quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

DA IMPRENSA JN

(a factura é sempre do ZÉ)

FINALMENTE UM SORRISO
Por outras, palavras,

Manuel, António, Pina


A grande "cacha" jornalística da semana veio na página 14 do "Expresso" e ninguém deu por ela.

É a ministra da Educação a sorrir, o que sugere que, ao contrário das piores expectativas, ela é humana. E que talvez até a sua severa postura de mestre-escola face aos "professorzecos" (a elegante expressão é de um dos seus secretários de Estado) que dão erros nos ditados do Ministério seja humana, demasiadamente humana (coisa do vago parassimpático ou do hipocampo).

De qualquer modo, a descoberta de que a ministra sorri abre perspectivas inesperadas de análise, sobretudo tendo em conta a notória falta de sentido de humor dos sindicatos, às políticas por assim dizer educativas do Ministério. Diz o Talmude que não se deve interromper a instrução das crianças nem para reconstruir o Templo.

Que Maria de Lurdes Rodrigues ande há três anos a reconstruir, pedra a pedra, o Templo (Estatuto da Carreira Docente, avaliação dos professores, gestão escolar) esquecendo o ensino, e principalmente a instrução, há-de decerto ter que ver com "humor objectivo" ou algo do género.

Provavelmente, como na famosa carta de Nietzsche de 6 de Janeiro de 1889, a ministra preferiria ser professora e não Deus, mas não pôde levar o seu egoísmo ao ponto de abandonar a criação do Mundo

O MEU COMENTÁRIO

É corrente que a senhora Ministra estará a fazer tudo ao contrário sem o mínimo de conhecimento da matéria. O memso aconteceu com o Ministro da SAÚDE, um homme com um CV invejável e só fez dispaartes.

Até parece que andam a gozar om o pagode.

Se sim... só à bala.

Revolução hoje, já... amanhã pode ser tarde.

Não ao proceso histórico do ADOLFO.

João Brito Sousa

7 comentários:

  1. Dálogo versus Fogachada

    O amigo Brito propõe a via da bala para se levar a cabo a Revolução indispensável à alteração do status quo ora vigente. Não suporto. Não vou por aí por acreditar que os diferendos entre humanos não se solucionam pela via da batatada. Violência sempre gera mais violência e a solução do problema só é encontrada - se é que se pode chamar-lhe solução! - aquando da morte de um dos desavindos.
    Por outro lado, no que ao nosso país diz respeito, a sua frágil economia não iria sobreviver a uma Revolução "à lei da bala" entre extremistas.

    Assim sendo, parece que resta apenas a via do Diálogo, como sugere o amigo Diogo, para que se encontrem soluções conducentes às Reformas de que o País carece e urge fazer. Mas que Diálogo?! Diálogo entre quem?! No actual estado das coisas, seja um Governo suportado por uma maioria na AR, fica de imediato impossibilitado o Diálogo porque aquele se arroga dono exclusivo do poder de execução, não consentindo intromissões nas suas "mais sábias" capacidades de governar. Logo, não há possibilidade de Diálogo! Por essa razão, tudo vai ficando na mesma, isto é, tudo continua a piorar.

    Este é o mais sério dos problemas do nosso actual sistema democrático. A impossibilidade de diálogo porque os Partidos só sabem vomitar as suas ideias e propósitos ficando cegos e surdos âs sugestões ou reclamações dos seus opositores. E as coisas ficam ainda mais sérias ou mais graves quando a Constituição que temos exige maiorias qualificadas para aprovar diplomas. Então assiste-se a algo verdadeiramente incongruente, inconcebível mesmo! Faz-se um negócio!!! Aí, o Partido minoritário esquece que as medidas a aprovar deixam de ser perniciosas para a vida do País e dá o seu voto de aprovação se receber do Partido maioritário algo em troca; a Presidência da Câmara tal ou a aprovalção daquela proposta de lei que um mês antes era impensável como boa para a vida do cidadão!!!!

    É a Democracia que temos. É com ela que temos que viver e conviver.
    Como alterá-la?! Eu daria algumas sugestões. Um dia destes, não hoje.

    Arnaldo silva
    Felizmente reformado

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  2. Oh!João,
    vou desviar-me já daqui e abrigar-me senão ainda apanho um balázio.
    Já fui forçado à guerra uma vez para nada, mais sangue não, e muito menos dos meus irmãos portugueses para nada novamente. Se achas que a revolução resolve melhor que a democracia, não contes comigo na tua trincheira.
    Ainda recentemente barafustavas contra a revolução francesa que dera em "Terror", e digo eu, pariu a criatura Napoleão que quiz engolir a Europa e Portugal. Os restos da grande "solução" que foi a "Revolução de Outubro" podes vê-los nos estaleiros de algumas obras de construção civil no teu pobrezinho país. Da miséria e desgraça da Guerra Civil os espanhóis só se libertaram após a democracia e ainda hoje as feridas saram.
    Quando acabaste o curso havia emprego? Então porquê milhões de portugueses tiveram de emigrar, uma grande parte a "salto", sujeitando-se às mais degradantes e humilhantes condições de subsistência humana? Confundes o teu emprego fácil com a generalizada falta de trabalho ou trabalho sazonal e todo o povo alentejano, e outros, nos bancos das aldeias à espera de alguem o vir contratar dia a dia.
    Nesse tempo muitos nem tinham escola, a maioria fazia a 3ª classe para saber ler,contar e fazer o nome, uma grande minoria fazia a 4º classe, e uma ínfima minoria ia estudar, e uma élite ia para o liceu para ser classe dirigente e possidente. Nesse tempo os miúdos iam descalços para a escola e levavam um pedaço de pão e um peixe frito para o almoço. Nesse tempo o racionamento tinha acabado recentemente mas a fome e a miséria abatia-se sobre grande parte da população.Nesse tempo as mulheres pariam os filhos às mãos de uma "experiente" e os velhos não queriam ir para o hospital por temerem o "chá da meia noite".
    Comparar esse tempo com o actual para denegrir a democracia é tão reaccionário como essa frase que citas constantemente do fingidor de dores alheias "...não foi este o país que me prometeram"
    Mas sobres esse tema reflectirei um dia destes no meu blog.
    Um abraço do Adolfo.

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  3. BOM DIA MEU CARO ADOLFO.

    O teu texto vem adulto.E poderoso. Vou ter de sair agora, mas voltarei breve ao meu posto.

    Como homem de bem que me prezo de ser, irei fazer, talvez, aí umas cedências no texto, mas estarei sempre no palco do debate de ideias.

    Com homradez e respeito pelo pensamento dos outros.

    Com enorme consideração pelos teus textos e não só .. aqui te deixo um abraço.

    Até já.

    João

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  4. AO ADOLFO PINTO CONTREIRAS.

    Caro amigo,

    Só agora vi o teu texto onde falas naquela cena do balázio e outras coisas mais.

    Fiquei aflito ao ler o dito e pensei no que é que se teria passado contigo, para teres a ousadia de me apareceres com um texto tão desajustado e diferente do habitual.

    Devias saber que não te concedo o direito de te dirigires a mim naquela direcção.

    O assunto era reforma, revolução ou diálogo. Eu optei revolução. E tu, numa interpretação extensiva e sem pés nem cabeça, sem nenhuma razão de ser, mandaste-me o recado que não contasse contigo para a minha trincheira.

    Soube apenas que tiveste no Esquadrão 149. Exercício da democracia não vi nada nem penso que estejas por aí.

    Se, com o texto que me enviaste quiseste evidenciar alguma coisa, não conseguiste .

    O que vem a seguir no texto é pobre mas, está bem, as pessoas mudam. Só que algumas mudam para pior.

    Mas não desisto de ti. Quando for ao Algarve lá estarei nos Gorjões, respondendo ao teu convite.

    E nunca te esqueças que “a vaidade cega a sabedoria”

    Cumprimenta-te o
    João

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  5. Ao João Brito de Sousa,
    Incompreesível é tu dizeres-te pacifista, pois rebateste sempre a Guerra Golonial nessa perspectiva, e agora que vivemos em democracia queres uma revolução e balas já.
    Uma revolução sobre um país pobre mas que tem a riqueza social de viver em liberdade de expressão e opinião,sem presos políticos funcionando em pleno Estado de Direito, significa uma "Pinochada". Por acaso é isso que achas que faz falta e resolve os problemas do país e não as reformas que se impõe fazer pelos mecanismos de concertação e diálogo que só a democracia proporciona?
    Se pensas assim reafirmo-o, não contes comigo para a tua trincheira, estarei sempre do lado da democracia e da liberdade.
    Eu tenho acompanhado a par e passo o que escreves desde o início do teu blog e confesso , cada vez percebo menos o teu pensamento; um dia és pacifista no outro revolucionário, não dá para entender.
    Quanto aos que mudam para pior ou aos que a vaidade cega, se é para mim, não tens que desistir ou não, somos ambos livres para desistir.
    Cumprimenta-te o Adolfo.

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  6. João,
    Já li a tua racional resposta de hoje que compreendo e aceito plenamente.
    Podias ter dito logo que a tua "revolução" era metafórica.
    Um abraço do Adolfo.

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  7. Porto, 2008.02.23

    Haja saúde.

    Uma das grandes virtudes do homem, creio, é reconhecer os seus erros. Foi isso que fiz.

    Mas vou preparar um tema para discutirmos e espero que alinhes.

    Abraço do

    João

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