AO ADOLFO PINTO CONTREIRAS
A TRABALHEIRA METAFÍSICA
Penso que essa trabalheira acontece a todos nós e que muito poucos escapam. Digam lá o que disserem. Por acaso, conheci um operário, que me pareceu não ter medo dessa coisa da morte. Bebia o seu copo porque sabia que ia morrer daí a três ou quatro dias. O filósofo Kant disse nessa hora: está tudo em ordem. O problema não é das malandrices que se fizeram mas sim do nosso destino.
Escrevi esse texto por ter lido que Sua Sanidade começava o dia orando uma prece especial e achei piada a isso e dei-lhe crédito. E até escrevi um texto para esse efeito, mas que ainda não funcionou.
Mas ao escrever o texto não quero dizer que me submeta a qualquer vontade suprema nem que me coloque no lado mais cómodo da vida, que é estar ao lado de Deus como vulgarmente é chamada a esta entidade que outros chamam Universo.
O problema metafísico resolve-se se nos convencermos que a vida precisa da morte, até porque viver eternamente não deveria ser uma coisa boa. O sol um dia apaga-se. A finitude é o destino de tudo A pergunta é: para onde vamos ?
Dignidade sim.
A TRABALHEIRA METAFÍSICA
Penso que essa trabalheira acontece a todos nós e que muito poucos escapam. Digam lá o que disserem. Por acaso, conheci um operário, que me pareceu não ter medo dessa coisa da morte. Bebia o seu copo porque sabia que ia morrer daí a três ou quatro dias. O filósofo Kant disse nessa hora: está tudo em ordem. O problema não é das malandrices que se fizeram mas sim do nosso destino.
Escrevi esse texto por ter lido que Sua Sanidade começava o dia orando uma prece especial e achei piada a isso e dei-lhe crédito. E até escrevi um texto para esse efeito, mas que ainda não funcionou.
Mas ao escrever o texto não quero dizer que me submeta a qualquer vontade suprema nem que me coloque no lado mais cómodo da vida, que é estar ao lado de Deus como vulgarmente é chamada a esta entidade que outros chamam Universo.
O problema metafísico resolve-se se nos convencermos que a vida precisa da morte, até porque viver eternamente não deveria ser uma coisa boa. O sol um dia apaga-se. A finitude é o destino de tudo A pergunta é: para onde vamos ?
Dignidade sim.
JBS
Caro João,
ResponderEliminarSe a finitude é o destino de tudo, logo é inevitável que iremos para esse lugar destinado.
Onde fica a finitude? Não sei.
Sei, com Lavoisier, que neste mundo tudo se transforma.
Um abraço
Adolfo
Caro Adolfo.
ResponderEliminarViva.
Finitude, onde fica?
Boa pergunta.
Voltarei ao assunto.
JBS
João,
ResponderEliminarPenso que o nosso amigo comum Diogo Sousa, lá nos states, deve estar a acompanhar esta nossa conversa. Gostava de o ver intervir com a sua arguta percepção prática das questões transcendentes.
Estou em crer que ele estará a pensar neste assunto connosco. Venha daí essa opinião.
Um abraço
Adolfo