quinta-feira, 21 de junho de 2007

DE MAR E GUERRA À SENHORA DA SAÚDE.


Andei na escola primária em Mar e Guerra com a D. Helena e mais essa malta que nasceu nos idos anos quarenta. Sou da classe do Heliodoro Elias (o irmão do Zé) que era o meu parceiro, do Custódio filho do Clemente, hoje emigrado na Austrália, dos Gabadinhos , do Zé e do Xico, do João Rabão, da Maria de Jesus Lopo, da Nair, da Piedade, a mãe do cilcista Luís Vargues e do tempo de outros.

Tenho boas e más recordações da escola de Mar e Guerra. Boas, por causa das amizades que fiz entre a rapaziada e sobretudo com o dono da “venda” onde a gente ia comprar os cadernos e os lápis para a Escola, o meu amigo António Cadeiras. Más porque era um chorão dos diabos; chorava por tudo e por nada, coisa que ainda hoje vai...

Mar e Guerra , nesse tempo era um sítio como ainda é hoje. Tinha a escola, a venda do Cadeiras, o Mestre Jorge abegão, a famílias Custodinho e os Baptistas, talvez que estes fossem os mais fortes. Duma certa maneira as pessoas não viviam mal e havia até algumas fortunas, como eram considerados o Pedras, os Carminhos e o João Rabão. Era um pessoal que vivia do rendimento das hortas.
Saindo de Mar e Guerra em direcção a Faro, loog à saída e a seguir ao estabelecimento do António Cadeiras, residia o meu tio Alviro casado com a Tia Mercedes, irmã da minha Mãe e viva também o senhor José Madeira. Homem rico com rendimento das hortas, penso eu porque não sei onde as tinha.

Continuando vinha a horta dos Carminhos, do António Luís e do José Luís, este casou com a filha do Ti Alexandre Catrunfa do Patacão, o tal que prometeu o fato ao Clementino Baeta mas nunc lhe deu, e o poeta disse:

O fato que tu me ofereceste...
Quando eu fui teu empregado
Está mais novo do que este
Muito tempo tem durado..

Ainda ontem quando entrei...
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(continua)

João Brito Sousa

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