sexta-feira, 30 de maio de 2008

IMPRENSA / RECORD

OPINIÃO

EXMO SENHOR GENERAL RAMALHO EANES, isto passa-se realmente no clube que se diz o senhor apoiar o Presidente?



Segundo a famosa Lei de Murhpy, não há nada a fazer: quando alguma coisa tem de correr mal, corre mesmo. Mas esta é apenas uma das alíneas dos mandamentos do engenheiro de foguetes Edward Murphy. Aliás, um consulta ao Google, motor mundial de buscas e fonte de muitos jornalistas, dá-nos conta de outros princípios da mesma lei.

"Só sabe a profundidade da poça quem cai nela", é outra.Vem isto a propósito da espiral de problemas em que parece mergulhado o FC Porto.Ele é o Apito Dourado: uma visita de um árbitro (Augusto Duarte) a casa de Pinto da Costa na antevéspera de um jogo; suspeitas de ofertas de prostitutas à equipa chefiada por Jacinto Paixão.

Tudo na época em que o FC Porto foi campeão nacional e europeu, ganhando bilhete para a final da Taça Intercontinental que venceu em Yokohama. Reparem que tudo parecia perfeito mas na época seguinte, 2004/2005, o Benfica foi campeão depois de muitos anos sem ver o padeiro!Ele é o Apito Final.

Com a Liga a antecipar decisões da justiça comum e retirar 6 pontos que pareciam inofensivas. Alguém se distraiu, porém, no muito aclamado departamento jurídico do FC Porto. A falta de recurso acelerou uma decisão da UEFA e o clube corre o risco de ficar afastado das competições europeias devido a uma norma introduzida nos regulamentos o ano passado, por causa do...Milão e do "Calcio Caos".
Ele é um administrador da FC Porto/Multimédia julgado por uma burla de 10 milhões de euros por uso indevido de dinheiros de algumas figuras do universo portista e mesmo de 2,5 milhões de euros do próprio clube.

Ele é, ainda, Paulo Assunção a resistir a todas as pressões - mesmo às dos vendilhões do templo - e a rescidir contra com o FC Porto, depois de ser considerado pelos colegas o melhor jogador da época finda, a tal em que os dragões deram 20 pontos de vantagem sobre a concorrência directa.
Esta sucessão de acontecimentos negativos abre espaço à 9.ª Lei de Murphy: acontecimentos infelizes sempre ocorrem em série.O que se passa, afinal, com o FC Porto?

Estará a ser vítima do seu sucesso? Estará apenas com azar? Estará a ser alvo de um complot ou de uma cabala, como diria o impagável António Fiúza? Sem querer ir muito mais longe, aqui deixo a minha singela explicação para o que se passa:- Pinto da Costa é um agente infiltrado do Benfica, é o sócio 102.203 do clube da Luz e tem uma sala secreta cheia de kits.

Posso até jurar que o presidente portista tem em destaque, na sua vitrina de troféus, uma peça que representa um mocho sobre o livro da sabedoria, oferta de Luís Filipe Vieira quando este era presidente do Alverca, clube que começou como filial do Sporting, passou a amigo do FC Porto e depois se transformou em satélite do Benfica. Logicamente, só lhe podia ter acontecido o que aconteceu.
Não sei como os fundamentalistas, aqueles que consideram as escutas telefónicas "punhetas de bacalhau", podem explicar o que vai sucedendo.

O que sei é o que anda na boca de toda a gente e reparem que aqui não estou a tentar fazer qualquer ligação a uma das muitas formas de servir o fiel amigo.Clubismos à parte - ok, assumo o meu: Benfica! -, acho que nesta altura do campeonato os talibãs do regime apenas podem dormir sob o conforto de mais uma lei acrescentada pela sabedoria popular às premissas do engenheiro aeroespaecial americano: "as coisas podem piorar, você é que não tem imaginação."Ok, é isso mesmo. Piorar não pode piorar.

Até porque tudo o que tem acontecido ao FC Porto é fruto da delirante imaginação da ex-primeira dama portista, dona Carolina Salgado, dos procuradores Carlos Teixeira e Maria José Morgado, dos inpectores da PJ liderados por Teófilo Santiago e de centenas de escutas telefónicas.Há portistas que acreditam que não tarda nada e vão acordar deste pesadelo, prontos para ler esta manchete nos jornais: FC Porto tetracampeão.
Autor: EUGÉNIO QUEIRÓS Data: Sexta-feira, 30 Maio de 2008 - 02:31

Publicação de
João Brito Sousa

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