quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

OS MONTANHEIROS VENCERAM


ALFREDO TEIXEIRA, Montanheiro, Costeleta e Campeão.

A malta do campo dava umas boas porradas na malta da cidade. O maior era o Alfredo Teixeira. Vou contar a história dele.

Era e creio que ainda é hoje, uma força da natureza..

Natural do sítio das Fontainhas, concelho de ALBUFEIRA, o Alfredo não dava hipóteses em qualquer disciplina da vida, sobretudo nas modalidades desportivas. Era um irrequieto do catano, nunca estava parado e sempre disponível para o que desse e viesse. A vizinhança dizia dele; vê-se logo que é um Claudino, apelido de família a querer dizer... esperto que nem um alho.

Uma vez, estava eu a jogar nos corredores da Escola uma bola a parede, vem o Alfredo que se me antecipa e nunca mais vi a bola. Chutos por todo o lado e a bola desapareceu.. Era um miúdo que não tinha medo de nada. Porrada?... qual é o problema?...

Grandes abarcas na praia de Albufeira com o Guy e o Romeu. Ciclismo, futebol, ginástica (fazer o Cristo nas argolas que ele inventava mais o vizinho Firmino Cabrita, outro costeleta, isso era canja...), lançamentos de toda a espécie, corridas com barreiras.. tudo... tudo... o Alfredo era o maior.

Jogou futebol em Lisboa no CIF com as vedetas do passado e enchia o meio campo Era tudo dele. Treinou atletismo com o Firmino, no Benfica, onde foram orientados pelo Xico Calado. Eram 20 Kms, saíam, ele e o Firmino à frente e chegavam à frente. O Alfredo Teixeira foi um desportista de eleição

Mas, vejam bem, um dos poucos desgostos que teve na vida, sentiu-o precisamente na área desportiva, onde foi sempre um ganhador. Considerou ser uma grande injustiça nunca ter representado a equipa da Escola nas provas em que esta participava.

O Alfredo era Keeper ....mas a Escola tinha o Seromenho, o Tony Casaca e o Canseira para a baliza, e na minha opinião ele não era nada inferior a qualquer deles. Bem pelo contrário; em querer, em empenho e arreganho era mesmo superior. Colocava-se na baliza com as mãos na cintura, formando um ângulo agudo com os braços e defenda muitas bolas assim. Era um tratado de entrega ao jogo e à competição que respeitava e nunca queria perder nem a feijões.

Mas vingou-se na tropa. Na Guiné, onde esteve a prestar serviço militar, preparou-se de raiva, concorreu, competiu e conseguiu o título de Campeão Nacional dos 400 metros com barreiras.
É licenciado em Contabilidade pelo ISCAL e hoje é um empresário de sucesso no campo da moda.

Mais um que venceu, na vida, Montanheiro, Costeleta e Campeão...

Aí vai um abraço de parabéns para ele, pelo sucesso obtido, do

João Brito Sousa.

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