ÁLVARO MAGALHÃES
Álvaro Magalhães nasceu no Porto, em 1951.Começou por publicar poesia no início dos anos 80 e, em 1982, publicou o seu primeiro livro para crianças, intitulado História com muitas Letras. Desde então construiu uma obra singular e diversificada, que conta actualmente com mais de três dezenas de títulos e integra contos, poesia, narrativas juvenis e textos dramáticos.As suas obras para a infância, onde reina a força do imaginário e da palavra, são o produto de uma sensibilidade espiritualizada que reivindica a totalidade mágica da existência e apelam permanentemente à imaginação e ao sonho, não como formas de escapismo mas como factores poderosos de modelação do ser.
Álvaro Magalhães nasceu no Porto, em 1951.Começou por publicar poesia no início dos anos 80 e, em 1982, publicou o seu primeiro livro para crianças, intitulado História com muitas Letras. Desde então construiu uma obra singular e diversificada, que conta actualmente com mais de três dezenas de títulos e integra contos, poesia, narrativas juvenis e textos dramáticos.As suas obras para a infância, onde reina a força do imaginário e da palavra, são o produto de uma sensibilidade espiritualizada que reivindica a totalidade mágica da existência e apelam permanentemente à imaginação e ao sonho, não como formas de escapismo mas como factores poderosos de modelação do ser.
Mais recentemente, acrescentou à sua obra a série Triângulo Jota de narrativas de mistério e indagação, sendo considerado “o primeiro a conseguir reformular e enriquecer, com sucesso, os modelos conhecidos”.Actualmente com 16 títulos, a Triângulo Jota cativou já perto de um milhão de leitores. Embora a acção dessas histórias seja por vezes vertiginosa, constitui-se como palco para o teatro dos sentimentos.
As personagens, expurgadas de infantilidades e artificialismo, são construídas a partir do espaço e do tempo da sua consciência e não pela sua esfera de acção, o que as torna reconhecíveis. A perfeição estrutural dos enredos, um uso peculiar do fantástico e uma “visualidade” quase cinematográfica são algumas das qualidades dessas e de outras obras narrativas do autor.Considerado um dos mais importantes escritores da sua geração, pela originalidade e singular irreverência da sua obra, Álvaro Magalhães foi várias vezes premiado pela Associação Portuguesa de Escritores e pelo Ministério da Cultura, logo desde o início da sua carreira literária.
Recentemente, integrou a delegação portuguesa ao Salão do Livro de Genebra de 2001, em que Portugal foi convidado de Honra. Neste mesmo ano, o título Hipopóptimos – Uma História de Amor foi seleccionado para integrar o Projecto BARFIE (Books and Reading For Intercultural Education), que visa a construção de uma biblioteca europeia composta por obras de reconhecida importância para a promoção da educação intercultural.Os PrémiosCinco dos seus livros para crianças (História com Muitas Letras, O Menino Chamado Menino, Isto é que foi Ser!, Histórias Pequenas de Bichos Pequenos e O Homem que não Queria Sonhar e outras Histórias) foram premiados pela Associação Portuguesa de Escritores e Ministério da Cultura, em cinco anos consecutivos, entre 1981 e 1985.
Menção Honrosa no Prémio Nacional de Ilustração 2000 para o livro O Limpa-Palavras e outros Poemas (ilustrado por Danuta Wojciechowska).Nomeado para a Lista de Honra do IBBY (International Board on Books For Young People) em 2002, com O Limpa-Palavras e outros Poemas.Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens 2002 (modalidade de texto literário) para o livro Hipopóptimos – Uma História de Amor.BIBLIOGRAFIA1.
Literatura infantil e juvenilBiblioteca Álvaro Magalhães:Nº 1: O menino chamado Menino. Porto: Edições Asa, 1983; 6ª ed. 2001Nº 2: O Reino Perdido. [Poesia] Porto: Edições Asa, 1986; 3ª ed. 2000Nº 3: Os três presentes. Porto: Edições Asa, 1987; 4ª ed. 2002Nº 4: Maldita matemática! Porto: Areal Editores, 1989; 2ª ed. Porto: Edições Asa, 2000; 3ª ed. 2001Nº 5: O limpa-palavras e outros poemas. [Poesia] Porto: Edições Asa, 2000; 2ª ed. 2001Nº 6: O circo das palavras voadoras. [edição revista e actualizada de História com muitas letras (Lisboa: Horizonte, 1982) e A flauta Ternura (Lisboa: Horizonte, 1983)] Porto: Edições Asa, 2001Nº 7: Histórias pequenas de bichos pequenos. Porto: Edições Asa, 1985; 6ª ed. 2001Nº 8: O homem que não queria sonhar e outras histórias. Porto: Edições Asa, 1987; 4ª ed. 2001Nº 9: Isto é que foi ser! Porto: Afrontamento, 1984; 3ª ed. Porto: Edições Asa, 2001Nº 10: Hipopóptimos – Uma história de amor. Porto: Edições Asa, 2001Contos tradicionais: O rapaz que voou três vezes. Porto: Edições Asa, 1989A menina curiosa (adapt.). Porto: Edições Asa, 1989A princesa cobra (adapt.). Porto: Edições Asa, 1990O rapaz de pedra (adapt.). Porto: Edições Asa, 1991Série de narrativas juvenis «Triângulo Jota»: Nº 1: O Olhar do Dragão. Porto: Edições Asa, 1989; 14ª ed. 2001Nº 2: Sete dias e sete noites. Porto: Edições Asa, 1989; 14ª ed. 2002Nº 3: Corre, Michael! Corre! Porto: Edições Asa, 1990; 12ª ed. 2001Nº 4: A rapariga dos anúncios. Porto: Edições Asa, 1990; 13ª ed. 2002Nº 5:
Ao serviço de Sua Majestade. Porto: Edições Asa, 1991; 12ª ed. 2002Nº 6: O vampiro do dente de ouro. Porto: Edições Asa, 1991; 11ª ed. 2002Nº 7: O beijo da serpente. Porto: Edições Asa, 1992; 9ª ed. 2001Nº 8: Guardado no coração – 1ª Parte. Porto: Edições Asa, 1992; 10ª ed. 2001Nº 9: Guardado no coração – 2ª Parte. Porto: Edições Asa, 1993; 9ª ed. 2001Nº 10: A rosa do Egipto. Porto: Edições Asa, 1993; 8ª ed. 2002Nº 11: O assassino leitor. Porto: Edições Asa, 1993; 6ª ed. 2002Nº 12: Pelos teus lindos olhos. Porto: Edições Asa, 1996; 6ª ed. 2001Nº 13: O rei lagarto. Porto: Edições Asa, 1997; 4ª ed. 2001Nº 14: A bela horrível. Porto: Edições Asa, 1998; 4ª ed. 2002Nº 15: O senhor dos pássaros. Porto: Edições Asa, 1999; 4ª ed. 2002Nº 16: A história de uma alma. Porto: Edições Asa, 2000; 2ª ed. 2001Nº 17: As Três Pedras do Diabo. Porto: Edições Asa, 2002; 1ª ed. 2002Nº 18: As Três Pedras do Diabo. Porto: Edições Asa, 2003; 1ª ed. 2003Títulos dispersos:O jardim de onde nunca se regressa.
[Teatro] Porto: Ed. Litoral, 1987A Ilha do Chifre de Ouro. Lisboa: D. Quixote, 1998Enquanto a cidade dorme. [Teatro] Porto: Campo das Letras, 2000Em antologias:As lágrimas do céu. In «De que são feitos os sonhos». Porto: Areal Editores, 1985A cidade dos gnomos. In «Histórias e canções em 4 estações». Porto: Edições Asa, 1987Conto estrelas em ti – 17 poetas para a infância. Porto: Campo das Letras, 2000A casa do silêncio [antologia poética]. Porto: Afrontamento, 20002. PoesiaEntre uma morte e outra. Porto: Ed. Autor, 1975Concerto para cravo. Coimbra: Centelha, 1981Boca única. Porto: Ed. Inova, 1982Música exausta. Porto: Gota de Água, 1982O Bosque sagrado – A poesia no cinema [org. em colab. com António Ferreira e Jorge Sousa Braga]. Porto: Gota de Água, 19883. CrónicaJogo perigoso – 50 crónicas do futebol. Porto: Campo das Letras, 20014.
Traduções O home que non queria sonhar. Trad. Miguel Vázques Freire. Vigo: Edicions Xerais de Galícia, 1995 Histórias pequenas de bichos pequenos. Trad. Miguel Vázques Freire. Vigo: Edicions Xerais de Galícia, 1995O Rei Lagarto. Trad. Anxo Angueira. Vigo: Edicions Xerais de Galícia, col. Fora de Xogo, 1998 5. Prémios:Cinco dos seus livros para crianças (História com muitas letras, O menino chamado Menino, Isto é que foi ser!, Histórias pequenas de bichos pequenos e O homem que não queria sonhar e outras histórias) foram premiados pela Associação Portuguesa de Escritores e Ministério da Cultura, em cinco anos consecutivos, entre 1981 e 1985.Menção Honrosa no Prémio Nacional de Ilustração 2000 para o livro O Limpa-Palavras e outros poemas (ilustrado por Danuta Wojciechowska).Nomeado para a Lista de Honra do IBBY (International Board on Books For Young People) em 2002, com O Limpa-Palavras e outros poemas.Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens 2002 (modalidade de texto literário) para o livro Hipopóptimos – Uma História de Amor.
SOBRE A OBRADesde Uma história com muitas letras que Álvaro Magalhães se tem revelado na vida editorial portuguesa como autor de textos de grande originalidade, quer pelos temas escolhidos quer pelo seu tratamento. Natércia Rocha Colóquio-Letras, 1988 Quando acontece um livro assim é uma festa. Se eu fosse rico ou tivesse uma varinha de condão, a primeira coisa que fazia era oferecer um exemplar deste livro (ou mesmo dois) a todas as crianças do meu país. E aos adultos também para que pudessem recordar-se do tempo em que estavam vivos. [Sobre Isto é que foi ser!] Mário Castrim Diário de Lisboa, Março de 1984Isto é que é um livro! [Sobre Isto é que foi ser!] Alice Vieira Diário de Notícias, 4/1/1985 Trata-se de um desses textos que desprendem a magia da beleza, essa magia que nós, que professamos a ingrata tarefa da crítica, nos obstinamos em traduzir por pobres adjectivos.
Uma odisseia a que não falta o humor nem a poesia e onde, sobretudo, reina a força do imaginário e da palavra que em Magalhães acabam por ser a mesma força. [Sobre Isto é que foi ser!] Miguel Angel Vasquez La Voz de Galicia, 5/5/1988 Um dos mais importantes livros de poesia para crianças da última década. [Sobre O Reino Perdido] José António Gomes Expresso, 18/12/1993Ainda bem que há uma literatura para jovens que os adultos têm boas razões para amar. [Sobre O Reino Perdido] M. Neto da Silva Jornal de Notícias, PortoPara leitores de todas as idades. Original e belíssimo. [Sobre O Limpa-palavras e outros poemas] Jornal de Notícias, Janeiro de 2001 A melhor série portuguesa de “thrillers” juvenis em livro. (…) No actual panorama português, Álvaro Magalhães é o primeiro a conseguir reformular e enriquecer, com sucesso, os modelos conhecidos das narrativas de mistério e indagação. [Sobre a série «Triângulo Jota»] José António Gomes Literatura para Crianças e Jovens, Ed. Caminho, 1991 Em plena era do audiovisual e numa altura em que os níveis de leitura desceram ao ponto de se pôr em causa a própria sobrevivência do livro, que seja possível fazer literatura – e literatura de grande qualidade – e fazer, ao mesmo tempo, um êxito de mercado, eis o milagre capaz de reconciliar o nosso optimismo com o futuro do livro. [Sobre a série «Triângulo Jota»] Jornal de Notícias, 15/02/1994 Um clássico do género em lingua portuguesa.
Estes livros representam uma notável diferença num panorama editorial repleto de sucedâneos de Enid Blyton, quase sempre de grande indigência literária. Álvaro Magalhães é um dos mais importantes escritores de livros para jovens e a qualidade das obras da Triângulo Jota aí está a testemunhar que, em literatura, o belo é útil e o útil é belo. [Sobre a série «Triângulo Jota»] Diário de Noticias, 16/6/1996O Rei Lagarto [nº 13 da série] recolhe o melhor das características da série «Triângulo Jota»: acção, intriga, suspense e muito humor. Jim Morrisson, o famoso vocalista dos Doors, continua a ser fonte de inspiração para a literatura e em O Rei lagarto converte-se numa força vivificante que leva tudo à sua frente. A Nosa Terra, Vigo, Galiza, 2000 (...) Nos livros de aventuras, destaco o volume de Álvaro Magalhães A História de Uma Alma. Neste novo volume da colecção «Triângulo Jota», a escrita empolgante do autor continua a deixar rendidos os muitos leitores e admiradores desta colecção, provando que o livro de aventuras não tem necessariamente de ser paraliterário.
Como o próprio Álvaro Magalhães afirma, «a verdade é que não há géneros menores, mas livros menores – de qualquer género».Violante Florêncio revista Vértice, Julho de 2001.
Recolha de
JBS
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