quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O PORTO, MIGUEL ESTEVES CARDOSO, O REITOR DA UP E EU.


Este texto que foi retirado do blogue de uma pessoa amiga deveria ser discutido com isenção. Foi o que tentei fazê-lo, argumentando sim ou não.


A - E VIVA O NORTE,
Artigo de MIGUEL ESTEVES CARDOSO

Primeiro, as verdades.
1 - O Norte é mais Português que Portugal.
As minhotas são as raparigas mais bonitas do País.
O Minho é a nossa província mais estragada e continua a ser a mais bela.
As festas da Nossa Senhora da Agonia são as maiores e mais impressionantes que já se viram.
Viana do Castelo é uma cidade clara. Não esconde nada. Não há uma Viana secreta. Não há outra Viana do lado de lá. Em Viana do Castelo está tudo à vista. A luz mostra tudo o que há para ver. É uma cidade verde-branca.
Verde-rio e verde-mar, mas branca. Em Agosto até o verde mais escuro, que se vê nas árvores antigas do Monte de Santa Luzia, parece tornar-se branco ao olhar. Até o granito das casas.

Mais verdades.
2 - No Norte a comida é melhor.
O vinho é melhor.
O serviço é melhor.
Os preços são mais baixos.
Não é difícil entrar ao calhas numa taberna, comer muito bem e pagar uma ninharia.

Estas são as verdades do Norte de Portugal.
Mas há uma verdade maior.
3 - É que só o Norte existe. O Sul não existe.
As partes mais bonitas de Portugal, o Alentejo, os Açores, a Madeira, Lisboa, et caetera, existem sozinhas. O Sul é solto. Não se junta.
4- - Não se diz que se é do Sul como se diz que se é do Norte.
5 - No Norte dizem-se e orgulham-se de se dizer nortenhos. Quem é que se identifica como sulista?

No Norte, as pessoas falam mais no Norte do que todos os portugueses juntos falam de Portugal inteiro.
Os nortenhos não falam do Norte como se o Norte fosse um segundo país.
Não haja enganos.
6 - Não falam do Norte para separá-lo de Portugal.
Falam do Norte apenas para separá-lo do resto de Portugal.
Para um nortenho, há o Norte e há o Resto. É a soma de um e de outro que constitui Portugal.
Mas o Norte é onde Portugal começa.
Depois do Norte, Portugal limita-se a continuar, a correr por ali abaixo.
Deus nos livre, mas se se perdesse o resto do país e só ficasse o Norte, Portugal continuaria a existir. Como país inteiro. Pátria mesmo, por muito pequenina. No Norte.
Em contrapartida, sem o Norte, Portugal seria uma mera região da Europa.
Mais ou menos peninsular, ou insular.
8 - É esta a verdade.
Lisboa é bonita e estranha mas é apenas uma cidade. O Alentejo é especial mas ibérico, a Madeira é encantadora mas inglesa e os Açores são um caso à parte. Em qualquer caso, os lisboetas não falam nem no Centro nem no Sul - falam em Lisboa. Os alentejanos nem sequer falam do Algarve - falam do Alentejo. As ilhas falam em si mesmas e naquela entidade incompreensível a que chamam, qual hipermercado de mil misturadas, Continente.
No Norte, Portugal tira de si a sua ideia e ganha corpo. Está muito estragado, mas é um estragado português, semi-arrependido, como quem não quer a coisa.
O Norte cheira a dinheiro e a alecrim.
O asseio não é asséptico - cheira a cunhas, a conhecimentos e a arranjinho.
Tem esse defeito e essa verdade.

Em contrapartida, a conservação fantástica de (algum) Alentejo é impecável, porque os alentejanos são mais frios e conservadores (menos portugueses) nessas coisas.

O Norte é feminino.
O Minho é uma menina. Tem a doçura agreste, a timidez insolente da mulher portuguesa. Como um brinco doirado que luz numa orelha pequenina, o Norte dá nas vistas sem se dar por isso.
As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos verdes-impossíveis, daqueles em que os versos, desde o dia em que nascem, se põem a escrever-se sozinhos.

Têm o ar de quem pertence a si própria. Andam de mãos nas ancas. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Olho para as raparigas do meu país e acho-as bonitas e honradas, graciosas sem estarem para brincadeiras, bonitas sem serem belas, erguidas pelo nariz, seguras pelo queixo, aprumadas, mas sem vaidade. Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da aneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito.
Gosto das pequeninas, com o cabelo puxado atrás das orelhas, e das velhas, de carrapito perfeito, que têm os olhos endurecidos de quem passou a vida a cuidar dos outros. Gosto dos brincos, dos sapatos, das saias. Gosto das burguesas, vestidas à maneira, de braço enlaçado nos homens. Fazem-me todas medo, na maneira calada como conduzem as cerimónias e os maridos, mas gosto delas.

São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem. As mulheres do Norte deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer. Em Viana, durante as festas, são as senhoras em toda a parte.
Numa procissão, numa barraca de feira, numa taberna, são elas que decidem silenciosamente.
Trabalham três vezes mais que os homens e não lhes dão importância especial.

Só descomposturas, e mimos, e carinhos.

7 - O Norte é a nossa verdade.

Ao princípio irritava-me que todos os nortenhos tivessem tanto orgulho no Norte, porque me parecia que o orgulho era aleatório. Gostavam do Norte só porque eram do Norte. Assim também eu. Ansiava por encontrar um nortenho que preferisse Coimbra ou o Algarve, da maneira que eu, lisboeta, prefiro o Norte. Afinal, Portugal é um caso muito sério e compete a cada português escolher, de cabeça fria e coração quente, os seus pedaços e pormenores.
Depois percebi.
Os nortenhos, antes de nascer, já escolheram. Já nascem escolhidos.
Não escolhem a terra onde nascem, seja Ponte de Lima ou Amarante, e apesar de as defenderem acerrimamente, põem acima dessas terras a terra maior que é o "O Norte".

8 - Defendem o "Norte" em Portugal como os Portugueses haviam de defender Portugal no mundo. Este sacrifício colectivo, em que cada um adia a sua pertença particular - o nome da sua terrinha - para poder pertencer a uma terra maior, é comovente.

No Porto, dizem que as pessoas de Viana são melhores do que as do Porto. Em Viana, dizem que as festas de Viana não são tão autênticas como as de Ponte de Lima. Em Ponte de Lima dizem que a vila de Amarante ainda é mais bonita.
O Norte não tem nome próprio. Se o tem não o diz. Quem sabe se é mais Minho ou Trás-os- Montes, se é litoral ou interior, português ou galego? Parece vago. Mas não é. Basta olhar para aquelas caras e para aquelas casas, para as árvores, para os muros, ouvir aquelas vozes, sentir aquelas mãos em cima de nós, com a terra a tremer de tanto tambor e o céu em fogo, para adivinhar.

10 - O nome do Norte é Portugal. Portugal, como nome de terra, como nome de nós todos, é um nome do Norte. Não é só o nome do Porto. É a maneira que têm e dizer "Portugal" e "Portugueses". No Norte dizem-no a toda a hora, com a maior das naturalidades. Sem complexos e sem patrioteirismos. Como se fosse só um nome. Como "Norte". Como se fosse assim que chamassem uns pelos outros. Porque é que não é assim que nos chamamos todos?».


B - COMENTÁRIO/OPINIÃO

Este artigo de Miguel Esteves Cardoso, parece-me ser um artigo de favor, sobretudo quando fala do Grande Porto. Quando fala do NORTE EM GERAL não comento. Mas quando fala do Porto o artigo, parece-me, não é isento.

Os grandes problemas do Porto não estão aí comentados, a começar logo pelo comprimento do cabo da enxada, que o comprimento da altura de dois homens, mais o menos, o que me deixou estupefacto, pois concluí que no Porto não dobram a espinha; trabalham de pé. .

Vejamos alguns pontos assinalados::

1 – “ O Norte é mais Português que Portugal.”.
R: Concordo, porque o Norte é bairrista com todas as consequências negativas que daí advêm, porque alem d e bairristas são chauviinistas, sem razões absolutamente para isso.. Não são os melhores em nada ...
2 –“ No Norte a comida é melhor”.
R: Mais barata sim; melhor, não tenho a certeza ..
3 - É que só o Norte existe. O Sul não existe.”
R: Eu sou do Sul e não me sinto ofendido com o que diz MEC, que revela nesta afirmação uma boa dose de desconhecimento da realidade do Porto. Pelo menos é o que dizem vozes credíveis da cidade, como o Reitor da UP e recentemente Maria Elisa, candidata à Presidência da Câmara.
4 - Não se diz que se é do Sul como se diz que se é do Norte.
R: Bairrismo apenas; não é relevante e se calhar não totalmente verdadeira a premissa.
5 - No Norte dizem-se e orgulham-se de se dizer nortenhos. Quem é que se identifica como sulista?
R: Isso é orgulho de português, não é relevante. Os dos Sul identificam-se claramente como do sul, claro. Não concordo com o MEC
6 - Não falam do Norte para separá-lo de Portugal.
Falam do Norte apenas para separá-lo do resto de Portugal.
Para um nortenho, há o Norte e há o Resto. É a soma de um e de outro que constitui Portugal.
Mas o Norte é onde Portugal começa.
Depois do Norte, Portugal limita-se a continuar, a correr por ali abaixo.
Deus nos livre, mas se se perdesse o resto do país e só ficasse o Norte, Portugal continuaria a existir. Como país inteiro. Pátria mesmo, por muito pequenina. No Norte.
Em contrapartida, sem o Norte, Portugal seria uma mera região da Europa.
Mais ou menos peninsular, ou insular.
R : SUPOSIÇÕES. È um dizer por dizer.

7 - O Norte é a nossa verdade.
R: Objectivamente é outra coisa...

8 - Defendem o "Norte" em Portugal como os Portugueses haviam de defender Portugal no mundo. Este sacrifício colectivo, em que cada um adia a sua pertença particular - o nome da sua terrinha - para poder pertencer a uma terra maior, é comovente.
R: É preciso que haja razões válidas para defender seja o que for.. O Norte de Hoje não tem

C_ ENTREVISTA DO REITOR DA UP AO JN

ENTREVISTA JN AO REITOR DA UP,
Prof. Catedrático, JOSÈ MARQUES DOS SANTOS
Retirado do blogue
http://calacia.blogspot.com/ (clicar em cima)
Ver no blogue ainda a entrevista de Ludgero Marques e outros assuntos de muito interesse.

Jornal de Notícias
Tem assumido um discurso pró-região. Afinal, como chegou o Norte a este declínio? Como perdeu a sua força reivindicativa?
José Marques dos Santos
O que terá acontecido foi que o Norte não soube criar as condições para fixar emprego de grande qualidade nos vários sectores. Todo esse emprego foi para Lisboa, para outros locais ou para fora do país, o que significa que não conseguimos fixar pessoas de elevada qualidade, que contribuam para o progresso da região.
JN
É uma culpa partilhada pela região e pelo Estado?
JMS
Claro que sim, é de toda a gente. Os empresários e os artistas vão todos para Lisboa. Às vezes, interrogo-me se estão à espera de algum deus que venha criar as condições na região. Cada um de nós tem de se sacrificar um pouco para criar as condições necessárias. Se quem é capaz e pode contribuir abalar daqui para fora, isto nunca crescerá. E seria interessante que os que daqui saíram, a diáspora da região, regressassem.
JN
Talvez seja ingenuidade?
JMS
Se é, então desistimos, ficamos com um país macrocéfalo que tem apenas um grande centro em Lisboa e deixamos de nos queixar.
JN
A atitude deve mudar?

JMS
Temos de ser nós próprios a resolver os problemas e não apontar os outros como causas. Temos de deixar este discurso de lamúria e ser mais positivos
JN
Os políticos também saem e esquecem a região?
JMS
Se calhar, também. Políticos, banqueiros, industriais e artistas... Todos desaparecem.Não é preciso criar condições para que regressem?Eles próprios também têm de regressar para criar condições. Se os mais capazes não contribuem, quem as criará? O poder central? O poder local delapidado dos seus melhores valores? Assim é difícil.
JN
Tem insistido numa maior cooperação a todos os níveis.
JMS
Claro, é fundamental. Falemos de coopetição, o novo calão que associa competição e cooperação. As empresas e as instituições têm de saber competir e também cooperar naquilo onde apenas juntas conseguem criar massa crítica e valor acrescentado.
JN
Por que é tão difícil essa cooperação?
JMS
Não sei. É intrínseco. Será por sermos demasiado individualistas ou divididos. Na freguesia onde moro, há três ou quatro clubes e cada um nasceu por cisão. Não há infra-estruturas desportivas na freguesia porque ninguém se entende. Cada um prefere ser o dono de uma coisa pequenina do que partilhar a capacidade de poder e liderança para algo melhor.Cada um prefere mandar na quintinha em vez de se juntar em torno de uma quinta maior, como diz.
JN
Não há capacidade para aceitar com humildade uma liderança?
JMS
Obviamente. Não consigo perceber uma instituição ou uma região que vá para a frente sem uma liderança.
JN
Por que falta liderança à região? É dividir para reinar?
JMS
Falta talvez uma estrutura política, uma região, algo que nos junte, que tenha poder interventivo e legitimidade para se impor. Se se construir uma equipa com cinco ou seis pessoas e não se nomear um líder, ela rapidamente se desmorona porque o primeiro que avançar é acusado pelos outros de querer protagonismo. Por isso ninguém faz nada, tem tudo receio de avançar.
JN
Deve ter um líder ou mais?
JMS
Não acredito em lideranças duplas e triplas. Isso não conduz a bons resultados. E deve haver continuidade. O que acontece, quase sempre, é que quem está à frente dos órgãos está por tempos limitados. Quando as coisas estão a chegar a um ponto razoável, vão embora e volta tudo a zero.Usando uma sua expressão, quando não há um maestro, cada um acaba por tocar para o seu lado?E há muitos que tocam bem, mas não conseguem fazer tocar uma orquestra.
JN
Quem poderia ser o maestro da região?
JMS
Tem de ser alguém com intervenção política forte. Um político. Alguém que esteja num órgão que seja depois reconhecido e aceite por todos. E que, pela sua capacidade, se imponha aos outros. Se for um medíocre não se impõe.
JN
Há quem atribua esse papel à CCDRN, mas falta-lhe legitimidade democrática.Pois, dizem que não tem legitimidade e não é eleita.
JMS
Se calhar sou ingénuo politicamente, mas faz-me confusão, tendo nós uma certa organização administrativa, não ser possível ter uma capacidade de intervenção adequada e impor-se essa liderança. Isso dirá um pouco mal da democracia. Então estamos aqui todos não para construir algo mas cada um está no seu lugar para defender a sua dama. Cada líder local, numa universidade ou numa câmara, deve ter uma visão superior. Temos que pensar se estamos a contribuir para o progresso geral. Cada um tem que pensar para além de si próprio e, quer se queira quer não, tudo que é eleito preocupa-se consigo próprio na perspectiva de outra eleição.
JN
Enquanto não há regionalização, a Junta Metropolitana do Porto pode fazer, parcialmente, esse papel?
JMS
Se calhar podia e devia. E penso que tem vindo a fazê-lo.O que retira da polémica negociação em torno do metro?Cada um defende só os seus interesses e preocupa-se pouco com interesses cruzados. O líder daquela estrutura devia ser alguém acima de cada entidade.
JN
Concorda, então, com o regime proposto pelo Governo para as áreas metropolitanas, com um executivo sem presidentes de câmara?
JMS
Isso vem de encontro ao que estou a afirmar. Porque se for um dos presidentes de Câmara, é logo acusado de defender os seus interesses. É a tal independência que deve existir. Este país construíu-se muito à base da cunha, do pedido, com cada um a procurar resolver o seu problema, e sem saber se ao fazer esse pedido está a prejudicar um todo mais alargado.
Se houvesse uma junta regional, ou algo do género, teria de ser alguém acima das câmaras.
JN
Mostrou-se favorável à regionalização mas questionou a capacidade dos nortenhos de se entenderem para fazer tal reforma.Esta é a minha visão.
JMS
A questão é mesmo de falta de liderança?Penso que sim, por mais que me digam o contrário. A Madeira e o Algarve têm líderes, quer se goste ou não deles. E Lisboa tem o próprio Governo. O Norte e o Centro não têm e veja como estão.
JN
Falta capacidade de juntar as pessoas em torno de um projecto.Não basta estar de mão estendida, é isso?
JMS
A liderança serve para definir estratégias que envolvam todos os agentes e pô-las em acção.
JMS
Quando o dinheiro vem para a região, esta já poderia dizer "quero para isto e para aquilo". E não ter que estar a submeter projecto a projecto. Falamos já de uma estratégia da própria região.Tal estratégia regional não tem que partir do Governo?Penso que não é necessário. Se sabemos o que queremos e nos conseguimos entender, ninguém tem de decidir por nós. Claro que a estratégia da região tem de estar sempre em consonância com a do país.Regiões sem referendo
JN
Enquanto adepto da regionalização, defende um novo referendo?
JMS
Por natureza, sou contrário ao recurso à figura do referendo por tudo e por nada. Temos uma democracia participativa. Elegemos deputados para nos representarem e eles devem estar muito melhor informados. É verdade que, muitas vezes, estão sujeitos a disciplinas partidárias que influenciam as decisões. Tem que haver coragem dos partidos de se entenderem e encontrar uma solução constitucional.
JN
Seria difícil, até pela resistência do líder do PSD?
JMS
Sim, mas houve tantas mudanças desde o último referendo. O presidente da Câmara do Porto, que não era regionalista, hoje defende a regionalização. Já tem a experiência que lhe permita ver as dificuldades
recolha de
João Brito Sousa

1 comentário:

  1. O Miguel Esteves Cardoso no seu estilo peculiar,umas vezes comico,outras satirico e corrosivo,tocou um tema que nao e' novo.Eu diria que tem fundamentos sem dizer que um portugues do minho e' mais portugues que um algarvio ou um alentejano,nada disso.
    Recuando 30 e picos anos recordo um desabafo documentado do entao general Spinola que disse claro e bom som que Portugal se encontrava a 'norte do Tejo'.
    Referia-se o velho general que so' poderia contar politicamente com as gentes do norte onde o partido comunista nao se havia implantado como no alentejo e algarve.
    O Norte e' mais bairrista,mais homogeneo,mais solido.Se duvidas houvera,leiam-se os blogs originarios do norte....Talvez por mais populado,o norte aparece mais unido.
    Uma opiniao e nao mais do que isso.
    DIOGO

    uma opiniao e nao mais do que isso

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