sexta-feira, 23 de maio de 2008

IMPRENSA JN.OPINIÃO


PORTUGAL REGISTA DENTRO DA UE O MAIOR FOSSO ENTRE RICOS E POBRES
Por Bruno Simões Castanheira


A sociedade portuguesa tem, face a 24 parceiros europeus, a maior desigualdade de rendimentos. O fosso entre os que possuem muito e os que a pouco ou nada acedem é mais amplo não só em relação à média europeia como aos Estados Unidos. As contas surgem feitas no último relatório de Bruxelas, elaborado em 2007 e com parte dos números de referência colhidos tanto na realidade de 2004 como dos anos seguintes

MEU COMENTÁRIO

Eu entendo que com a aplicação da Teoria de Rawls, as coisas poderiam melhorar. Baseando-se na sociedade justa de Platão, Rawls sugere que: O primeiro passo a dar seria o surgimento da mesma igualdade de oportunidades aberta a todos e em condições de plena equidade O segundo comportamento seria baseado nos benefícios nela auferidos, que deveriam ser repartidos preferencialmente com os membros menos privilegiados da sociedade, os worst off, satisfazendo as expectativas deles, porque justiça social é, antes de tudo, amparar os desvalidos.

Para se conseguir isso é preciso, todavia, que uma dupla operação ocorra. Os better off, os talentosos, os melhor dotados (por nascimento, herança ou dom), devem aceitar com benevolência em ver diminuir sua participação material (em bens, salários, lucros e status social), minimizadas em favor do outros, dos desassistidos. Esses, por sua vez, podem assim ampliar seus horizontes e suas esperanças em dias melhores, maximizando suas expectativas A Teoria da Justiça de John Rawls terá possibilidades de implementação, se houver um movimento de compreensão dessa doutrina e se da sua aplicação resultar benefícios para todos Eu considero a teoria com boas possibilidades de cativar as pessoas, porquanto, a colocá-la em prática, viria a tornar a sociedade mais harmoniosa e mais agradável

A Humanidade não precisa de ser rica, precisa apenas de ser mais justa Mas para isso, as pessoas têm de se convencer, que o objectivo da vida é o bem estar social e não uns estarem bem e outros mal, pela via do capital. È claro que este comportamento da sociedade só se consegue obter se os que têm mais disponibilidades, abdicarem desse excesso e permitirem que os detentores de menores recursos possam ver melhorados os seus proventos

Para que este modelo vingue, é preciso reeducar as pessoas em dois aspectos; o emocional e o produtivo Em primeiro lugar, seria importante consciencializar as pessoas, para que se autoeduquem na direcção do colectivo. O que passa a valer é o todo e uma pessoa de per si não tem qualquer possibilidade de sobreviver. Depois seria interessante não perder os incentivos profissionais, agora direccionados em favor de uma sociedade mais justa.. Penso que isto é possível de obter e penso também que temos andado a perder tempo.

Publicação de
JOÃO BRITO SOUSA

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