DEPOIS DA CRISE A AMÉRICA SAIRÁ MAIS FORTE
retirado da VISÃO
«A nossa economia está enfraquecida e a nossa confiança abalada. Vivemos tempos difíceis e incertos. Mas esta noite quero que todos os norte-americanos saibam isto: Vamos reconstruir, vamos restabelecer-nos, e os Estados Unidos da América sairão mais fortes do que antes», disse Obama, tentando dar confiança ao motor da economia norte-americana.
No seu discurso solenemente dirigido às duas câmaras reunidas do Parlamento, e aos norte-americanos, Barack Obama destacou a necessidade «de sacrifícios» para reduzir para metade, até ao fim do seu mandato em 2013, um défice federal que poderá exceder o número faraónico de 1.500 mil milhões de dólares este ano.
Mas também utilizou esta tribuna excepcional e este discurso, que equivale para todos os novos presidentes à alocução anual sobre o estado da União, para manifestar a uma hora de grande audiência a sua vontade de efectuar este ano uma grande reforma da cobertura social.
Obama prometeu fazer com que a América volte a ter até 2020 a mais forte taxa de universitários diplomados em todo o Mundo e aumentar os impostos sobre os ricos.
Eleito sobre a promessa da mudança, Obama prometeu investir nas novas tecnologias e nas energias renováveis para construir uma nova economia.
O chefe de Estado norte-americano pressionou igualmente o Congresso a apresentar novos regulamentos para o sistema financeiro e uma lei que imponha quotas de emissões dos gases com efeito de estufa.
Mas o Estado deve apurar o seu crédito a descoberto, disse Obama.
O seu primeiro orçamento, que será apresentado quinta-feira para o ano de 2010, eliminará os contratos sem concurso, que custaram muito dinheiro no Iraque, e reformará o orçamento da Defesa.
Tudo «de modo a que não se tenham de pagar sistemas de armas que datam da Guerra-fria e dos quais não nos servimos», assinalou o presidente.
Este orçamento, reflexo «da realidade crua» da crise que herdou, cortará nos programas inúteis ou inoperantes e o seu governo já identificou 2.000 mil milhões de dólares de poupanças possíveis em 10 anos, declarou.
Obama voltou a elaborar um quadro «honesto» da crise, segundo a sua administração: «O impacto desta recessão é real e está por toda a parte».
A reacção imediata dos mercados às medidas de urgência às quais Obama se consagrou durante o seu primeiro mês de governação foi desfavorável.
Obama disse aos norte-americanos que não têm que temer pelos seus depósitos bancários e que o seu «sistema financeiro continua a operar».
Apesar do medo dos accionistas de uma nacionalização dos grandes bancos, Obama disse que vai velar para que tenham bastante dinheiro para emprestar e favorecer o consumo.
Os norte-americanos pensam geralmente que serão necessários anos para sair do marasmo mais profundo desde os anos 30.
No entanto, os norte-americanos parecem dispostos a dar tempo a Obama, que assumiu funções no país em plena crise económica e financeira.
Segundo uma sondagem para o Washington Post e a ABC, 68 por cento dos norte-americanos aprovam a sua acção.
A política externa foi relegada para segundo plano, mas Obama congratulou-se com o facto dos Estados Unidos terem aberto «uma nova era de diálogo» com «A nossa economia está enfraquecida e a nossa confiança abalada. Vivemos tempos difíceis e incertos. Mas esta noite quero que todos os norte-americanos saibam isto: Vamos reconstruir, vamos restabelecer-nos, e os Estados Unidos da América sairão mais fortes do que antes», disse Obama, tentando dar confiança ao motor da economia norte-americana.
recolha de
João Brito Sousa
Tive o previlegio de ver ao vivo o discurso de Obama.Um orador como nao conheci e creio nao ter existido na nossa geracao. Obscureceu Kenedy ou Regan,considerados ate' aqui imbativeis no uso da palavra e das ideias....Depois da poeira ter amainado,durante todo o dia nao se falou noutra coisa nos 'talk shows',comecam as interrogacoes.
ResponderEliminar'E AGORA?'De onde vem o dinheiro?.
Vamos esperar para ver!
Diogo