domingo, 1 de junho de 2008

PORQUE HOJE É DOMINGO

(as charolas em BORDEIRA)

VOU-ME ADAPTANDO


O SENTIDO DA VIDA

Pode parecer estupidez isto que vou dizer, mas uma das coisas mais belas que vi na minha vida, foi quando vinha de Faro para Lisboa e, na estação das Pereiras,vi um alentejano de 19/ 20 anos, bêbado que nem um cacho, samarra às costas e cantava

CLAREANES é meu povo
Fui ás sortes e fiquei

Com a manta fiquei novo
Clareanes é meu povo
Que granda manta apanhei...

E lá ia ele.

"Nos fins do século XIX, a tertúlia em que pontificavam Antero de Quental, Ramalho Ortigão e Eça de Queiroz, ficou conhecida como o grupo dos "Vencidos da Vida". Teve enorme influência na sociedade portuguesa e, ainda hoje, as Farpas são o livro de cabeceira de muitos de nós.

A palavra vida, isolada não nos diz nada. Pelo contrário, o sentido da vida diz-nos tudo. Dar sentido à vida é trabalhar com esperança num mundo melhor.

Fazer o impossível é o destino histórico dos portugueses. O trabalho nunca acaba. A vida é que acaba.

Aproveitemos a vida.

A mensagem actual é demasiado economicista. por isso, é essencial uma outra mensagem que atinja a alma dos portugueses. Só assim será possível manter a vontade de ser português.

A felicidade é um comportamento interior, é regressar às origens."
Palavras de Paulo VALLADAS em "A UTOPIA viável"

Publicação de
João Brito Sousa

1 comentário:

  1. Lirismos

    Os poetas são isso mesmo: poetas!

    Só um poeta pode "dourar a pírula" e dizer que "dar sentido à vida é trabalhar COM ESPERANÇA NUM MUNDO MELHOR"!! Subjectivismo poético! Apenas isso. Porque:

    - Hoje ninguém trabalha voluntariamente. É que, para além do imperioso sacrifício de ter que dar satisfação às necessidades básicas de sobrevivência, o Homem dos nossos dias tem ainda toda uma panóplia de outras necessidades, por ele criadas, a que tem que fazer face, embora tidas como secundárias. São as cruentas consequências do progresso.

    - Hoje, trabalho é sinónimo de infelicidade, dado que a única esperança que gera é a de que o seu rendimento nunca será suficiente para se alcançar tudo o que se almeja, materialmente falando.

    - Hoje, o arreigado individualismo do comportamento do Homem, virado exclusivamente para a procura da satisfação das ambições pessoais, não lhe permite a veleidade de pensar nos problemas do seu vizinho e, por isso, o impede de se preocupar com a melhoria do mundo. Preocupa-se, isso sim, com a melhoria da sua vida pessoal. Aí estão, por esse planeta fora, todas as "calinadas" que provam a despreocupação do Homem com o futuro do mundo: o buraco do ozono, a desflorestação da amazonia, as centrais nucleares, os arsenais de guerra, etc., etc.

    Assim sendo, meu caro poeta, há que repensar no que será capaz de "dar sentido à vida". Será mais fácil esse exercício do que tentar mudar o mundo. Todavia, como a esperança é o último que morre, que haja poetas para alimentar essa esperança!

    arnaldo silva
    felizmente reformado

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