quarta-feira, 4 de junho de 2008

FARO BARROS; UM HOMEM DO RIGOR


Ao amigo FAROBARROS

NA LEITURAS.


Gosto de lá ir às tardes.

Vou ler os jornais e dar uma olhadela pelos livros. É a minha grande paixão de agora, a literatura.

Escrevo e versejo,


FARO BARROS


Sentado estava eu à mesa no salão de chá ...
Lendo num jornal um tema quente e especial
E um cavalheiro mais para cá do que para lá
Abeira-se de mim e disse-me num tom cordial

O amigo desculpe mas tirei-lhe uma fotografia
Vou colocá-la na net... talvez o senhor mereça
Que eu o fotografe e recorde sempre este dia
No portal www.farobarros.pt não se esqueça

E o cavalheiro afastou-se sentando-se em frente
Olhei para ele e pareceu-me muito inteligente
E levantando-me pedi-lhe licença para me sentar

Amigo, excelentíssimo e mui querido senhor
È capaz de me ensinar a gostar do Porto por favor
Ficaria imensamente grato se me pudesse explicar


E foi um prazer conversar com esta ilustre personalidade. Assim gosto. E fiquei a
perceber que eu gosto do Porto. cidade.

Apesar de tudo, tenho uma grande interrogação a colocar a este professor universitário, um homem simples, sóbrio, que lê Karl Propper, um homem que teve a coragem de me esclarecer que é de esquerda, tire lá o senhor engenheiro, disse-me. Amanhã vou levar-lhe as Cartas Poéticas do Rosa e do Madeira, vamos declamar aquele o que é uma casa, o que é a minha casa?:.. vou-lhe perguntar coisas que eu preciso de saber.

Vou preparar-lhe Baptista Bastos, vamos discutir o sentido da vida do Paulo Vallada a poesia e as frase de Torga

Aí vai ma carta que escrevi ao Baptista – Bastos
Caro BB.

Viva.

Muito me honra com o seu convite para estar presente no seu próximo lançamento.

Penso estar presente, a não ser que alguma coisa complicada me surja. Mais próximo do evento, confirmar-lhe-ei.

- Tenho estado em contacto com o poeta algarvio Manuel Madeira, que reside em Olhão e é contemporâneo de Ramos Rosa, quer no plano do MUD Juvenil, que ambos fizeram parte em 46, a quem lhe tenho enviado umas coisas e tem gostado.

E agora, aí vai um pouco do seu “VIAGEM DE UM PAI E DE UM FILHO PELAS RUAS DA AMARGURA” texto retirado da página 30, que, para mim, é a sua criação máxima, entre muitas imagens de beleza e de humanismo que escreveu.

- Porque fugiu? -
- Não fugi. Acedi a vozes antigas, a apelos da minha infância. Viajei...
- Não. O pai nunca viajou A mãe dizia que o pai inventava tudo.
- A tua mãe dizia muita coisa só para me contrariar. Já não a podia suportar. Sempre a exigir, sempre autoritária e presente no menor dos meus actos, mesmo quando estava ausente. Desejei muitas coisas que ela não entendia. ...
Meu caro ARMANDO BAPTISTA BASTOS.
Como eu me revejo neste Pai.
Estou lá todo.
As divergências das conversas do PAI e da MÃE.
Os dois convencidos que têm razão e a dizer ambos coisas tão ao contrário.
Como é possível isto acontecer entre pessoas que dizem querer-se bem?
Acontece – me muito e venho aqui meditar nesta frase. O que mais aprecio nela é a calma com que o PAI fala, consigo ver isso, claramente, na maneira como o PAI se expressa.
Aquela, “O teu PAI inventava tudo... ” , nunca vi coisa tão verdadeira.
Acho que este naco de prosa deveria ser estudado pela sociologia, pela sexologia... eu sei lá. Em quatro ou cinco linhas está aí toda uma vida inteira.
São difíceis os comportamentos do Homem. Difíceis de acertar porque cada um de nós está convencido que a evidência das coisas nos assiste. E às vezes não temos razão nenhuma.
È por estas e outras que o admiro. O senhor põe-me a pensar. Por isso é um ecritor Um grande escritor.
Um grande abraço deste seu velho amigo.
João Brito Sousa
E agora Torga,

“O silêncio dos melhores é cúmplice do alarido dos piores”. TORGA

“Uma revolução acontece como acontece um poema”. TORGA,

“Sabemos que tanto no particular como no geral, raramente o alcançado corresponde ao desejado. É uma lei da vida. Torga”

Amanhã na Leitura, ó camarada FAROBARROS. Eu levarei o livro do ROSA E MADEIRA.

Abração
João Brito Sousa

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