Aquilino Ribeiro é que dizia, roubem-me tudo menos o tempo.
O tempo é indispensável a quem dele precisa para efectuar um determinado trabalho, que pode ou não traduzir-se numa profissão. Estes textos que faço, não se enquadram na definição de profissão, porque são crónicas avulso que quero publicar mais tarde, mas que por agora são textos/treino.
A vida pessoal precisa de tempo amanhã, depois e depois. Sem tempo útil disponível não há obra realizada ou em fase de realização.
Temos que nos render ao seu significado e atribuir-lhe o significado que ele realmente possui: o de indispensável à vida e ao trabalho.
O tempo é hoje amanhã e depois. Ontem já não é mais. Já foi.
Um dos prazeres humanos menos observados é o de preparar acontecimentos à distância, de organizar um grupo de acontecimentos que tenham uma construção, uma lógica, um começo e um fim, diz Cesare Pavese, in 'O Ofício de Viver'.
Viver é ocupar o tempo da melhor maneira possível e com utilidade. Ocupar o tempo no vazio é uma atitude difícil mas há quem o faça e o saiba fazer.
Aqueles que gastam mal o seu tempo são os que não lhe atribuíram verdadeiro significado. Só os operários sabem e conhecem o verdadeiro significado do tempo e fazem-se pagar por ele.
Perder tempo na aprendizagem de coisas que não interessam priva-nos de aprender coisas interessantes, eis o verdadeiro significado do tempo.
O tempo na óptica da disponibilidade é indiscutivelmente precioso e deve ser bem gerido porque este minuto que está a passar agora não voltará mais. As pessoas, hoje em dia, gastam ¾ do dia a ocupar-se do trabalho remunerado e por norma descansam pouco.
È preciso ter em atenção que a saúde está primeiro. E que a vida é curta, pelo que deveremos aplicar o tempo com sucesso, sucesso este que, por sua vez vem dignificar a utilização do tempo consumido.
Penso eu.
jbritosousa@sapo.pt
5 DE OUTUBRO DE 1910
Há 1 ano
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