sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

IMPRENSA JN/ PORTO


O CANTINHO DO PINA

O BOM NOME DE PORTAS
Por outras, palavras,

Manuel, António, Pina

Paulo Portas acusou o Ministério da Agricultura de praticar uma "política do calote". Ora, até um "gentleman" acaba por se exasperar com personagens como Portas. Jaime Silva respondeu o óbvio que Portas é que tem calotes políticos de que deve dar explicações aos portugueses, recordando episódios pouco claros da passagem do CDS de Paulo Portas pelos governos de Durão e Santana.

E enumerou as portarias do "caso Portucale" assinadas depois das eleições e publicadas com data anterior, as milhares de fotocópias de documentação que o próprio Portas levou do Ministério da Defesa, a alteração à lei do jogo que permitiu à Estoril-Sol ficar com o edifício do Casino de Lisboa… Esqueceu-se dos submarinos e dos voos da CIA, mas chegou para Portas anunciar que vai processar o ministro por ofensas ao seu "bom nome". Quando não tem respostas políticas, Portas diz que processa tudo e todos por ofensas ao seu "bom nome". Aconteceu no "caso Moderna" (ia pedir um milhão ao"Expresso"), aconteceu quando perdeu as eleições em Lisboa (ia processar o Estado pelas notícias sobre os submarinos). Provavelmente, o processo a Jaime Silva terá o destino dos outros, isto é, nenhum.

Mas a vantagem de anúncios destes é ficar a saber-se que Portas tem, afinal, bom nome (político, digo eu.)

Publicação de
João Brito Sousa

LITERATURA

O CAVALO A TINTA DA CHINA
Armando Baptista-Bastos

O CAVALO A TINTA DA CHINA de Baptista-Bastos, é uma obra que fala da vida.

É linda de ler e foi escrita para se perceber a vida. É uma obra que faz pensar e isso deverá ser sempre o objectivo do escritor.. Pôr os leitores a pensar, a dar voltas à cabeça e prepará-las para a vida .Escritor que se preze tem esta preocupação.

O livro começa assim: “A vida parecia normal e nada corria bem. Mas não sabíamos quanto éramos felizes.”

A maneira de organizara as palavras dá-lhe um sentido estético enorme e produz uma grande riqueza de conteúdo pensante. Nota-se nesta obra quão importante é a perspicácia do escritor em arrastar o leitor para as grandes áreas do pensamento e da reflexão. A vida é, nomeadamente, o tema central das obras de Baptista-Bastos. A vida das pessoas parece sempre normal mas não é.

Às vezes corre mal e cabe-nos a nós tornar esse correr mal como uma situação de normalidade .Todas as vidas são sempre um esboço de qualquer outra coisa.

A obra é um monumento literário e permite-nos chegar à conclusão que é preciso ser-se muito bom para se viver com simplicidade. Trata também dos infelizes, porque esses também fazem parte deste rol que habitam neste vale de lágrimas em que vivemos.

Quem é infeliz devia viver mais tempo como recompensa. A realidade é uma coisa que não existe. O que existe é a realidade da nossa imaginação. Quanto mais sabemos mais nos falta saber. Ninguém repara nas coisas evidentes. Quando as pessoas têm capacidade de ser felizes, a felicidade aparece-lhes mais tarde ou mais cedo.

O livro trata da relação afectiva entre Francisco José Conde, que bebera uns copos a mais e Clara. Poso acompanhá-la diz ele, mas Clara nem o olhara e mandara-o logo à merda e andara mais do que depressa. Belo rabo», pensou...

A velhice é muito mais chata do que a morte. Porque a morte é assim, não se sabe como. A velhice começa de mansinho, mas de repente descobrimo-nos velhos. E velhos perguntamo-nos: a necessidade cria o interesse ou o interesse cria a necessidade?

Ao meu filho Manuel, grande de mais para um País tão pequeno.. Vemo-nos quando nos virmos (era a frase de Carmona). Desejava, porém, que entendessem a minha ânsia constante de chegar à banalidade...

Boa, muito boa, esta obra de Baptsta-Bastos.

João Brito Sousa


CRÓNICA DE WASHINGTON


LIÇÃO DE POLÍTICA
por DIOGO COSTA SOUSA
Caro amigo,

Viva.

A democracia tem regras…temos que esperar que o tempo decorra para então julgar .Caso contrário seria o caos, Se a rua mudasse governos……não pararíamos, durante o ano haveria constantes mudanças , as necessárias para satisfazer o numero de concentrações de rua…..na situação actual só o Presidente da republica poderia meter um travão ao governo mas, não vejo razão para isso ….As reformas têm que ser efectuadas…nem todas vão dar certo ,disso estou seguro, mas parar seria pior….

Vi ontem o programa PRO’S E CONTRAS….deveria de haver um pouco de vergonha…pelo menos na parte que exportam pela televisão….meteu-me pena…não vou sequer comentar…uma lástima…uns “choramingas”

À falta de melhor termo.

É só a minha opinião…e seria bom que estivesse errado

No teu email de hoje dizes não querer esperar pelas reformas Então pergunto qual e’ a solução que propões? Elas têm que ser feitas e são lentas senão não seriam reformas mas REVOLUCAO !

No que transpira ca’ para fora, pela boca dos ministros, pela televisão que temos, até parece que têm razão…..Depois vêem os debates, pobres para não dizer paupérrimos como esse dos professores

Que vêem armados com claque e tudo mais e, o que nos apercebemos e’ que a montanha pariu um ovo…nota-se que não querem ser avaliados…por outras palavras temem perder privilégios.

Nunca dei aulas, mas sei que todas as classes profissionais são avaliadas pelos seus utentes ou clientes pelas leis de Mercado, quer dizer pela sua boa ou má prestação de serviços ou bens fornecidos e isso obriga a um constante melhorar .

No serviço da coisa pública todos os cidadãos se queixam sem poder até este ponto escolher outro. Ao funcionário publico só necessita chegar ao posto de trabalho….o resto está garantido.


Por muito que doa esta é a realidade. Que há gente responsável? Claro que ha’……e esses não temem ser avaliados

Porque se queixarão da escola e ensino que temos? Dos professores?

Algo não está bem senão não se queixavam ou,……será que se queixam só por interesses políticos…Não creio.

Ou não haverá necessidade de reforma neste campo?

Acerca das promessas eleitorais, a puta da democracia e’ isto mesmo….habituem-se…o que se diz em campanha e’ para inglês ver…..eu bato nisto desde que começamos os argumentos no blog

A realidade e’ outra e pode ser bem diferente.

Quando a caba o termo ou, presidente de republica ou rei diz chega; não prestam, recomeça o ciclo…habituem-se, e’ assim que funcionam as republicas semi presidenciais….a republica Americana, e’ um pouco diferente e’ PRESIDENCIAL…ai’ aguentas as administrações pelos 4 anos e acabou-se

Ah, tu lembraste de um moco dos serralheiros chamado CARLOS ALBERTO GOMES FIGUEIRAS? Seguiu a marinha depois empregou-se na cimenteira em Loulé. Um dia escrevo uma lição que ele me deu no dia 26 de ABRIL. VALE A PENA MAS NOUTRA ALTURA E,ERA HOMEM DE ESQUERDA JÁ NESSE TEMPO

Vamos continuar.

Todos prometeram, verdade? Quantos foram os que cumpriram? Muito pouco! Tens que adicionar e pensar que na malfadada democracia, existe a chamada OPOSICÃO que e’ como quem diz, o empecilho a tudo o que o partido governante decidir fazer seja ele bem ou mal; e’ assim, e’ o jogo democrático….vai custar mais a executar seja o que for, aparecem depois os acordos enfim, e’ o que nós conhecemos.

Habituem-se, ja’ devíamos estar habituados.

Quanto ao nosso amigo FIGUEIRAS, filosofo dos nossos tempos de escola, quem o conheceu de perto sabe- o

Temos que recuar no tempo, ao dia 25 de Abril da nossa liberdade.

Eu estava em Lisboa nessa noite para embarcar e fomos surpreendidos pelo evento, o aeroporto fechou por 3 dias, salvo erro e eu voltei de carro para FARO nesse mesmo dia.
.

Cheguei a FARO, claro, baixa com ele e para o barulho….o jardim e a rua de SANTO ANTONIO eram um mar de gente, acompanhava-me a minha mulher e um casal de primos recém casados que deveriam acompanhar-me na rota dos Estados Unidos; Dou de caras com o FIGUEIRAS, encostado ao canto do ALIANÇA, junto aos bilhares, sobre uma perna esticada e a outra dobrada apoiada no dito canto.

Não resisti, dei-lhe um abraço e, ele cabisbaixo, eu que sabia que ele era esquerda, e exclamei:


Eh FIGUEIRAS, finalmente pa’! E tu não festejas isto?

Ele olha-me, fita-me ,serio e disse :- Sabes Diogo, isto e’ tudo uma carneirada; hoje estão assim, se amanha houver um contra golpe, vais ver os mesmos que ai’ estão com outra bandeira e aplaudindo igual.

Olhei-o, não me recordo o que lhe respondi. Só sei hoje que o AMIGO FIGUEIRAS tinha razão.

Não o vejo há muito mas tu dá-lhe um abraço

DIOGO, felizmente no activo.


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

IMPRENSA JN do PORTO


O CANTINHO DO PINA


É a Universidade,estúpido
Por outras, palavras,
Manuel, António, Pina
Os membros do Departamento de Sociologia da Educação da Universidade do Minho são pessoas graves. Aposto até que, como no poema de Fernando Lemos, vão para a Universidade de ambulância para que ninguém duvide da sua gravidade.

Por isso, com eles não se brinca. Nem com eles nem com os "nossos governantes e a Igreja". Daí que, segundo os jornais, tenham obrigado um professor a fechar os seus blogues, onde (coisa "desprestigiante" para a imagem, ou lá o que é, do prussiano Departamento) se publicavam sátiras e críticas.

O professor terá ainda sido "aconselhado" a não aparecer em "iniciativas ligadas ao humor", o que teve que acatar pois é contratado a prazo e tem, como diz, que "pensar na família". No tal Departamento desconhece-se que o humor é uma forma de lucidez e lê-se, pelos vistos, pouco.

Pelo menos não se lê Jankelevich ("le humour est la chose la plus sérieuse du monde"). Censura?

Não, explica o venerável director do venerável Departamento, já que o visado fechou os blogues "de livre vontade". Eu, que sou do tempo das Comissões de Censura, posso testemunhar que também nesse venerável tempo os "conselhos" dos censores eram aceites de livre vontade, quanto mais não fosse porque jornalistas e escritores (e humoristas tinham família)

Publicação de
João BritoSousa

LITERATURA



DIÁRIOS de Miguel Torga

MIGUEL TORGA


Foi um excelente prosador e um extraordinário poeta. Era um homem da serra, onde se habituou a tornear com elegância as dificuldades do meio. Caçador de perdizes nas faldas, e, torneando as fragas dos montes, percorre esse terreno com entusiasmo e enorme paixão e prazer.

E é nesse terreno por vezes duro, que consegue sobreviver vencendo na vida. Todavia, além de escritor e poeta, desempenhou com competência a sua actividade de médico no lugar onde se formou, a cidade de Coimbra, nomeadamente

Encaixar o insucesso e retomar a rabiça com redobrada energia, eis a grande lição do camponês, diz Torga. Ele próprio é um apaixonado dos trabalhos ligados à terra. É um enorme respeitador e admirador da grande labuta da campesinato, no seu modelo de vida, pela tenacidade evidenciada, pela grande capacidade de apego ao trabalho e ao amanho da terra.

Os Diários de Miguel Torga, versam assuntos de índole diversa e são autênticos retratos da vida quotidiana. Torga que nunca se esqueceu da sua terra natal e suas particularidades, emigrou para o Brasil mas voltou a Coimbra, onde se licenciou em Medicina Era um homem que raramente saía do seu habitat, na cidade, apesar dos inúmeros convites que lhe eram endereçados. Quem quisesse contactar com o Mestre deveria deslocar-se à cidade dos doutores.

Fazia, isso sim, várias deslocações à aldeia do seu nascimento
Socialista convicto, sofreu com os desvios das ideologias, pois era adepto da melhor e mais justa repartição da riqueza. Foi um militante a espaços e, sem deixar de ser quem era, politicamente falando, deixou bem claro a sua posição perante a vida.

Torga foi um homem esclarecido perante a vida de quem dizia que a sua grande beleza e o seu grande sentido, era justamente o ser inútil. Apesar disso, a esperança continua, porque não se pode viver sem esperança, e queremos viver.

Miguel Torga não era um homem de grandes multidões no seu dia a dia. Ficava muitas vezes só e sobre esta matéria dizia:- “É difícil mas é preciso ter a coragem de ficar só. Uma voz chega para enfrentar o mundo e ter razão. A morte está sozinha contra a vida inteira, e é verdade”....
Miguel Torga foi um grande escritor.

Publicação de

João Brito Sousa

PONTOS DE VISTA

NÃO É ESTE O PAÍS QUE ME PROMETERAM
(de BAPTISTA BASTOS)

Ponto de vista do APCgorgeios

“A verdade é que ninguém lúcido de juizo promete, ou jamais prometeu, ou pode prometer um país a alguém, pronto e feito à medida de milhões de humanos. Basta pensar que o próprio Deus, que é Deus omnipotente, para católicos do verbo fez o mundo e para os judeus criou a terra prometida, contudo na realidade o que existe é esta grande confusão em que vivemos todos, tão longe de paraísos ou perfeições divinas.
Nas suas permanentes cogitações para a escrita diária, os pensadores à força pagos à peça, procuram sintetizar em curtas frases a expressão do sentimento dos leitores fregueses descontentes, desgraçados, coitadinhos, de que se auto-constituem líderes defensores através da palavra e escrita carregada de fingimento moral pela dôr alheia.Mas, decodificado analiticamente esse palavreado de fingída moral piedosa, subjaz um verdadeiro reaccionarismo. A actitude de tais sujeitos é totalmente passiva, eles não lutam, nem têm de lutar, não sujam as mãos na lama da actividade política ou social para obter o tal país perfeito auto-imaginado intelectualmente.
Eles que têm esse país maravilha na cabeça não se dão ao trabalho mínimo de descrever e dar a receita de como obter esse imaculado país que só eles conhecem. Eles que, com tal palavreado, dão a entender que a riqueza, a qualidade e felicidade do país e do seu povo se pode obter de repente por magia do poder outorgado ao governante, e não da vontade e trabalho organizado longo e duro de todos, perante a comunidade a sua actitude é a do herdeiro de pai rico. Eles esperam que alguém, outrem, lhes ofereça de bandeja o tal país rico pronto a desfrutar. A eles, tal qual os filhos família, não lhes compete participar nos duros trabalhos da conquista da riqueza familiar, a eles só compete compartilhar e exigir ter à sua disposição a riqueza obtida pelo esforço de terceiros.
Como aqueles filhos que respondem aos pais: puseram-me no mundo, os culpados disso são vocês, logo têm de me garantir o meu bem estar. Assim são tais moralistas fingidores de dôres alheias.
Eles exigem dos outros, à borla, o país que falaciosamente insinuam que lhes prometeram.Estes fingidores de dôres alheias pululam, auto-convencidos saltitantes e sorridentes, por tudo o que é jornais, rádios, televisão, associações de toda a espécie, fóruns de tudo e acerca de tudo, comentadores e opinadores de tudo o que existe e não existe, do ser e do não-ser. É preciso saber ler a sua fala ou escrita do outro lado das palavras bonitas, para não nos deixar-mos apanhar na teia de baba que tecem perseverantemente.”
O MEU PONTO DE VISTA
O Adolfo Contreiras deu a sua opinião sobre o pretenso significado da frase acima.
Não gostei do texto.
Ao escrevê-lo, o ADOLFO, trouxe a análise da frase para o seu campo, ou seja, para o seu entendimento.
Ora, o que se pretende aqui, é saber o que é que o autor na origem quis dizer ao escrevê-la,. e não o que entendemos nós acerca dela.
Sabe-se que BB é um homem de esquerda e como tal deverá ser sob essa a luz que a frase foi certamente proferida. Não há outra hipótese de saber o que é que a frase quer dizer.
Assim, diremos que a frase é, perfeitamente pertinente, justa e lógica.
É que o processo político passa por eleições e estas, como registo de manifestações de vontade que são, passam por uma ou outra promessa surgida em campanha, que, nem sempre é cumprida.
E é aqui que está o cerne da questão. A incoerência dos políticos que em certas vezes prometem isto e mais aquilo, com o objectivo de serem eleitos, leva-os a excesso de “embalagem” que depois não é cumprido nada fazem ou, pelo menos não fazem aquilo que prometeram..
Mas este comportamento é vulgar como vulgar é a reivindicação para que o prometido seja cumprido.
Não se trata, como diz o ADOLFO, de promessas acordadas anteriormente.(linha dois). E também não se trata de silogismo de que se conhecem subentendidamente as premissas da qual a frase é a conclusão.
Não há premissas há promessas... não cumpridas.
Muito menos há truque... (não é justo utilizar esta expressão)
Daqui para a frente, são utilizados termos... quase diria, ofensivos, pelo qual aqui me fico.
João Brito Sousa

COMENTÁRIO TRAANSFORMADO EM POST


AINDA o FUNCIONAMENTO da DEMOCRACIA

" A Democracia custa cara e requer paciência".

Nada mais verdadeiro, amigo Adolfo. Contabilize-se o que temos vindo a pagar desde que um tal Guterres, governando pelo processo de facilitismos e despesismos incontrolados, teve nas suas mãos o poder de governar este país!


O mecanismo "jobs for the boys" foi posto em marcha com toda uma velocidade que violentou a maior das paciências!Agora temos um Sr. Sócrates que, espaldado pela maioria do seu partido na AR, se arvora dono do poder e governa a seu belo prazer! Ou, talvez pior do que isso, apenas conhece uma força a que se deve submeter: a de Bruxelas. Arrogante e prepotente, esquecendo que o poder de que dispões lhe foi conferido pelo voto daqueles para quem ou por quem deveria governar BEM.

Diz o amigo Adolfo que a Democracia requer paciência. Parece-me que aqui ele pretende que paciência seja sinónimo de obediência. Amigo Adolfo...! Então a rapaziada apercebe-se de que o Governo dá as suas calinadas, tomando medidas que ferem os interesses nacionais e apenas tem que se encher de paciência?!


Espera que passem QUATRO anos para então, simplesmente pelo acto do voto, castigar os infractores de promessas e prevaricadores de conduta política ?! Mas, então, em Democracia, não é a rapaziada que dispõe do verdadeiro poder e que apenas o transfer temporariamente, por via do voto, aos candidatos que se apresentam com vontade de o exercer, como mandatários?!

Não dá para acreditar que, assim sendo, o verdadeiro gerador do poder se veja dele destituído e espoliado e apenas tenha que se encher de paciência para ver os seus mandatários tomarem decisões que lhe ferem os interesses e se desencaminham das intenções que levaram ao voto no seu programa!

Não haverá aqui neste sistema uma enfermidade que urge tratar?!Eu direi que sim! E trate-se dela rapidamente, antes que fiquemos sem Serviços de Urgência, sem Maternidades, sem as Reformas da Educação adequadas às necessidades do País, sem Jovens que venham dar continuidade e vida a este País, sem... possibilidade de mudar um Governo que governe MAL.

O seu a seu dono! O Poder a quem dele, legitimamente, é a sua génese!

Arnaldo silva,

Felizmente reformado

COMENTÁRIOS PRECISAM-SE

Publicação de
João Brito Sousa

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

IMPRENSA JN/ PORTO


O ESPAÇO DO PINA

UM PAÍS CICLOTÍMICO

Por outras, palavras,
Manuel, António, Pina

Usando uma expressão pessoana, o "caso mental português" parece ser, por um lado, não apenas o provincianismo, mas o provincianismo colorido do mais provinciano cosmopolitismo; e, por outro, algum defeito bioquímico nos neurotransmissores, principalmente estudos e estatísticas, que tanto pode dar, às segundas, quartas e sextas, para a alucinação e o delírio como, às terças, quintas e sábados, para o desalento, ou, o que não é incomum, para tudo isso (e muito mais) ao mesmo tempo.

De facto, visto dos jornais, o país oscila diariamente, há uma semana, entre o cor-de-rosa e o negro. Excessos de dopamina como o "estou satisfeito com o que vejo hoje no país; quando começámos ninguém pensaria que chegaríamos tão longe" de Vital Moreira no Fórum Novas Fronteiras alternam com a "crise social de contornos difíceis de prever" da SEDES; 8 milhões de lucros por dia da Banca com os maiores índices de pobreza infantil e de desigualdade social da EU; milhares de postos de trabalho criados pelo Governo nos últimos três anos com milhares de desempregados criados pelo Governo nos últimos três anos. Espécie de "dois em um" bipolar de Mr. Hide e Dr. Jekyll, dir-se-ia que o problema do país não é político, é psiquiátrico. E não se vê que possa curar-se com eleições.

Publicação de
João Brito SOUSA

OPINIÃO



VAMOS FALAR DE FUTEBOL

OS EQUÍVOCOS DE MST

Hoje temos MST na BOLA com a sua nortada.

É claro que vai ser PORTO e mais PORTO e abaixo o resto.

O que interessa ao MST, ao escritor Álvaro Magalhães, ao Francisco José Viegas, ao agora grande vedeta da jornalismo do JN o senhor Júlio Magalhães e não sei se mais algum, são as vitórias do Porto. E depois há os jornalistas de ABOLA, o João Bonzinho, o José António Lima, o Victor Serpa e não sei se mais algum. E isto dá tudo PORTO

Tinha escrito estas primeiras linhas de manhã e só fui à procura do jornal lá pelas 18. Não falhei nada; 4 colunas, duas a arrasar o Benfica e quase duas a dar uns beliscões no FCPorto. Até o Katsouranis levou por causa daquela cacetada que aplicou no puto brasileiro agora no Manchester. Para limpar o sebo ao rapaz, parece que foi isso que o MST disse, na altura, do grego

PRIMEIRO EQUÍVOCO DE MST

O Benfica hoje é arrasado na crónica de MST duma maneira sem precedentes. Nunca vi MST atirar-se ao Benfica como desta vez. MST começa assim:- Provavelmente o pior Benfica de sempre .

Na minha análise, o jornalista MST até poderia ter razão em dizer tal, se fosse benfiquista, porque eu sou e lamento, sim senhor, as paupérrimas exibições do Benfica.
Mas o MST é dos outros e, ao dizer o que diz, a mim, parece-me que se está a exceder, porquanto, está a por em causa, uma instituição com cem anos de existência, que está a atravessar uma mau momento.

È que o historial do Benfica não tem nada a ver com o historial do FCPorto. Benfica e FCPORTO só têm uma coisa em comum. Serem adversários na mesma Liga Profissional de futebol.

Face a isto, onde admito até estar errado, solicito ao MST que me diga qual a razão porque tem tanto ódio ao Benfica, porquê, porque eu não acredito que seja só pelos 3 minutos que o Calabote deu a mais no jogo com a CUF.

A razão porque não sou nem nunca serei FCPorto, está na página 31 do jornal Record de 31.1.2007. MST, o senhor desmente isso? Se desmente é porque não viu os jogos e é um assunto que o senhor terá de resolver. Se não desmente porque é que é simpatizante do FC Porto?.

SEGUNDO EQUÍVOCO.

No desenrolar da notícia MST considera que o Benfica tem tido uma sorte impressionante na forma como consegue resolver um sem número de jogos nos minutos finais, sem que antes tenha feito alguma coisa para isso Em Nuremberga conseguiu transformar uma derrota num empate...Aparentemente MST ficou aborrecido por o Benfica ter empatado a partida.

A pergunta que lhe faço é a seguinte:- “Também ficou zangado quando o Leixões empatou o jogo com o Benfica, no último segundo da partida roubando dois pontos ao Benfica?

Se não ficou chateado com o que parece ser o óbvio, em que ficamos ?...

TERCEIRO EQUÍVOCO.

É deselegante, parece-me, vir colocar no jornal essa coisa do Katsouranis ser um criminoso.. parece que foi isso que MST disse na altura, do grego

QUARTO EQUÍVOCO

Volta a ser deselegante omitir todos os outros clubes que disputam a primeira Liga. Para MST só conta o FCPorto, que, pelo que vejo ama (sem razão nenhuma porque a existência do FCPorto assenta na dúvida) e o BENFICA que, pelo que vejo, odeia.

QUINTO EQUÍVOCO

Lamentavelmente MST não tocou no que se passou em Setúbal, onde o SPORTING perdeu três pontos, quando lhe foi anulado um golo limpo e o guarda redes deu um frango. Estava aqui uma matéria para um jornalista isento, que tivesse tomates para dizer que o FCPorto em alguns jogos tem golos irregulares validados.

É essa uma das razões porque a equipa ganha sempre... mas raramente ganha limpo. É o que me parece

Isto é que MST deveria explicar.

João Brito Sousa

LITERATURA

(Camilo Castelo Branco)

CAMILO CASTELO BRANCO


é um escritor apaixonado da vida, apesar do seu fim trágico. Camilo deu um tiro na cabeça e a sua existência terminou. Não deixou que a doença tomasse conta de si, apesar da cegueira de que foi vítima, limitasse o seu trabalho. A palavra, não tinha segredos para o escritor. A palavra era a arma que tão bem dominava. O escritor, que fazia depender a sua existência da produção literária, isto no século XIX, numa altura em que a leitura não era das primeiras necessidades das populações, escreveu desalmadamente. Era um operário da escrita.

Camilo escreveu coisas lindas e foi um homem do amor. Diz ele que o amor é o sangue mais apressado; que o amor acelera a circulação do sangue. Camilo tinha a sensibilidade adequada .e em doses certas para que a mulher sentisse o desejo das suas caricias, sempre impregnadas do calor humano em dose ideal, para que no silêncio, a mensagem de ternura pudesse surtir o efeito desejado.

Mas apesar de ser efectivamente uma pessoa dotada do conhecimento suficiente para bem utilizar as ferramentas da vida, Camilo teve nela algumas quebras, quer na sua actividade particular quer no aspecto amoroso, tendo comportamentos às vezes de ética duvidosa, que o desiludiram a si próprio, e que o levava a dizer, nesses momentos mais difíceis, “não gosto nada da pessoa que me estou a transformar..

O escritor adorava as conversas com os habitantes locais da região de S. Miguel de Seide, onde habitava. Às tardes, quando as trindades batiam e as pessoas regressavam das lides do campo, não raro o escritor aparecia junto dessa população anónima mas sabedora, possuidora de um património enorme de experiências feitas,
A sua vida de escritor era difícil em termos da resolução de problemas correntes e passou pelas penosas quezílias domesticas às quais se habituou. E pela sofreguidão que sentia, sem saber de quê, pelas dificuldades de dinheiro. Mas soube sempre diminuir a distância que existirá sempre entre o que se deseja e a realidade...

Haverá coisa mais difícil do que ser feliz, costumava perguntar...A felicidade é um estado de espírito de curta duração, com que uns convivem melhor outros pior Apesar de felicidade não ter nada a ver com dinheiro, o escritor costumava dizer que aos ricos apenas se lhe depara um caminho para a conservação da sua fortuna: - Apoderarem-se do Estado.

O escritor deve ser com o farol no mar que nos indica a direcção a seguir. É ele que nos ajuda a moldar o carácter .E a ver as coisas boas da vida. E a ser solidário, tolerante e amigo.

João Brito Sousa

OS MONTANHEIROS VENCERAM


ALFREDO TEIXEIRA, Montanheiro, Costeleta e Campeão.

A malta do campo dava umas boas porradas na malta da cidade. O maior era o Alfredo Teixeira. Vou contar a história dele.

Era e creio que ainda é hoje, uma força da natureza..

Natural do sítio das Fontainhas, concelho de ALBUFEIRA, o Alfredo não dava hipóteses em qualquer disciplina da vida, sobretudo nas modalidades desportivas. Era um irrequieto do catano, nunca estava parado e sempre disponível para o que desse e viesse. A vizinhança dizia dele; vê-se logo que é um Claudino, apelido de família a querer dizer... esperto que nem um alho.

Uma vez, estava eu a jogar nos corredores da Escola uma bola a parede, vem o Alfredo que se me antecipa e nunca mais vi a bola. Chutos por todo o lado e a bola desapareceu.. Era um miúdo que não tinha medo de nada. Porrada?... qual é o problema?...

Grandes abarcas na praia de Albufeira com o Guy e o Romeu. Ciclismo, futebol, ginástica (fazer o Cristo nas argolas que ele inventava mais o vizinho Firmino Cabrita, outro costeleta, isso era canja...), lançamentos de toda a espécie, corridas com barreiras.. tudo... tudo... o Alfredo era o maior.

Jogou futebol em Lisboa no CIF com as vedetas do passado e enchia o meio campo Era tudo dele. Treinou atletismo com o Firmino, no Benfica, onde foram orientados pelo Xico Calado. Eram 20 Kms, saíam, ele e o Firmino à frente e chegavam à frente. O Alfredo Teixeira foi um desportista de eleição

Mas, vejam bem, um dos poucos desgostos que teve na vida, sentiu-o precisamente na área desportiva, onde foi sempre um ganhador. Considerou ser uma grande injustiça nunca ter representado a equipa da Escola nas provas em que esta participava.

O Alfredo era Keeper ....mas a Escola tinha o Seromenho, o Tony Casaca e o Canseira para a baliza, e na minha opinião ele não era nada inferior a qualquer deles. Bem pelo contrário; em querer, em empenho e arreganho era mesmo superior. Colocava-se na baliza com as mãos na cintura, formando um ângulo agudo com os braços e defenda muitas bolas assim. Era um tratado de entrega ao jogo e à competição que respeitava e nunca queria perder nem a feijões.

Mas vingou-se na tropa. Na Guiné, onde esteve a prestar serviço militar, preparou-se de raiva, concorreu, competiu e conseguiu o título de Campeão Nacional dos 400 metros com barreiras.
É licenciado em Contabilidade pelo ISCAL e hoje é um empresário de sucesso no campo da moda.

Mais um que venceu, na vida, Montanheiro, Costeleta e Campeão...

Aí vai um abraço de parabéns para ele, pelo sucesso obtido, do

João Brito Sousa.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

POEMA


PORTO, 2008.2.26

O TEU ROSTO

Como na canção deixa-me imaginar...
Como será harmonioso todo o teu ser
Desde a suavidade e beleza do teu olhar
Até aos calcanhares lindos de morrer

Se por fora imagino-te de total frescura
Por dentro serás ainda de mais qualidade
Mas como nos dias de hoje nada perdura
Tudo é transitório.. mas fica a amizade

Que tenho dentro de mim para te oferecer
E já agora quero aproveitar para te dizer
Que me vais encontrar aqui no meu posto

Às manhãs a fazer um soneto para ti
Porque através dos teus poemas senti
Quão delicioso será beijar o teu rosto.

João Brito Sousa

REFLEXÃO FILOSÓFICA

(Padre António Vieira)
O PRMEIRO AMOR
padre Antómno Vieira

Questão é curiosa nesta Filosofia, qual seja mais precioso e de maiores quilates: se o primeiro amor, ou o segundo? Ao primeiro ninguém pode negar que é o primogénito do coração, o morgado dos afectos, a flor do desejo, e as primícias da vontade. Contudo, eu reconheço grandes vantagens no amor segundo.

O primeiro é bisonho, o segundo é experimentado; o primeiro é aprendiz, o segundo é mestre: o primeiro pode ser ímpeto, o segundo não pode ser senão amor. Enfim, o segundo amor, porque é segundo, é confirmação e ratificação do primeiro, e por isso não simples amor, senão duplicado, e amor sobre amor.

É verdade que o primeiro amor é o primogénito do coração; porém a vontade sempre livre não tem os seus bens vinculados. Seja o primeiro, mas não por isso o maior. Padre António Vieira, in "Sermões"

QUEM É OPADRE ANTÓNIO VIEIRA?

PADRE Antônio Vieira (Lisboa, 6 de fevereiro de 1608Bahia, 17 de junho de 1697) foi um religioso, escritor e orador português da Companhia de Jesus. Um dos mais influentes personagens do século XVII em termos de política, destacou-se como missionário em terras brasileiras. Nesta qualidade, defendeu infatigavelmente os direitos humanos dos povos indígenas combatendo a sua exploração e escravização. Era por eles chamado de "Paiaçu" (Grande Padre/Pai, em tupi).

António Vieira defendeu também os judeus, a abolição da distinção entre cristãos-novos (judeus convertidos, perseguidos à época pela Inquisição) e cristãos-velhos (os católicos tradicionais), e a abolição da escravatura. Criticou ainda severamente os sacerdotes da sua época e a própria Inquisição.

Na literatura, seus sermões possuem considerável importância no barroco brasileiro e as universidades frequentemente exigem sua leitura.

MEU COMENTÁRIO

Estranha-se o facto de o PADRE ANTÓNIO VIEIRA vir falar de amor, pois em princípio, foi sempre uma matéria ( o amor carnal) vedada aos senhores Padres.

Onde se revela mais pureza no amor, se no primeiro se no segundo? A lógica de Vieira inclina-se para o segundo.

A prosa de Vieira é merecedora de crédito. Todavia não sei se será bem assim.

O melhor amor não é o primeiro nem o segundo. O melhor amor é aquele que é amor puro. É aquele que é autentico.

Só aqueles que desfrutaram das duas situações o poderão dizer qual o melhor. Cada tipo de amor terá o seu encanto,

Para mim, vence sempre o amor, quer seja à primeira quer seja à segunda.

João Brito SOUSA

LITERATURA COM BAPTISTA-BASTOS

(Baptista-BASTOS)

UM HOMEM PARADO NO INVERNO
De ARMANDO BAPTISTA BASTOS

A literatura de Baptista-Bastos é a literatura da cidade de Lisboa, da qual o escritor é um dedicado filho e admirador. Nas suas obras são personagens indispensáveis o Rio Tejo, o Cais da Ribeira do cacau às quatro da manhã, os bares e as mulheres. Mas não confundamos as coisas, Baptista Bastos é um fiel admirador da esposa Isaura.

Quando começamos a envelhecer, o que conta são os momentos não os anos, diz ele.. E é nestas frases que o escritor me convence, pois, é dever de um escritor, colocar-nos problemas reais da vida, com o objectivo de nos fazer pensar e tornar-nos pessoas mais valentes e de maior carácter.

Quando começamos a envelhecer receamos que o fim chegue depressa e isso incomoda-nos e proporcionamos uma vida stressante. Mas a morte é um dado adquirido e não deve tolher-nos a boa disposição e o optimismo. A vida enquanto for possível vivê-la, tem sempre interesse. Mas temos que procurar esse interesse para amanhã baseado no ontem. E é por isso que o escritor diz que o que conta são os momentos não os anos. Os anos são, efectivamente, uma consequência da nossa existência e, se estes nos pesam deveremos ter a inteligência suficiente para intercalar a nossa vida com os momentos bons do passado, que todos nós tivemos, porque todos nós fomos uma vez na vida jovens.

Este é um assunto que tem pano para mangas. É esta possibilidade de deixar ao leitor margem para pensar, que torna o autor num escritor. O escritor leva atrás de si o leitor e ambos vão tentar construir um mundo melhor. Porque quer escritor quer leitor, não devem ficar de braços cruzados `a espera que as coisas se resolvam por si, que sabemos já, nunca s e resolvem.

É nesta batalha que entra o escritor Baptista-Bastos, publicando livros, artigos nos jornais, programas de televisão e rádio estando em todas, para manifestar as suas discordância ou aplaudir.

Porque há pessoas que gostam muito de viver tornando-se em apaixonados da vida. São pessoas que nunca envelhecem; morrem depois.

Este é o conceito de Baptista Bastos sobre a vida. A vida é vida. Vivê-la sem amanhã. A vida é hoje, sempre hoje. E depois pode morrer-se. E até aí ser-se feliz. Sou um homem que tem vergonha de ser infeliz, diz Bapista-Bastos. Porque ser-se infeliz é uma crítica a um desempenho mal conseguido. Somos infelizes sempre que a nossa consciência nos atropela e condena.

Mas viver a vida carece de uma aprendizagem. E Baptista-Bastos ensina-nos quando nos diz:-“... não te esqueças, não digas tudo; ninguém diz tudo a ninguém” ou ainda “... não se pode viver sem um pouco de piedade e tolerância” ou mais ainda “.... há uma altura na vida de um homem em que ele não quer saber o que vem a seguir” ou melhor “...Portugal é um lugar de sofrimento e desespero, e a sua história uma grande eclipse da razão: um País sem rigor moral” ou “ não deixes que te vejam como te sentes” ou “... soube finalmente que só a morte devolve às pessoas a perene singularidade que a vida lhes negou” ou “... ser português não é uma nacionalidade; é um calvário”

Esta é a mensagem de Baptista-Bastos.

João Brito Sousa.

DA IMPRENSA/ JN PORTO


EXMA Sra. GOVERNADORA CIVIL DO PORTO

Por outras, palavras,
Manuel, António, Pina


O acima assinado, cidadão português e cronista, vem, muito respeitosamente, expor e requerer a V. Ex.ª o seguinte:

1 - Tendo o signatário tido conhecimento de que a PSP identificou três professores que, convocados por sms, se reuniram no sábado na Avenida dos Aliados para, supõe-se, não dizer bem das políticas educativas do Ministério da Educação;

2 - Mais tendo sabido que, entre as centenas de presentes, a PSP decidiu identificar (já que tinha que identificar alguém e não levara consigo bolinhas numeradas para proceder a um sorteio) três pessoas que falaram às TV's;

3 - E tendo sabido ainda que tal identificação (e tudo o que se lhe seguirá) se deveu ao facto de as pessoas em causa não terem, em devido tempo, informado V. Ex.ª de que pretendiam ir nessa tarde à Avenida dos Aliados;

4 - Tendo, por fim, conhecimento de que, pelo mesmo motivo, um sindicalista foi recentemente condenado em Oeiras;
vem o signatário solicitar autorização de V. Ex.ª para, logo à noite, se reunir com alguns amigos no Café Convívio, sito na Rua Arquitecto Marques da Silva, nº 303, no Porto, a fim de discorrerem todos ociosamente sobre assuntos diversos, entre os quais provavelmente não dizer bem das políticas educativas do Ministério da Educação.

Pede deferimento

Recolha de
João Brito Sousa

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

COMENTÁRIO TRANSFORMADO EM POST

(parlamento)

por ADOLFO PINTO CONTREIRAS


Caros amigos,"..
A democracia custa cara e requer paciência". "...Aprendi que em democracia representativa, raras vezes, se é que alguma (vez é), o que se promete em campanha". "...Mas as eleições ganhas, a realidade aparece, e há que governar BEM!, senão a Democracia dá-nos a faculdade de nas próximas eleições, com um pontapé no trazeiro, por-mos outro no seu lugar"."...As manifestações de rua aí estão.

Há interesses atingidos, há privilégios a desaparecer e claro, o gentio reage e ainda bem, é o processo democrático a funcionar, como para tal foi desenhado e aperfeiçoado".Isto está aí acima escrito duma forma clara e tão sentida que só um emigrante esclarecido pelo exemplo da sua própria experiência podia ter escrito. Se o quizesse dizer por mim , certamente embrulhar-me-ia em considerações retóricas e jamais o faria com tal concisão.

Obrigado amigo Digo Sousa.

Ps: Em minha opinião, para que a Democracia funcione bem como diz DS é preciso que o partido ganhador governe com o seu programa única e exclusivamente para ao fim do mandato se poder avaliar da sua bondade.

Se o seu programa não deu resultado ou foi mal aplicado o povo dará o tal pontapé no trazeiro e pôe lá outro. E com o novo eleito procede do mesmo modo. Este é o jogo da Democracia verdadeiro que DS vê jogar nos USA e que devemos exigir.

Os governos de unidade nacional só em situação de guerra ou iminente rotura económico-social.

Caso contrário acaba por acontecer "o grande centrâo dos interesses" que é, talvez, o nosso caso actual; uma parte considerável meteu as mãos na massa e agora emcobren-se uns aos outros, defenden-se corporativamente quase ao estilo das ordens e sindicatos. E o pior è que, nesta promiscuidade interesseira, depois não temos por onde escolher.É preciso estar atento e apostar naquele que nos demonstra ser mais honesto e capaz de não fazer cedência aos instalados e à rua.

Isto é o que penso ser o melhor para os povos em Democracia e a fazer aqui na actual situação.Acima disse, referindo-me a DS, que só um emigrante esclarecido podia pensar como ele.

Lembro-me de os primeiros emigrantes daqui dos Gorjões, chamarem nomes aos franceses porque faziam greves constantemente e faziam-nos perder dias de trabalho e então diziam: "...o que os franceses precisavam era dum Salazar".

Não percebiam que as lutas dos trabalhadores franceses também eram as suas lutas e que só teriam a ganhar com a melhoria de vencimentos e condições locais de trabalho.

Um abraço do Adolfo

MEU COMENTÁRIO

Com o devido respeito pela opinião apresentada pelo ADOLFO, gostaria de chamar a atenção para um problema que a Democracia ainda não resolveu, que é o problema das maiorias. Um partido democrata no governo maioritário, pode governar, passe a expressão, sob o regime da tirania das maiorias.
E como sair dela?

Publicação de
João Brito Sousa

A FRASE DE HOJE


UM HOMEM DESONRADO É PIOR QUE UM HOMEM MORTO.
Miguel Cervantes,

Quem foi CERVANTES?

Miguel de Cervantes e Saavedra é o autor da mais importante obra em castelhano, Don Quixote de La Mancha.

Filho de um cirurgião cujo nome era Rodrigo e de Leonor de Cortinas. Em 1569 foge para Itália depois de um confuso incidente (feriu em duelo Antonio Sigura), tendo publicado já quatro poesias de valor. Sua participação na batalha de Lepanto, no ano 1571, deixa-lhe inutilizada a mão esquerda que lhe vale o apelido de o manco de Lepanto. Em 1575, durante seu regresso de Nápoles a Espanha é apresado por corsários de Argel, então parte do Império Otomano.


Permanece em Argel até 1580, ano em que é liberado depois de pagar seu resgate.

De volta a Espanha se casa com Catalina de Salazar em 1584, vivendo algum tempo em Esquivias, povoado de La Mancha de onde era sua esposa, e se dedica ao teatro. Publica em 1585


A Galatea o seu primeiro livro de ficção, no novo estilo elegante da novela pastoral. Com a ajuda de um pequeno círculo de amigos, que incluía Luíz Gálvez de Montalvo, o livro deu a conhecer Cervantes a um público sofisticado.

A partir de 1587 viaja pela Andaluzia como comissário de provisões da Invencível Armada, estabelecendo-se em Sevilha. Posteriormente trabalha como cobrador de impostos. Encarcerado em 1597 depois da quebra do banco onde depositava a arrecadação, "engendra" Dom Quixote de La Mancha, segundo o prólogo a esta obra, sem que se saiba se este termo quer dizer que começou a escrevê-lo na prisão, ou simplesmente que se lhe ocorreu a idéia ou o plano geral ali.

Finalmente, em 1605 publica a primeira parte de sua principal obra: O engenhoso fidalgo dom Quixote de La Mancha. A segunda parte não aparece até 1615: O engenhoso cavaleiro dom Quixote de La Mancha. Num ano antes aparece publicada uma falsa continuação de Alonso Fernández de Avellaneda.

Entre as duas partes de Don Quixote, aparecem as Novelas exemplares (1613), um conjunto de doze narrações breves, bem como Viagem de Parnaso (1614). Em 1615 publica Oito comédias e oito entremezes novos nunca antes representados, mas seu drama mais popular hoje, A Numancia, além de O trato de Argel , ficou inédito até o tardio século XVIII.
Miguel de Cervantes morreu em 1616, parecendo ter alcançado uma serenidade final de espírito.
Um ano depois de sua morte aparece a novela Os trabalhos de Persiles e Sigismunda.

MEU COMENTÁRIO

Cervantes nasceu no século XVI e é uma das grandes figuras da cultura de todos os tempos.

A sua posição acerca da palavra honra é bastante clara. Homem que não a tenha talvez seja melhor não existir.

A vida tem regras de existência e de coexistência. O homem ter de saber comportar-se assumindo a sua palavra nas relações com terceiros.

A honra é um comportamento assente no respeito por si próprio e pelos outros.

É, como disse já, expressa por palavras. Palavras que comprometem e têm de ser assumidas e cumpridas.

Uma base de negócio assenta num princípio de honra A vida é relacionamento uns com os outros conseguida através da palavra

Uma vida sem honra não pode ser duradoira. Uma vida honrada exige outras vidas honradas. Só assim vale a pena a vida.

Publicação de
João brito SOusa

LITERATURA


OS VELHOS MARINHHEIROS
de Jorge Amado

As obras de Jorge Amado são sempre recheadas de histórias que contêm um cunho de verdade, de saudade e de solidariedade. Jorge Amado fala da vida, da boémia, da noite e do dia, da praia, da cachaça e da caipirinha.

Nesta obra, “Velhos Marinheiros”, o autor tem esta dedicatória a Carlos Pena Filho: À memória do mestre da poesia e da vida.

Sublime..

Este livro, é uma obra irónica, como quase todas as de Jorge Amado, um escritor baiano, que, na qualidade de grande criador de personagens, fala da sua Baía duma forma ao levemente satírica .

Em “Os Velhos Marinheiros”, as personagens principais são Quincas Berro Dágua e o Comandante Vasco Moscoso Aragão, cada um o herói da sua história.

Quincas é um modelo de humanidade; o Comandante Vasco nem tanto.

A morte de Quincas foi uma confusão e os amigos não se aperceberam. Parece que houve três mortes, a primeira uma morte moral depois mais duas fazendo de Quincas um recordista de mortes.

Gente da Ladeira esteve presente no funeral e a filha Vanda também. O cadáver ficara entregue aos cuidados de uma empresa familiar, propriedade de um amigo do tio Eduardo, com 20% de abatimento.

A morte de Quincas entretanto circulava pela Baía.

Foi na loja do López, simpático espanhol, situada na parte externa do mercado, onde era freguês habitual e ganhou o direito, por consumidor fiel, de servir-se sózinho, sem auxílio do empregado, que naquela vez em que viu a garrafa de límpida cachaça sobre o balcão, foi-se a ela, encheu o copo e virou-o de uma vez.

E o berro soou: Águuuua!

Quincas confundiu cachaça com água e berrou.

Os amigos Curió, Pé de Vento e Cabo Martin, estiveram presentes no funeral e choraram a partida do mano.

Naquela noite mágica que tudo indicava ia ser inesquecível e deveria prolongar-se por uma semana Quincas morreu. Foi naquela noite em que Quincas tentava passar rasteiras o cabo e no Negro...

Não passou mais.

A obra relata ainda a completa verdade sobre as discutidas aventuras do comandante Vasco Aragão, capitão de longo curso.

Mas a verdade está no fundo de um poço, diz um ditado popular na Baía.
Jorge Amado já é uma saudade.

Publicação de

Jão Brito Sousa
SOUSAFARIAS

DA IMPRENSA


ESPAÇO DE MANUEL ANTÓNIO PINA
Distinto jornalista do JN/Porto, poeta e pensador.

Gente lida é outra coisa.

Por outras, palavras,
Manuel, António, Pina

É perverso, eu sei, mas gosto de directores financeiros de partidos que citam Shakespeare. Porque, quando o director financeiro de um partido cita Shakespeare, é previsível que, mais tarde ou mais cedo, o presidente comece a citar Nabokov.

Conta o "Público", divulgando escutas ao ex-director financeiro do CDS juntas ao processo Portucale, que, após a vitória de Sócrates nas eleições, o ainda ministro Telmo Correia desapareceu do Ministério durante dez dias, tomado de angústia hamletiana quanto a assinar ou não assinar o despacho que permitiu à Estoril-Sol ficar com o edifício do Casino Lisboa (o que, a crer no que foi noticiado, só decidiu fazer "in extremis", na célebre "madrugada dos 300" da véspera da posse do novo Governo).

Assim, aquilo que poderia parecer apenas mais um caso político obscuro ganha a inesperada dimensão trágica de um homem em conflito consigo mesmo e com os seus fantasmas.

Imagino Telmo Correia diante do Espectro "Oh!, anjos e núncios do perdão, defendei-me!". E, depois, madrugada fora, com a "maquette" do Casino na mão: "Assinar ou não assinar, eis a questão".

Só falta uma tirada nabokoviana de Portas em qualquer escuta que venha à tona sobre o caso dos submarinos: "Uma revelação pode ser mais perigosa que uma revolução".

O MEU COMENTÁRIO

Parabens ao homem da cultura Manuel António Pina, pelos seus excelentes textos.

Publicação de
João Brito Sousa

domingo, 24 de fevereiro de 2008

TEMA PARA DEBATE


TEORIA DA JUSTIÇA DE JOHN RAWLS

Venho trazer para debate a teoria de John Rawls, o mais conhecido e celebrado filósofo político norte-americano, falecido aos 81 anos, em 2002, que é tido como o principal teórico da democracia liberal dos dias de hoje.

A OBRA DE JOHN RAWLS

“Como conciliar direitos iguais numa sociedade desigual, como harmonizar as ambições materiais dos mais talentosos e destros com os anseios dos menos favorecidos em melhorar sua vida e sua posição na sociedade?”

Certa vez, Hegel escreveu que a Filosofia - tal como a coruja que só alça o voo depois do entardecer - somente elabora uma teoria após as coisas terem ocorrido.

Foi bem esse o caso da contribuição de John Rawls, surgida em livro em 1971, a Teoria da Justiça, resultante directo do sucesso da campanha pelos Direitos Civis.

Herdeiro da melhor tradição liberal, que principia com Locke, passando por Rousseau, Kant e Stuart Mills, Rawls debruçou-se sobre um dos mais espinhosos dilemas da sociedade democrática:

“como conciliar direitos iguais numa sociedade desigual, como harmonizar as ambições materiais dos mais talentosos e destros com os anseios dos menos favorecidos em melhorar sua vida e sua posição na sociedade?”.

A resposta que Rawls encontrou para resolver essas antinomias e posições conflitantes fez história. Nem a social-democracia europeia, velha de mais de século e meio, adoptando sempre um política social pragmática, havia encontrado uma solução teórica-jurídica para tal desafio.
Habermas, o maior filosofo alemão do pós-guerra, considerou o livro de Rawls, um marco na história do pensamento, um turning point na teoria social moderna, abrindo caminho para a aceitação dos direitos das minorias e para a política da Affirmative Action , a ação positiva.

Política de compensação social adoptada em muitos estados dos Estados Unidos desde então, que visa ampliar e facilitar as possibilidades de ascensão aos empregos públicos e aos assentos universitários por parte daquelas minorias étnicas que deles tinham sido até então rejeitadas ou excluídas.

Cumpre-se dessa forma a sua meta de maximize the welfare of society's worse-off member, de fazer com que a sociedade do Bem-estar fosse maximizada em função dos que estão na pior situação, garantindo que a extensão dos direitos de cada um fosse o mais amplamente estendido, desde que compatível com a liberdade do outro.

Se foi o projecto da Grande Sociedade quem impulsionou a teoria de Rawls, suas proposições, difundindo-se universalmente, terminaram por lançar as bases dos fundamentos ético-jurídicos do moderno Estado de bem-estar Social, vinte ou trinta anos depois ele ter sido implementado.

De certo modo Rawls retoma, no quadro do liberalismo social de hoje, a discussão ocorrida nos tempos da Grécia Antiga, no século 5 a.C., registrada na "República", de Platão. Ocasião em que, por primeiro, se debateram, quais seriam os fundamentos de uma sociedade justa.

Para o filósofo americano os seus dois pressupostos são:

1) igualdade de oportunidade aberta a todos em condições de plena equidade e:

2) os benefícios nela auferidos devem ser repassados preferencialmente aos membros menos privilegiados da sociedade, os worst off, satisfazendo as expectativas deles, porque justiça social é, antes de tudo, amparar os desvalidos. Para conseguir-se isso é preciso, todavia, que uma dupla operação ocorra. Os better off, os talentosos, os melhor dotados (por nascimento, herança ou dom), devem aceitar com benevolência em ver diminuir sua participação material (em bens, salários, lucros e status social), minimizadas em favor do outros, dos desassistidos. Esses, por sua vez, podem assim ampliar seus horizontes e suas esperanças em dias melhores, maximizando suas expectativas.

Para que isso seja realizável numa moderna democracia de modelo representativo é pertinente concordar inclusive que os representantes dos menos favorecidos (partidos populares, lideranças sindicais, minorias étnicas, certos grupos religiosos, e demais excluídos, etc..), sejam contemplados no jogo político com a ampliação da sua deputação, mesmo que em detrimento momentâneo da representação da maioria. Rawls aqui introduz o principio ético do altruísmo a ser exigido ou cobrado dos mais talentosos e aquinhoados - a abdicação consciente de certos privilégios e vantagens materiais legítimas em favor dos socialmente menos favorecidos.

Há nisso uma clara evocação, de origem calvinista, à limitação dos " direitos do talento", sem a qual ele considera difícil senão impossível por em pratica a equidade. Especialmente quando ele lembra que uma sociedade materialmente rica não significa necessariamente que ela é justa.

Organizações sociais modestas, lembrou ele, podem apresentar um padrão de justiça bem maior do que se encontra nas opulentas. Exemplo igual dessa " secularização do calvinismo" visando o apelo à concórdia social, é a abundância no texto de Rawls de expressões como, além do citado altruísmo, "benevolência", " imparcialidade", "desinteresse mútuo", "desejos benevolentes", "situação equitativa", " bondade", " objecção de consciência", etc...

MEU COMENTÁRIO

A Teoria da Justiça de John Rawls terá possibilidades de implementação, se houver um movimento de compreensão dessa doutrina e se da sua aplicação resultar benefícios para todos

Eu considero a teoria com boas possibilidades de cativar as pessoas, porquanto, a colocá-la em prática, viria a tornar a sociedade mais harmoniosa e mais agradável A Humanidade não precisa de ser rica, precisa apenas de ser mais justa

Mas para isso, as pessoas têm de se convencer, que o objectivo da vida é o bem estar social e não uns estarem bem e outros mal pela via do capital.

È claro que este comportamento da sociedade só se consegue obter se os que têm mais disponibilidades, abdicarem desse excesso e permitirem que os detentores de menores recursos possam ver melhorados os seus proventos

Baseando-se na sociedade justa de Patão, Rawls sugere que o primeiro passo a dar seria o surgimento da mesma igualdade de oportunidades aberta a todos e em condições de plena equidade

O segundo comportamento seria baseado nos benefícios nela auferidos, que deveriam ser repartidos preferencialmente com os membros menos privilegiados da sociedade, os worst off, satisfazendo as expectativas deles, porque justiça social é, antes de tudo, amparar os desvalidos.


Para se conseguir isso é preciso, todavia, que uma dupla operação ocorra. Os better off, os talentosos, os melhor dotados (por nascimento, herança ou dom), devem aceitar com benevolência em ver diminuir sua participação material (em bens, salários, lucros e status social), minimizadas em favor do outros, dos desassistidos. Esses, por sua vez, podem assim ampliar seus horizontes e suas esperanças em dias melhores, maximizando suas expectativas

Para que este modelo vingue, é preciso reeducar as pessoas em dois aspectos; o emocional e o produtivo

Em primeiro lugar, seria importante consciencializar as pessoas, para que se autoeduquem na direcção do colectivo. O que passa a valer é o todo e uma pessoa de per si não tem qualquer possibilidade de sobreviver.

Depois seria interessante não perder os incentivos profissionais, agora direccionados em favor de uma sociedade mais justa..

Penso que isto é possível de obter e penso também que temos andado a perder tempo.

João Brito Sousa

sábado, 23 de fevereiro de 2008

DEBATE DE IDEIAS


AO ADOLFO PINTO CONTREIRAS
ANTECEDENTES PRÓXIMOS

A propósito de um artigo do Arnaldo Silva e do Diogo Sousa, convidei o Adolfo Pinto Contreiras para vir a terreiro discutir aí uns assuntos connosco. E o Adolfo veio e disse de sua justiça.
Mas, a coisa, aparentemente agudizou-se, quando eu disse que as reformas que este governo estava a fazer não eram nenhumas e para complicar ainda mais as coisas, veio o Dr. Jorge Sampaio e disse: -“o Portugal que eu quero estará aí em 2018”:
Entretanto o Diogo Costa Sousa, perguntou: REFORMA, REVOLUÇÃO OU DIÁLOGO?
E eu disse, Revolução hoje, já e à bala..
E, mais coisa menos coisa, daí resultou este texto do Adolfo, que vai a seguir, que eu proponho para um debate de ideias.
Exige-se apenas que cada um se respeite a si próprio.

O TEXTO É ESTE , que eu dividi por pontos.

1 - Incompreensível é tu dizeres-te pacifista, pois rebateste sempre a Guerra Colonial nessa perspectiva, e agora que vivemos em democracia queres uma revolução e balas já.

2 - Uma revolução sobre um país pobre mas que tem a riqueza social de viver em liberdade de expressão e opinião, sem presos políticos funcionando em pleno Estado de Direito, significa uma "Pinochada". Por acaso é isso que achas que faz falta e resolve os problemas do país e não as reformas que se impõe fazer pelos mecanismos de concertação e diálogo que só a democracia proporciona?

3 - Se pensas assim reafirmo-o, não contes comigo para a tua trincheira, estarei sempre do lado da democracia e da liberdade.

4 - Eu tenho acompanhado a par e passo o que escreves desde o início do teu blog e confesso , cada vez percebo menos o teu pensamento; um dia és pacifista no outro revolucionário, não dá para entender.

5 - Quanto aos que mudam para pior ou aos que a vaidade cega, se é para mim, não tens que desistir ou não, somos ambos livres para desistir.

6- Cumprimenta-te o Adolfo.

AS MINHAS RESPOSTAS AO ADOLFO SÃO:

Sobre o texto a seguir, tenho a dizer que:
1 – Concordo que seria uma atitude incompreensível, alguém que se diga pacifista vir agora reivindicar a guerra, com balas e tudo e já..
Eu, realmente disse isso, guerra com balas e tudo já, mas não era isso que eu queria. A minha frase foi interpretada extensivamente, ou seja, dela se concluiu mais daquilo que pretendi dizer.
Mas já que falei em revolução, mantenho a proposta e a revolução que eu defendo, em Democracia, a cujo sistema político sou fiel, é a revolução a operar no campo das ideias. Há tanta coisa que podemos discutir
Já agora dizer que a razão de ser da minha proposta de revolução, tem a ver com o que diz hoje, VICENTE JORGE SILVA no SOL, que é:
“ Naturalmente, o governo acusa o desgaste de três anos de políticas, que, com frequência misturaram o ataque a privilégios corporativos com o desprezo pelos direitos sociais, o agravamento das desigualdades ou a própria demissão das suas responsabilidades (de que foi exemplo a recente declaração do ministro do Ambiente sobre as cheias)
E mais, ... há um vazio político e a vida portuguesa tem o seu horizonte bloqueado...
E por aqui me fico, dizendo que revolução no campo das ideias , sim...

2- Lógico que não sou apologista de Pinochadas, não as desejo. E quanto as reformas de que falas, elas não estão a credibilizar o Governo e o País mostra isso através das sondagens que mostram o PS em queda, arriscando-se a perder a maioria absoluta., derivado do mal estar social vigente em tantos sectores da vida portuguesa.

3 – Tal como tu, estarei sempre do lado da democracia e da liberdade.

4 – Aceito a tua observação sobre ser umas vezes pacifista outras revolucionário. Mas dir-te-ei que os revolucionários não quererão propriamente a guerra em si mesmo, mas sim a paz, não, claro, a paz podre....

Mas cultivo um pensamento democrático

Quanto às tuas visitas ao meu blogue, fico-te agradecido por esse facto.

5 – Retiro as minhas palavras por descabidas.

È tudo.
Aceita os cumprimentos do
João Brito Sousa

BOM FIM DE SEMANA

(vamos a Santa Bárbara de Nexe)
PORTO, 2008.02.22

BOM FIM DE SEMANA

Para os meus filhos em ALMADA XAXÁ E PEDRO Para a minha nora e para as minhas netas MARIANA e SOFIA

Para os meus irmãos em NEWARK, USA

Aló Solange, katy and Jack David, Daniela, Michele e respectivos....

Aló PAUL SPATZ e filhas

Aló primos e primas na Austrália e Perpingham em França em NEWARK, aló Tony and Quitéria Ilheu aló SIlvina no Canadá

Para a Celina e para o Aníbal, para o Zé ALEIXO Salvador esposa, Honorato Viegas e esposa, Peixinho e esposa em ALMADA,

Para toda a malta do 1º 4ª de 52 em especial para o Coelho Proença, Zé Maganão e Ludgero Gema,

Para o Gregório LONGO no Lar da Guia (até à primeira)

Para o aluno da Escola COMERCIAL e INDUSTRIAL de FARO que elegi como o melhor de todos os tempos, o Contra Almirante ANTÓNIO MARIA PINTO DE BRITO AFONSO.

Para o Eng º ANSELMO DO CARMO FIRMINO e esposa, outro aluno brilhante e dos melhores de sempre da Escola COMERCIAL e INDUSTRIAL com quem tive dúvidas na atribuição do melhor aluno de sempre, tendo sido prejudicado por ser de uma ou duas gerações depois da minha.

Para o Dr. José Martins Bom, outro brilhante aluno da Escola COMERCIAL E INDUSTRIAL e para o igualmente brilhante e talentoso ARNALDO SILVA..

Para o Dr. Eduardo Graça e o seu ABSORTO

Para o grande poeta ROBERTO AFONSO

Para o Engº SOUSA DUARTE, esposa e filho

Para o amigo Carlos BARRIGA E ESPOSA e Filha nas FERREIRAS.

Para o Luís José Isidoro em ESTOI, amigo inesquecível

Para o Engº Neto e esposa em ESTOI ainda.

Para o Engº Manuel Carvalho e esposa

Para os meus compadres, Dr. Manuel Rodrigues e Drª Fátima Rodrigues e filha, a Drª Ana Luísa Rodrigues.

Para o enorme MÁRIO MONTEIRO que agora mora em CAMPO

e para o Guilherme, Marta esposo e filho,

Para a viúva do CARLINHOS LOURO, filhos e irmãos e respectivos.

aló Custódio Clemente e Zé Mendes na AUSTRÁLIA,

Zé Lúcio, Florentino, Rosendo e Joaquim Carrega...

Victor e Célia Custódio e Leonilde Filhos e filhas.

Aló Montenegro SÃO E FILHAS ,

Tia Amélia.

Tias Alzira e Ti Manel

Eusébio e Júlia Lucília e Armando e Filhos

Silvina e Luís Alcantarilha e filhos

Mercedes e Alviro, BICAMA e BIZÉ E RESPECTIVOS

Maria do Carmo e Zé Maria e filhos (meu afilhado João Manuel) e noras netos

FLORIVAL EM França, esposa e filhas Para o CUSTOIDINHO, o filho do APOLINARIO, que diz que é teu amigo e com quem tive uma pega no restaurante o Jorge, no PATACAO.

Para: VIEGUINHAS de Pechão e respectiva equipa do almoço de sábado, o ZÉ GRAÇA, o BOTA de ESTOI e o ENGENHEIRO

Para a malta do 1º ano 1ª Turma de 52/53

Chefe de turma: CÉLIO MARTINS SEQUEIRAALUNOSJosé Bartílio da PalmaLuís Rebelo GuimarãesHerlander dos Santos EstrelaReinaldo Neto RodriguesAntónio Inácio Gago ViegasHumberto José Viegas GomesManuel Cavaco Guerreiro.Joaquim André Ferreira da CruzJoão BaptistaJosé Mateus Ferrinho PedroJosé Vitorino Pedro RodriguesIvoFrancisco Gabriel Carvalho CabritasJoão António Sares ReisFernando Manuel MoreiraAntónio Manuel Ramos JoséFrancisco Paulo Afonso ViegasManuel GeraldesJoão Manuel de Brito de SousaJorge Manuel AmadoJoão Vitorino Mendes BicaCarlos Alberto Arrais CustódioJosé Júlio Neto ViegasManuelJoão dos SantosJosé Pedro SoaresJosé Marcelino Afonso Viegas


Para o meu afilhado em Washington CARLOS ALBERTO DIOGO esposa e filhos

Para o DIOGO TARRETA e esposa e filho, o grande Engº JOÃO PAULO SOUSA

Para o REINALDO TARRETA, esposa e filho, o Engº Rui Tarreta e para a SOLEDADE e respectivo...

Aló ESTORIL Mário Fitas, Aló Porto Carlinhos Pereira, Adelino Oliveira em AZEITÃO. Romualdo Cavaco, Jorge Valente dos Santos e Zé Pinto Faria em Portimão. ADOLFO PINTO CONTREIRAS NOS GORJÕES E SOARES em TAVIRA. Feliciano Soares e Xico LEAL em Olhão e Zé Júlio na ilha da Culatra. Para a malta da Escola Comercial e Industrial de FARO, grandes amigos e colegas,

ROGÉRIO COELHO, LUÍS CUNHA, JORGE CACHAÇO E FRANKLIM MARQUES.

Para o JORGE CUSTÓDIO, o JORINHO que andou comigo na escola primária em Mar e Guerra, irmão da Fernanda e que agora mora em Faro e para o GABRIEL ferreiro na Falfosa.

Para CUSTÓDIO JUSTINO esposa e filhos, ANÍBAL PEREIRA e esposa no Patacão e João ALCARIA em Mata LOBOS , distintos bancários.

Para as minhas primas Maria Emília na Falfosa, filhos e respectivas, Margarida em Santa Barbara de Nexe, Maria em Faro e Glorinha em Tavira.

Para o primos ROBERT em Nice, JOÃO no Patacão.

Para os tios Zé Bárbara e Vitalina em Vila Moura e tio António no Canadá..


UM BOM FIM DE SEMANA PARA TODA A GENTE

João Brito Sousa

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

RENÚNCIA É TABU NA ILHA DE FIDEL


RENÚNCIA É TABU NA ILHA
Texto retirado o Estado de S. PAULO

HAVANA

Em Cuba, a palavra “renúncia” é quase um tabu. Nos programas das emissoras oficiais de rádio e TV e nos poucos pronunciamentos de autoridades sobre a histórica decisão de Fidel Castro de afastar-se definitivamente do poder, fala-se em “recusa do ‘comandante’ a aceitar sua escolha para a presidência do Conselho de Estado”. Na lógica explicitada pelo discurso oficial, Fidel é um “revolucionário” e os revolucionários não renunciam nunca.

As ruas de Havana permanecem em silêncio, quase apáticas, em relação à carta de terça-feira, na qual o homem forte do país há 49 anos anunciou sua retirada da linha de frente do governo para tornar-se uma espécie de guardião ideológico de sua revolução. Segundo os poucos cubanos que concordaram em falar com a reportagem do Estado na ilha, essa apatia se explica por duas razões principais. A primeira deve-se ao fato de que há mais de um ano e meio Fidel já estava afastado da cena política - pelo menos, oficialmente -, enquanto seu irmão Raúl Castro liderava o regime com a mesma ortodoxia política e quase nenhum sinal de disposição para uma abertura econômica real.

Para muitos cubanos, a carta de Fidel nada mais é do que a formalização de uma situação de fato. Existe ainda a clara percepção de que, mesmo afastado do cargo, Fidel segue ditando as regras do regime.

A outra razão é a quase certeza de que nada muda no país. “Será uma surpresa se (na reunião da Assembléia Nacional de domingo) o Partido Comunista escolher alguém da geração posterior à revolução para a presidência do Conselho de Estado”, disse Alfredo (nome fictício), economista formado pela Universidade Nacional que faz “bico” oferecendo-se como guia de turismo nos hotéis de Havana para tentar cobrir o orçamento da casa onde vive com a mulher e três filhos.

Raúl é o favorito para assumir o posto, que, na prática, já ocupa desde 31 de julho de 2006, quando Fidel lhe transferiu o poder e anunciou que sofria de uma doença intestinal. Os mais jovens - o secretário-executivo do Conselho de Ministros Carlos Lage e o chanceler Felipe Pérez Roque - correm por fora na eleição, mas não se descarta a possibilidade de que ampliem seu papel no regime (veja quadro com os possíveis candidatos à sucessão).

Uma análise comum em Havana é a de que o PC opte pela manutenção de Raúl na chefia do Estado para que o impacto político-psicológico da renúncia de Fidel seja reduzido. A mensagem implícita seria a de que a revolução segue em seu rumo, apesar do afastamento de seu principal personagem. Numa etapa posterior, a jovem guarda do partido assumiria as rédeas do regime, com a ascensão de um líder teoricamente menos avesso a uma limitada abertura econômica e a uma eventual reaproximação com dos EUA. De todo modo, qualquer avanço nessa direção só seria viável após a morte de Fidel.

“A estagnação econômica de Cuba chegou a um ponto que, se por milagre o PC decidisse mudar os rumos da economia e abrisse os mercados do país como foi feito na China, por exemplo, ainda levaria alguns anos para que os benefícios chegassem à população”, disse Alfredo. “Em primeiro lugar, porque é um mito imaginar que os investidores estrangeiros estão impacientes para entrar aqui.

A economia de Cuba é uma ficção e, entre os 11 milhões de cubanos, pouco mais de 10% têm poder real de consumo. Apesar da qualificação da mão-de-obra, qualquer empresa que decidisse, por exemplo, instalar uma planta industrial em Cuba teria de esperar anos até que se formasse um mercado capaz de consumir seus produtos.”

Além disso, de acordo com o economista, a infra-estrutura do país está sucateada. As termoelétricas que consomem quase todo o petróleo enviado pela Venezuela de Hugo Chávez são suficientes apenas para deixar as principais cidades do país à meia luz. As estradas são ruins, não há rede ferroviária e os principais portos operam no limite da capacidade. O serviço de telefonia é precário e o acesso à internet, em cumprimento do interesse do próprio Estado, é difícil e limitado.

“Há cerca de 20 anos, quando a URSS ainda existia e patrocinava Cuba como uma vitrine do comunismo e o bloqueio comercial dos EUA era visto como a causa das dificuldades econômicas, a maior parte dos cubanos orgulhava-se da revolução e de seus líderes”, afirma outro cubano, sob a óbvia condição de não ter seu nome publicado. “Hoje, essa realidade é completamente diferente e há uma vasta geração de cubanos que se sente enganada pelo regime. A população de Cuba é hoje formada por um exército de dissidências nãoassumidos.

Publicado por
João Brito Sousa