sexta-feira, 3 de outubro de 2008

IMPRENSA DE HOJE / JN


METRO DIZ RESPEITO AO NORTE

Entrevista a Marques dos Santos, Reitor da Universidade do Porto

Como comenta o volte-face do Governo quanto à extensão da rede do Metro?
Não conheço em pormenor os estudos do metro. Porém, custa-se a admitir que seja o Poder Central a decidir sobre um problema local e que diz respeito à Região Norte. Quem está no Porto e no Norte sabe quais são as melhores soluções e sente o problema com outra acuidade. Na minha opinião, devia ser a Junta Metropolitana do Porto a decidir e espanta-me que sejam feitos estudos atrás de estudos e depois, dá a ideia que uns valem mais do que outros.
As críticas que refere levam-me a concluir que, caso a regionalização existisse, o metro podia andar mais depressa...
Não tenho dúvidas disso. As polémicas à volta do metro e outras que têm surgido no Porto são exemplos típicos de um Estado concentrado e sem um projecto de regionalização do país.
Alguns políticos dizem que o Norte está a ser discriminado: para o metro não há dinheiro, mas para o Sul, projecta-se novo aeroporto e mais pontes sobre o Tejo. Acompanha estas críticas?
Sim e repito o que já disse: com a
regionalização nada disso acontecia. Por vezes, fico com a ideia que somos uma país muito rico, mas não. Temos escassez de receitas e riqueza, mas tentamos imitar os países mais desenvolvidos, com níveis de riqueza elevados. Depois, demoramos também muito tempo a tomar decisões.
Mesmo sem conhecer muito bem as questões técnicas, qual prefere: a linha da Boavista ou Campo Alegre?
Do ponto de vista da Universidade, não tenho dúvidas que seria vantajoso a ligação dos pólos do Campo Alegre, Asprela e o centro da cidade.
Considera existir um braço-de-ferro entre Rui Rio e o Governo?
Dá a ideia que sim, o que é sempre a pior solução para solucionar o problema.

MEU COMENTÁRIO

O Dr. Marques dos Santos é uma pessoa que eu considerava, antes de voltar a alinhar na lamúria portuense, que são uns desgraçadinhos e os maus são esses gajos de LISBOA, como de certo modo insinuou o Engº Ludgero Marques, o patrão dos empresários do Norte.

A isto chamo eu “encanar a perna `a rã”, porque o tecido empresarial do Norte, o que queria, penso eu, era que fosse o Norte a comandar as tropas, o que não me agride minimamente, pois alguém terá de fazê-lo.
Mas se fosse essa a direccção da política nacional, será que estaria tudo bem? Será que o Norte seria justo? Não me parece, porquanto a empresa mais, mais rentável do Porto é o FCPorto, uma Instituição, injustamente campeã....
Portanto, estou em crer que, se a política saisse dos Gabinees do Porto, as injustiças seriam maiores.
O Dr. Marques dos Santos não deveria esquecer-se nunca, que é, em primeiro lugar Reitor da Universidade de Economia e depois, não devia esquecer-se que é professor. Ora, um professor ensina os outros... não vai na onda.

Estado concentrado Dr. MS? Quem são os culpados? Penso que essa responsabilidade é dos empresários do NORTE, que, à excepção de BELMIRO, estão todos lá por Lisboa.

Dr. MS, mais regionalização? Ou o senhor quer dizer mais tachos?

Dr MS, deixo-lhe uma pergunta. Com estas suas respostas, pensa que a região Norte ficou beneficiada? Se acha que sim eu entendo que o senhor disse apenas vulgaridades. Se acha que não, então porque deu a paupérrima entrevista ?

João Brito Sousa

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