quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

OPINIÃO


ERRO FORMAL!...

Vem na imprensa de hoje/SOL, que erro formal determina adiamento de julgamento de João Loureiro, ex Presidente do Boavista e de mais administradores da SAD.

O erro formal deriva de o Estado (penso que da Repartição de Finanças da área da sede, uma vez que se trata de assuntos fiscais) não ter notificado quem devia. Além deste aspecto já ser caricato, ainda permitiu aos advogados da Defesa, alegar outras irregularidades, com força suficiente, para adiar um julgamento que terá lesado o Fisco, leia-se, Administração Fiscal, leia-se Estado, no valor de 3.4 milhões de euros..

O que me incomoda aqui é a incúria com que estes assuntos são tratados, porque além do erro formal, os advogados detectaram ainda outras irregularidades. Parece-me que o valor da suposta fraude em causa, não tem interesse nenhum, mas eu penso que 3, 4 milhões de euros é diferente de 3, 4 euros, que, se houver dúvidas, deverá ser julgado da mesma forma. Situações como estas incomodam-me como cidadão e dão-me que pensar.

Aqui há dias ouvi na TV, um senhor Doutor Juiz. utilizar a expressão JUIZES DO NORTE e pude confirmar isso no DN de 19.11.2008 onde li que, “Os Juizes do Norte consideram que a formulação concreta do projecto de "Compromisso Ético dos Juizes Portugueses" vai longe de mais", induzindo os magistrados a prometerem o que não podem fazer.”

Esta classificação em Juizes do Norte, incomoda-me igualmente, porque dá a ideia que há Juizes a julgar o Norte, exclusivamente, sendo o trabalho desses senhores visível agora no julgamento adiado ao ex Presidente do Boavista. É evidente que um julgamento pode ser adiado. Mas sê-lo por erro formal e outros não me parece que o processo tivesse tido o estudo e a atenção que lhe era devido.

Mas será que a justiça portuguesa andará bem? E o escritor e professor Hélder Pacheco o que terá a dizer sobre isto?

Num prefácios das suas obras (Porto, Sentimento e História), ele diz sobre a cidade do Porto, o seguinte.... cidade que mesmo degradada, agredida, despovoada, dura no falar e agreste no reagir continua ser a cidade amorosa, única, inconfundível ...

Mas como é que uma cidade degradada, entenda-se velha, entenda-se abandonada pelos seus naturais, agredida ????.... mas por quem?... despovoada, porquê ???... dura no falar e agreste no reagir, pode continua a ser amorosa??? única.... inconfundível ...

Será que eu transcrevi bem ..

Meu caro professor, os argumentos que apresenta para considerar a sua cidade como amorosa, única e inconfundível ... não são lógicos. A cidade do Porto, na minha opinião não é nada disso que o senhor diz.

Desculpar-me – à, mas é a minha opinião..

Texto de
João Brito Sousa

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