quinta-feira, 14 de abril de 2011

OPINIÃO


OPINIÃO


CRÓNICA DE HELDER PACHECO


No JN de hoje o professor e escritor Hélder Pacheco, assina a crónica “Na Corte às Escuras” iniciando-a dizendo “Na cultura desportiva do Terreiro do Paço as vitórias portistas são celebradas às escuras e com rega”. O resto da crónica, são considerandos verídicos mas inoportunos e sem sentido nenhum, sem pés nem cabeça, digo isto para não usar a expressão mais adequada ao conteúdo da crónica e que gostaria de usar.


Mas adiante, porque já tenho aqui pano para mangas. Hélder Pacheco é um escritor com historial na cidade, muitas obras publicadas sobre ela e que eu até considero de boa qualidade, sobretudo quando fala dos pregões antigos, igreja dos Congregados, nas rosas nas sacadas, os fios de roupa a secar, óh trenguinha e coisas assim. Neste terreno, tem alguma qualidade e já adquiri alguns livros seus sobre o Porto, entre eles um que tem o prefácio do Dr. Miguel Veiga. Mas na crónica de hoje, HP ultrapassa-se como já se te ultrapasssado muitas vezes, porque entra no terreno pantanoso do futebol e quer ser o maior e nesse meio, ser humilde é muito pouco quanto mais ser o maior.


HP faz parte de um núcleo de escritores do Porto, como Álvaro Magalhães, Júlio Magalhães e talvez outros que assinam as suas crónicas no JN, como escritores, cuja escrita ofende, insinua, tornando-se insincera, o que contraria o princípio básico do que deve ser um escritor. O escritor, disse Vergílio Ferreira, é aquele que através da sua escrita torna os seus leitores melhores pessoas.


É o que competiria a HP fazer. E não faz. HP traz para as suas crónicas, ódio futebolístico, o que é lamentável. Para HP a vitória são dois golos marcados na baliza adversária contra um na própria. Paupérrima visão de quem eu particularmente exijo muito mais.. Sabe meu caro escritor, a vitória, seja em que campo for, tem de ter um rasgo de honradez. E nesse jogo que o senhor fala não houve nada disso, houve os golos apenas, mas respeito pelo adversário, que se consumou na recusa dos seus ídolos em acompanhar os miudos do clube adversário pela mão, não houve e era aqui que o senhor professor e escritor deveria incidir a sua crónica, tornando os seus leitores melhores pessoas.


Mas o senhor optou pela via da insinuação, como o tem feito doutras vezes. Não me revejo nesse comportamento Portanto não houve vitórias a celebrar. Ou o senhor acha que se celebra uma vitória com slb, slb, filhos da p… Meu caro escritor, o seu terreno é aqui, escrever no sentido de honrar a vitória e educar as pessoas. Eu sei que é difícil fazê-lo, porque as escutas foram ouvidas por toda a gente. E são esclarcedoras dessas vitórias que o senhor fala. Mas que não são vitórias.


São aquilo que o senhor está a pensar.


JBS

1 comentário: