sexta-feira, 13 de julho de 2007

OS MONTANHEIROS VENCERAM

Ao Mestre Olívio, grande pedagogo e amigo de todos os alunos montanheiros da INDÚSTRIA..

A Escola Comercial e Industrial de Faro é, para mim, um local de grande saudade. Lembro-me muitas vezes dos bons momentos que por lá passei e dos maus também, que foi quando chumbei no terceiro ano e quando apanhei uns dias de suspensão por estar a jogar à tabuinha, com a malta, nos corredores. O contínuo tirou-nos os números e lá vieram três dias suspensos e mais umas porradas em casa. Tudo OK, no problem...serei sempre um costeleta fiel.

Dos montanheiros que frequentaram a Escola do meu tempo, quero destacar aqui
o Zé Pinto Faria, montanheiro de Santa Bárbara de Nexe, que além de ter sido um excelente aluno, licenciando-se em engenharia, foi também um extraordinário desportista. No ano em que cheguei à Escola, estava ele de saída, mas ainda o vi jogar naquela equipa de futebol maravilha, orientada superiormente por esse Mestre dos Mestres que foi o Professor Américo.

Esse aspecto de grande educador e Mestre dos Mestres que foi o Professor Américo, deixo ao cuidado do António Barão, ele que conte o que lhe sucedeu na Alameda uma vez, quando num jogo de voleibol mandou umas bocas ao árbitro Eu direi apenas, que são educadores da estirpe do Professor Américo e do Mestre Olívio, que fazem as grandes instituições de ensino. E a nossa Escola, perdoem-me a imodéstia, foi uma grande e prestigiada Instituição de ensino, que teve dos seus alunos um bom desempenho.

A jogar futebol a central o Zé Pinto Farias, que tinha como quarto de defesa o Julião do Patacão, não dava hipóteses. Era um jogador cerebral que fazia da colocação em campo o seu ponto forte. O Zé era frio e inteligente e com ele não havia pontapé para a frente. A bola era cariciada e lançada jogável, desenvolvendo-se logo ali uma jogada de ataque.

Atleta dotado de uma compleição física notável, tal como o senhor seu PAI que na aldeia natal era famoso nos despiques de abarcas entre os rapazes da sua idade, dispondo de um extraordinário jogo de pernas, o filho Zé, por essa via, veio a sagrar-se CAMPEÃO NACIONAL DE JUDO.

Penso que os êxitos do Zé Pinto Faria, são êxitos da sua família e da Escola Comercial e Industrial de Faro, que em conjunto, o educaram. Nesse tempo era assim; a Escola e a Família completavam-se. Parece que já não é mais...

Foi um montanheiro que venceu... e por isso, aí vai um alabi... alabá... bum.. bá.... Escola.... Escola ... Escola.

Ser costeleta é um estado de espírito.... não é assim professor Américo?

João Brito Sousa

OBS: Peço autorização ao Zé Pinto Faria para a publicação deste texto.

Sem comentários:

Enviar um comentário