quinta-feira, 19 de junho de 2008

A EMOÇÃO DO MOMENTO


O MOMENTO QUE NÃO CHEGOU A HAVER.

Esta crónica é uma analise à frase de Baptista-Bastos, “Conheci-a num baile.. Depois foi o que foi: A emoção do momento que não chegou a haver...” retirada do livro “A Cara da Gente” .

Quem conhece a literatura de Baptista Bastos sabe que a mulher é fundamental na sua vida e que uma cidade sem mulher não é de razoável viabilidade., creio que foi isto que ele disse uma vez na TV.

A cidade tem de ter mulher. A cidade em si será mulher . A escritora Alice Vieira disse-me, numa entrevista que lhe fiz em tempos, que Lisboa é feminina e que o Porto é masculino. Ora ai está, o Armando percebe disto. A sua cidade de Lisboa, porque é mulher terá necessariamente mulher.

O momento que não chegou a haver, será o da concretização do resultado do encontro de duas pessoas que se amam. A manifestação do amor, não tem hora nem local, simplesmente acontece. Amar é disponibilizarmo-nos para isso e amamos com todas as nossas forças, que se encontram concentradas no coração. Se alguma vez lhe aconteceu isso você amou e percebe o que é ser mulher. É uma força de estar arrebatadora.

Retirei da obra “O PODER FEMININO” de Patrícia Cuocolo, o texto que expressa bem o que quero dizer e que está a seguir.

“Ser mulher é encontrar o seu poder, a sua fé e a sua alegria de viver. É amar como se fosse o último dia de sua vida, é chorar as próprias perdas até o dilaceramento da alma, é curar-se em seu próprio recolhimento, na sua própria espiritualidade.A mulher é movida pelo amor e por suas paixões, e isso ninguém lhe tira, é de sua natureza. O fogo sagrado mora dentro dela, e quem quiser despertar sua atenção precisa ser corajoso o bastante e não ter medo de compartilhar esse fogo com ela.

Ela sabe ser meiga e carinhosa, mas também sabe ser feroz e exigente quando se torna necessário lutar pelos seus ideais. Os ideais da mulher são grandiosos, e parte do seu aprendizado está em amadurecê-los, ou seja, torná-los reais, passíveis de experiência real. É a partir dessas experiências que ela vai tornando-se interessante, forte e profundamente sábia. Nesse confronto de ilusão com a realidade, a mulher tem a chance de crescer.

A mulher que não conhece a sua alma, a sua verdadeira natureza, torna-se frágil, dependente, carente, medrosa, insegura. Passa a viver uma vida de mentiras, e o pior: passa a acreditar na própria mentira.

A mulher que consegue ver a simplicidade e a beleza nas pequenas coisas, e sentir gratidão por ser portadora de uma missão tão bonita como a de regenerar a Terra e trazer generosidade para a humanidade, com certeza está no caminho certo...

Amar é um acto de justiça.

Sousa Farias.

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