Sera que pontificar professores e’ bom comeco? Talvez. Talvez por ser algo a fazer recebe tanta contestacao dap arte da classe atingida por tal medida

E,outra coisa ,a malta nao esta amorfa….esta observante !...mesmo ale’m fronteiras….nao se envolvem porque teem vidas e ocupacoes produtivas

E,so se tornam activos em altura de eleicoes para julgar os tais “EMPREGADOS” que muitas vezes nao tinham os me’ritos que apregoavam…e se vangloriavam de possuir para nos tirar do PANTANO que outros antes nos haviam atolado

Parabens ARNALDO,quero ter o prazer de te apertar a mao “soon”

Ate já amigos

Recolha de João Brito Sousa

1 comentário:

  1. João,
    Continuo leitor e observador do que se vai discutindo por aqui e, no meu entender, noto uma evolução bastante positiva no pensamento dos intervenientes. E salta à vista no diálogo entre ti, AS e DS a diferença entre o pensamento de emigrante e o académico. Ao contrário do radicalismo de AS (actualmente mais racional e menos emocional e por conseguinte com mais mão e menos funda.Este escrito é prova disso.), e do teu PRECipitado revolucionarismo político;"...Acabou-se o diálogo, revolução já.",(cito de memória), DS, tem a postura mental do homem cuidadoso, modelada por uma cultura do valor do trabalho para alcançar o self-made-man por mérito próprio.
    A educação escolar dá-nos comhecimentos que podem ser bem ou mal aplicados, mas a inteligência e faculdades próprias levedadas pelas várias "educações" a que somos submetidos ao longo da vida é que nos faz mais sábios. A emigração(Um exílio forçoso) é, mais que nenhuma, uma escola de sabedoria gravada na alma e como tal inapagável.
    Brevemente todos serão diplomados e disso não virá mal(concordo com AS) antes pelo contrário, só pode vir melhorias. Depois cada qual vale pela sua cabeça, quer dizer pelas suas capacidades intrínsecas. Houve-se dizer que já é normal, hoje em dia , haver licenciados nas caixas dos shoppings, pois cada vez haverá mais e uns libertar-se-ão e farão altas carreiras e outros não, mas executarão melhor o seu trabalho. Veja-se os actuais nossos imigrantes de Leste quase todos com escolaridade académica e alguma experiência, começam por serventes e empregadas domésticas aos quais, reconhecidas as suas habilitações e capacidades adequadas, são-lhes dadas as oportunidades de trabalho na sua área de especialização. Tanbém foi assim que a nossa emigração singrou embora com a 4ªclasse ou analfabeta e hoje em dia formam comunidades aceites e respeitadas pelo seu contributo comunitário. A necessidade, a humildade e firmeza de carácter, o querer e a vontade, aliados ao conhecimento e capacidade manual ou intelectual de cada indivíduo selam a diferênça.
    Olhando para todos os grandes processos históricos sempre assim foi, é e será.

    ResponderEliminar