OPINIÃO
"Despejar milhões numa economia endividada é como tratar a cirrose de um alcoólico com mais uma garrafa de vinho e outra de uísque".
Paulo Baldaia, "Jornal de Notícias", 07-02-2009
PAULO BALDAIA, é o actual chefe de redacção do 'Jornal de Notícias' e antigo editor de Economia e Política do Diário Económico e é um homem com experiência enquanto eu nem economista sou
Todavia, atrevo-me aqui a rabiscar umas notas, com o que aprendi no curso nocturno de Contabilista, no ICL, na Rua das Chagas, anos 80, onde o Dr. Fernando Mendes me deu dez valores na oral.
Portanto não esperem muito da análise. Vamos ver se ainda valho dez valores, ou se mais ou se menos...
Ora vamos lá:
Considerando que a nossa economia está endividada, como aliás a de muitos países europeus e doutros continentes, é natural que, se não forem geradas receitas, terá de ser dado algum apoio financeiro a fundo perdido às empresas, o que não é coisa do outro mundo, uma vez que muitos o fazem.
Recordo que George Bush, o Presidente Americano que agora cessou as suas funções, solicitou autorização para que o Tesouro americano fizesse chegar às famílias o valor de 1 000, 00 USA para a aquisição de bens de necessidade útil, para que as empresas voltassem a movimentar os stocks, sendo aquela verba exclusivamente para isso
Hoje, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, disse que o governo americano gastará "centenas de bilhões de dólares" para responder à crise financeira. Paulson disse que o governo aumentará a intervenção no mercado imobiliário, que considera a raiz dos problemas financeiros dos Estados Unidos, além de outras medidas
Mas para que isto dê certo, haverá que haver um programa com objectivos a cumprir e terá de haver simultaneamente outros comportamentos a por em pratica. Sinceramente não me agride por aí além “o despejar dos milhões”. Agride-me sim se esse despejo for feito sem rei nem roque, ou seja à portuguesa.
Os americanos tomaram medidas e proibiram as vendas a descoberto, como foi o comportamento da SEC (Securities and Exchange Commission, o órgão regulador dos mercados nos Estados Unidos) também tomou iniciativa contra a crise e proibiu temporariamente as vendas a descoberto sobre os valores financeiros.
O que é ingrato é os economistas não utilizarem mecanismos suficientemente eficazes para detectar o buraco atempadamente. É lamentável que o Dr. Basílio Horta venha dizer, simplesmente, que não se pode fazer mais nada, perante a crise internacional que aí está instalada. Porquê?
O que era interessante era saber quais as medidas preventivas que tomou. E se não as tomou, porque foi? Se não forem tomadas medidas Baldaia tem razão.
O que era interessante era saber quais as medidas preventivas que tomou. E se não as tomou, porque foi? Se não forem tomadas medidas Baldaia tem razão.
(parte do texto é retirado da Folha de S. Paulo)
JBS
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