domingo, 24 de junho de 2007

PORQUE HOJE É DOMINGO.


“a banalidade destrói. O que a anula é a sua vulgaridade porque o que é singular ou raro, concentra e não dispersa as atenções."

Vergílio Ferreira em conta-corrente II, página 180

Hoje é domingo e estou em casa a ouvir música e a escrever. Num passado recente, aos domingos ia sempre almoçar fora, numa distância mais ou menos longa, tipo 150 Kms ir e vir. Descobri que fazia isso quando era jovem; agora estou apenas mais pesado e almoço por aqui num restaurante da cidade e vou e volto a pé..

A minha vida mudou muito e em muitos aspectos. Reformei-me e ganhei tempo livre. Ganhei gosto pela leitura e pela escrita. E escrevo prosa e poesia para consumo próprio E há quem diga que escrevo bem. Mas isso não me envaidece; apenas me diz que eu tenho a possibilidade de não cair no ridículo, nas crónicas que escrevo.. Só isso e apenas isso.

Os livros agora fazem parte do meu Universo. O meu método de ler um livro, passa por pegar num lápis quando o leio, para anotar numa folha à parte, as frases que gosto. Como isso leva muito tempo, de pois da leitura de alguns, ainda não passei as frases para o computador estando as mesmas sublinhadas no próprio livro. Vou lá buscá-las quando é preciso, como foi o caso desta do Vergílio.

Não percebo muito bem o sentido da frase e perguntei à minha mulher que diz que a entende na perfeição. Diz ela, que gente vulgar não interessa nada, os outros sim. Eu repliquei, olha lá, mas o Jorge Palma diz que não é um homem vulgar.. e ela, mas isso é outro departamento.

Faço uma boa parelha com a Bete e aprecio-a muito. Também discutimos forte e feio; mas recuperamos rápido. Em termos de trabalhos na net, ela tem os seus blogs onde dá o melhor de si .na sua elaboração. Nada de vulgaridades porque a Bete é muito exigente e em tudo.

Vivo no Porto, onde tenho tentado perceber a cidade e a dinâmica do clube de futebol o que tem sido difícil. Penso que ainda estou dentro dos nove milhões de anti portistas primários.

Mas aqui no Porto, o principal problema é a ausência dos amigos. É o diabo. Para colmatar isso vou à Biblioteca Almeida Garrett. Muito boa e bem equipada, por sinal.

E tento ser feliz, fundamentalmente.

João Brito Sousa.

2 comentários:

  1. Este Vergílio Ferreira funde-me a cuca!!!
    Eu bem não quero "bater mais no ceguinho", mas tu persistes em trazer aqui frases dele que, continuadamente, se manifestam bastante confusas e, pior do que isso, quase impossíveis de digerir.
    Como é evidente o mal reside nas minhas mal alinhavadas pretensões de conhecer alguma coisa de meritório no campo literário. Mas... Que diabo?! Português para Portugueses é sempre de se entender, por muita filosofia que traga consigo!

    "A banalidade destrói."

    Em termos abstractos até poderia aceitar a afirmação como muito boa.
    Mas, a banalidade, o que é e como se manifesta?
    Vou ao dicionário e deparo com a informação de que banal se refere a "trivial, vulgar, ordinário, comum". E aí, a porca torce o rabo! Então temos um país de população em vias de destruição?!
    É que não me consta que tenhamos dez milhões de Portugueses todos altamente separados de uma vida vulgar, na tentativa trivial de, ordinariamente, deixarem de trabalhar para sobreviver!

    "O que a anula é a sua vulgaridade"

    Ah! Mas a banalidade afinal não existe ou não destrói!!! Não existe porque é anulada pela sua vulgaridade, ou seja, por se encontrar tão semeada e espalhada, autoanula-se!! Afinal existe e destrói ou não destrói porque se anulou por via de ser tão vulgar?! É muita areia para a minha camioneta!!

    Mas Vergílio Ferreira é grande e sabia de literatura e filosofia, não de camionetas!

    E por aqui me fico.

    arnaldo silva
    felizmente reformado

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  2. Porto 2007.06.24

    Meu Velho.

    Muito bom o comentário.

    BS

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