terça-feira, 29 de abril de 2008

NA LOJA DO MESTRE VIEGAS



Em primeiro lugar, devo dizer que, evocar aqui a memória do Mestre Viegas, é um dever de qualquer pessoa do Patacão, porque o Mestre Viegas foi um amigo de todos nós. Ele foi o nosso melhor professor da vida e nós fomos todos os seus irrequietos alunos.

E com todo o respeito que evocamos aqui nestas crónicas, as figuras do Pai Viegas e do filho Viegas, ambos grandes amigos daqueles que frequentaram a loja.

A causa próxima da nossa ida à Loja era jogar aos matraquilhos, um bocado de cavaqueira e divertirmo-nos um bocado.

Claro que os matraquilhos estavam entregues ao Custódio e ao Vergílio. Os outros jogavam por fora..

Apareciam por lá o Manelito do senhor Martins, o Custódio Mariano, o Joaquim Portela, o Zé dos Santos, o Joaquim João, o António Borrego. Enquanto o Custódio jogava com o Vergílio, uns riam-se , outros contavam histórias, outros pintavam a manta.

Bons jogadores eram o Manelito, o Zé dos Santos, o Vergílio e o Custódio e talvez outros que não me lembro agora.

Uma vez uma selecção da Falfosa foi lá jogar, faziam equipa o Filipe e o Zé Maria. O Patacão alinhou com Manelito à defesa e Custódio à frente. O jogo era de dez partidas e o Patacão ganhou por 6 a 4.

Nesse jogo o Custódio jogou bem, ele tinha uma finta nos três bonecos d afrente que, s e for bem feita aquilo dá sempre golo.. Ele segurava a bola com o boneco do meio, passava a bola para o ponta e rematava de esguelha. Abola passava entre o defesa e o guarda redes contrário e entrava

Houve festa nesse dia. E o Mestre ofereceu o champanhe.

Texto de
João Brito Sousa

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