quinta-feira, 26 de junho de 2008

PARA A KATY COSTELETA


PARA A KATY, A MINHA MANA COSTELETA

Somos quatro irmãos, eu do primeiro casamento da minha mãe e a Solange, o Joaquim e a Quitéria do segundo. Lembro-me desta coisa toda e até da madrinha da minha mãe do segundo casamento, que foi a irmã do Zé da Cova e mãe do Florival, a senhora Senhorinha da Cova que mora agora no Montenegro.

A Katy, a Solange e o Jack emigraram para a América há quarenta e tal anos. A Solange vem aí quase sempre, o Joaquim quase nunca e a Quitéria está aí agora. Foi ela que me contou a história que vou contara seguir.

Naquele tempo, anos 60, as pessoas do campo, compravam peixe aos arreeiros que passavam na estrada com as canastras de carapaus e sardinhas, atreladas à bicicletas, onde vinha o peixe que haviam comprado em Olhão.

Vinham com o búzio assobiando que era o seu sinal de presença. E as pessoas acorriam e faziam sinal de paragem aos vendedores. E diziam: - “espere aí... espere aí...”.que era o chamamento ao vendedor para que esperasse.. .

Nesse tempo, havia um arrieiro um bocado bravo, a que chamavam o MacDones e um dia, em que a venda tinha sido pouca, estava danado e, ao vê-lo passar, a minha irmã Quitéria que estava com uma amiga escondida por detrás de uma laranjeira, gritou para o Mac o “espere aí... espere aí:::” Mas era a brincar....

Mas o Mac é que não quis saber, parou, olhou para trás e não vendo ninguém assobiou com o búzio uma urrada dos diabos.

E a minha mana Quitéria e a amiga a rirem-se daquela cena.

Coisas de moços, de moças, neste caso.

Texto de
João Brito Sousa

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