domingo, 16 de novembro de 2008

IMPRENSA/JN


EDUCAÇÃO, JARDIM E PSD
por LEITE PEREIRA

No Ensino, continuam os problemas. Além da contestação dos professores, agora temos os tomates e os ovos que os alunos vão lançando. Ninguém de bom senso apoiará um protesto assim. Mas há todo um clima que favorece acções deste tipo. O que o Governo tem de fazer é criar canais de comunicação que conduzam, com a rapidez possível, à resolução dos problemas.

O Governo não pode nem deve recuar na questão da avaliação dos professores, mas pode encontrar formas de atenuar os efeitos nefastos que vão sendo apontados. O problema não pode é ser gerido na rua ou diante das câmaras de televisão. Sócrates saberá se deve, ou não, perante tantos protestos,

salvar uma ministra que até merece ser salva, porque tem a coragem de enfrentar os problemas.

Mas do que não pode ter dúvidas é de que só resolverá este assunto quando o tomar em mãos e o retirar dos holofotes a que está exposto.

2 - Na Madeira, pelo contrário, reina a felicidade. Para que os professores não protestem e as aulas não sejam perturbadas, Alberto João dá "bom" a todos os professores. O ridículo, pelos vistos, não mata mas, do que vem da Madeira devemos rir pouco. Nem tudo é teatralidade. A decisão da maioria parlamentar local de suspender o mandato ao deputado que fez a triste figura de desfraldar uma bandeira nazi na Assembleia nasce na mesma fonte onde Jardim julga estar a legitimação do seu poder. Do ponto de vista político, uma coisa e outra poderiam ter reflexos no continente se o próprio Alberto João Jardim fosse tido em alguma conta. Quero dizer: não vale a pena perguntar a Ferreira Leite se concorda com a avaliação madeirense ou se subscreveria a moção banindo um deputado. Os erros e a inteligência da líder do PSD não chegam tão longe nem descem tão baixo.

3 - Mas Manuela Ferreira Leite continua a errar mais do que seria de esperar para quem já desempenhou os cargos que ela desempenhou. Desde dizer que os polícias andam a fazer figura de palhaço porque o polícia prende e o tribunal solta; passando por considerar que o partido não passa a sua mensagem por causa da Comunicação Social, pelo que "não pode ser só a Comunicação Social a seleccionar o que se diz"; até criticar uma televisão por passar uma notícia do partido como 14.ª do alinhamento noticioso, mesmo no momento em que começava o Sporting-Benfica. São frases de um total desnorte, que se duvida até virem de onde vêm. E enquanto estes erros se acumulam e ajudam a construir uma caricatura pouco favorável, não se ouvem propostas em nenhum dos sectores críticos da vida portuguesa. Chegará o tempo, dirá a direcção do PSD. Chegará, com certeza. O pior é se já ninguém ouvir, o pior é se se tiver cimentado a convicção do vazio.


MEU COMENTÁRIO

Avaliação sim, mas objectiva que não esta que o Ministério pretende. Em linhas gerais não estou de acordo com o articulista


JBS

1 comentário:

  1. Temos um país e um Governo a viver do "faz de conta".! Isto agrada a muita gente !
    Para esquecer outros problemas mais graves que
    a Nação precisa de resolver, como a Economia, a Saúde, a Justiça,as Obras Públicas , a Segurança dos Cidadãos e a própria Educação, faz-se uma guerra com a avaliação dos Professores, que é necessária, claro,mas não
    oportuna, pois ela devia ser feita quando do
    recrutamento e admissão dos docentes, por Mestres qualificados e sabedores do seu Ofício!
    Mas será que só esta laboriosa classe trabalhadora precisa de ser "avaliada" ?
    Os Funcionários públicos nos diversos sectores
    da vida nacional, nas Finanças , na Saúde, nos Hospitais e Centros de Saúde , onde uma grande
    parte foi metida por "cunhas" e compadrio, não
    deveria ser também avaliada?

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