O ENGENHEIRO DAS DÚZIAS
Quando era miúdo ouvia chamar «engenheiro das dúzias» a quem não percebia nada de engenharia, mas armava. Não sei se era isto que a frase queria dizer, mas era assim que se usava. Dizia-se: «Esse é um engenheiro das dúzias». E logo se percebia que alguém falava de pantomineiros.
Quando era miúdo ouvia chamar «engenheiro das dúzias» a quem não percebia nada de engenharia, mas armava. Não sei se era isto que a frase queria dizer, mas era assim que se usava. Dizia-se: «Esse é um engenheiro das dúzias». E logo se percebia que alguém falava de pantomineiros.
Não sei se é esse o caso do nosso engenheiro Sócrates.
O excelente trabalho do Público sobre as obras que o engenheiro chama suas e a correspondente galeria fotográfica pedem, desde logo, uma comparação: à beira das obras que resultaram de projectos da autoria do agora Primeiro-Ministro até o famoso Prédio Coutinho parece o Museu Guggenheim.
Por muito que me esforce não consigo deixar de associar as imagens das obras de Sócrates à engenharia que ele vem aplicando ao País. No papel, é tudo certinho, direitinho, rigoroso e sensato. Na prática, parece feito em cima do joelho. Pouco sólido e sustentável.
Por vezes, Portugal também se assemelha a «uma habitação construída sobre uma loja de vacas sem drenagem de esgotos». E o rasgo intelectual de muitos dos que nos governam é igual à produção em série de uma fábrica de blocos de cimento. Em relação a algumas das políticas do seu Governo é também forçoso admitir que não passam de rabiscos, por bem intencionados que sejam.
Repare-se que a sensibilidade social de Sócrates não poderá ser posta em causa. Algumas aberrações assinadas pelo seu punho só existem porque famílias numerosas em condições económicas difíceis não podiam esperar.
A amostra, porém, dirá muito da capacidade técnica e sensibilidade estética do autor. Se Sócrates aplicasse um dos seus projectos de engenharia a Portugal, até os cães de fila seriam de loiça. Para não destoar. Deve ser isto que se chama construir o socialismo pelo tecto
MEU COMENTÁRIO
A política nunca foi o meu forte pelo simples facto de não conseguir pregar uma mentira a sério,. O Dr. António Arnaut, lá da Maçonaria, disse na rádio, que Eu ouvi, que teve de sair da política porque não quis ser insincero. O nosso João de Deus, o poeta de Messines e da Cartilha Maternal foi eleito deputado pelo circulo de SILVES e desistiu. o Guerra Junqueiro mandou-os à merda não sei onde, o Engº Bbelchior na Câmara de Faro idem,.. portanto, se o Sócrates é como diz o texto não é admiração nenhuma.
João Brito Sousa
texto retirado da VISÃO
texto retirado da VISÃO
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