terça-feira, 31 de julho de 2007

A CIÊNCIA POLÍTICA E OS POLÍTICOS.

(Assembleia da Republica)
O que é um político? É um tipo que faz trinta por uma linha para alcançar um lugar de poder e depois faz trinta por uma linha para o conservar. É um tipo que, sabendo cem por cento de uma verdade ou de uma mentira, usa apenas a fracção que mais convém à sua estratégia. Não há nenhuma diferença entre o comportamento político (...). Defendem todos as suas percentagens da verdade e da mentira.

Fernando Marques do
Jornal de Notícias


O MEU COMENTÁRIO.

Tenho dificuldades em rever-me naquela definição de político do jornalista Fernando Marques do Jornal de Notícias, mas talvez seja verdade..

E digo isto, porque um político deveria ser um indivíduo que se devesse sentir preparado para o desempenho dessa tarefa nobre, que foi incumbido, e que é o de zelar pelos direitos dos cidadãos que representa ou que o elegeram

Ando há tantos anos para ler “A QUEDA DE UM ANJO” de Camilo Castelo Branco onde a desilusão do político Calisto Eloy é por demais evidente... assim como os homens da Primeira Republica que igualmente se desiludiram com os resultados obtidos.

A questão do mau serviço prestado pelos políticos é também evidente na Revolução Francesa,. A França, precisava à cabeça da Monarquia de um Rei; havia apenas Luís XVI. A Revolução fez-se e os resultados forma os piores.

O meu amigo Firmino Cabrita Longo, com quem falo destas coisas também não considera o raciocínio do jornalista Fernando Marques como correcto.

Será que não é?

João Brito Sousa

2 comentários:

  1. A definição apresentada de político está correctíssima!

    Não há que hesitar em aceitá-la na sua plenitude. A sede de poder é algo a que o HOMEM não consegue fugir. É doença inata e incurável. E, como o poder corroi, não há norma de conduta que lhe valha! Daí que, para se manter no poder, o HOMEM, faz de tudo, para se manter agarrado ao poder. Corrompe e deixa-se corromper. Deturpa verdades e omite evidências. E, quando a evidência é tão evidente que não há forma de a omitir, o político tem a arte demagógica de relatá-la minimizando os efeitos que lhe são adversos. Com um cinismo que faria inveja a Diógenes de Sinope, o político dá a volta à evidência e consegue ver cinzento onde o negro da evidência não deixa dúvidas de o ser.

    Não conheço o sr. Fernando Marques. Mas tenho que lhe dar os parabéns pela perfeita definição de político.
    Só um idealista puro não concordará com ela. Mas como idealista puro é uma esp~ecie em extinção...

    arnaldo silva
    felizmente reformado

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  2. PORTO, 2007.08.01

    CARO AMIGO,

    No meu texto, tentei negar um pouco essa evidência expressa pelo Fernando Marques, mas não consegui. Gostava efectivamente que um político fosse diferente, para melhor, claro. Mas na verdade parece não ser.

    Um abraço para o felizmente reformado do

    João Brito Sousa

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