sexta-feira, 22 de junho de 2007

AO POETA MANUEL MADEIRA

Exmo Senhor
Manuel Madeira
Rua Cidade de Londres, Lote I – 47
8700-278 OLHÃO


Meu caro amigo,

Bom dia.
Permita-me que o trate assim porque, praticamente, assentamos praça no mesmo ano. Temos no entanto uma grande diferença; senhor é poeta e eu gostaria de ser.

Quero agradecer-lhe efusivamente,


Os seus dois belos livros de poesia
Que me fez chegar por comum amigo
E queria encontrar o senhor um dia
Para conviver um pouco consigo

Já que com o senhor poderia aprender
O que é verdadeiramente um poema
Pois o poeta é aquele que a meu ver
Põe sempre a nobreza no tema.


A minha poesia é esta que aí fica, quase diria sem pés nem cabeça. Para mim, gosto, porque acho que tem mensagem, e eu consigo ler. Mas hoje na literatura, prosa ou poesia, há uma tendência para se escrever coisas que não se percebem. A primeira vez que li Saramago em “O MEMORIAL DO CONVENTO”, não consegui chegar ao fim e a obra foi galardoada com o Prémio Nobel.

O mesmo se passa com a sua poesia; tenho dificuldade em percebê-la mas o senhor foi galardoado. Então concluí,

Que o que eu faço não é poesia
È outra coisa qualquer o que faço
Ligo os versos como queria
E ponho nisso algum desembaraço

E será que alguma coisa digo?
Que eu e os outros entendem?
Por isso dou a pensar comigo
Será poesia se compreenderem.

Aí vai o meu contacto e fará o favor de me dar o prazer de estar consigo. E apresento-lhe os meus cumprimentos.

João Brito Sousa
96 373 64 04

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