sexta-feira, 29 de junho de 2007

PESSOAL DAS PONTES DE MARCHIL

(camião do senhor Baptista)


CRÓNICA DE WASHINGTON

por Engº Carlos Caetano Diogo.

Devoro, com atencao, curiosidade, saudade e admiracao todos os artigos ou cronicas, publicadas.

Agora ate os meus parentes Diogo e Solenade de Sousa me surpreenderam pela sua facil prosa.Mas, vamos continuar a falar de figuras pontense.
Ja falei de dois Senhores, hoje irei falar de um Senhor e de dois Tis.

O Senhor era o Senhor Batista.
Homem educado, muito calado, dele so se ouvia o Bom dia ou boa tarde.
Como disse, era motorista do Abel Pereira da Fonseca, fazendo a viagem Faro-Luso anos e anos a fio.


Quando estive em Benavente, levou-me e trouxe-me algumas vezes, foi com ele que aprendi um atalho de entao, que era ir ate ao Porto Alto, virar a direita para Samora Correia, depois Benavente e o Senhor Batista continuava por Salvaterra de Magos, Muge, Almeirim, Santarem e entrava na E.N.1 sem ir a Vila Franca.

Hoje, fazendo o mesmo percurso esta a A13, inaugurada ha pouco tempo.
So para dizer, que fiz algumas viagens com ele, demorando 8 ou 10 horas e ele sempre calado.
Era assinante do "Republica", a meias com o Senhor Viriato, mas levava-o embrulhado noutro jornal, nao fosse o Senhor F... ve-lo.

Dos Tis falarei de dois:

O Ti Manel da Cova, agricultor, rendeiro do Mateus da Silveira (de quem havia de ser?) e matador de porcos.

Era um velhote engracado, sempre bem disposto e com a piada na boca.
Como matador de porcos, era o maior.Salvo erro havia um em Estoi, mas esse cobrava 25 tostoes e o Ti Manel so cobrava uns copinhos de aguardente.

Enviuvou cedo, e como tinha as suas necessidades fisiologicas, um dos filhos, o Martinho, ja falecido, levava-o a visitar a casa da Herminia e depois contava as proezas do velhote a malta.

O outro Ti, foi o Ti Jeronimo, de seu nome Jeronimo dos Santos, conhecido por Ti Jeronimo da Quinta, proprietario daquela onde e hoje o Monte da Ria.
Dizem que era a maior fortuna da zona, mas era homem de ajudar os necessitados.
Dizem, que emprestava dinheiro a juros, mas quando lhe pagavam em dia, no fim do pagamento dizia que so cobrava o principal.Muitos emigrantes a salto, para Franca a ele o devem.

A sua quinta terminava no Montenegro, onde e hoje a rua onde esta a Casa Amaro.

Aquilo eram umas sobreiras e areia.
Ele quase que obrigava as pessoas a comprarem assentos a um escudo o metro quadrado, pagaveis a prestacoes, dizendo que um dia valeria muito.

A primeira pessoa a comprar, quase obrigada, foi D. Maria Fernandes, ja falecida, mae do meu amigo Fernando Viegas e de duas filhas.

Ele nao se enganou, aquilo hoje vale milhoes.E o Monte da Ria?
Poderia continuar, mas por hoje chega.Nao quero ser chato e receber outra "caricia" do Arnaldo

ALGUMAS NOTAS:

O Arnaldo Silva é um amigo, um contributor, nada mais nem tem pretensões a mais nada. Para ele sim é sim; não é não. E isso é muito importante. Não te preocupes que eu cá estou. Quero é as tuas maravilhosas crónicas como a de hoje. Quando vem uma com o Ernestino?.

Fico muito satisfeito por gostares das crónicas publicadas. Eu nada altero. Já disse ao teu parente Diogo que quero histórias do Calhica e do Marinho Guerreirão e outro por aqui.

Vou até ao Algarve amanhã passar lá um mês e vou ver se consigo la fazer alguma coisa.

Até lá, um abraço do

João Brito Sousa.

4 comentários:

  1. Aqui e agora é devido um pedido de desculpas. Ao Caetano Diogo que eu confundi com o Alberto Diogo, como é evidente.
    As "carícias" que há algum tempo embrulhei para envio por esta via ao Diogo, tiveram um destinatário errado. Confusão provocada pelos Carlos Diogo que, coincidentemente são amigos do Brito, ambos engenheiros e vivem os dois nos States. Coincidências...

    Renovo o meu pedido de desculpas ao Caetano Diogo e acrescento que, de qualquer modo, quem se aventura nesta coisa de aventar ideias publicamente tem que se habilitar com traquejo para receber as "carícias" que chegarem. Contundentes ou meigas. C'ést la vie, mon cher ami.

    Or, that's it! I should say!

    Um abraço do
    arnaldo silva
    felizmente reformado

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  2. No seu texto citou "Mateus da Silveira". Conheceu-o? Quais são as suas memórias acerca dele?

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  3. Sitio da Areia, 2007.07.24

    MATEUS DA SILVEIRA,

    O Carlos Alberto Diogo é que conhece bem este cavalheiro. Favor dizer alguma coisa.

    João Brito Sousa

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  4. MATEUS DA SILVEIRA:
    Tenho particular interesse nesse relato... Agradeço muito essa informação.

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